segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Hortaliças Brássicas e o Câncer

É possível que você já tenha reparado que alguns vegetais possuem características bem parecidas (como a mesma cor ou o mesmo formato, por exemplo) e que, muitas vezes, eles podem ser compostos pelos mesmos tipos de nutrientes (minerais, vitaminas etc.). As hortaliças brássicas - ou vegetais crucíferos, como também são chamadas - são um bom exemplo disso. Normalmente, elas possuem o formato de uma cruz em sua superfície, cor esverdeada e nutrientes similares que não podem ficar de fora da nossa rotina alimentar. Mas, afinal, o que são as hortaliças brássicas?

Brócolis, couve, agrião e rúcula são alguns exemplos de hortaliças brássicas

Apesar do nome diferente, as hortaliças brássicas são bem mais comuns do que nós imaginamos! Elas pertencem ao gênero "brassica", referente à família Brassicaceae, a mesma da mostarda, do brócolis, da rúcula e de uma série de vegetais como agrião, repolho, rabanete, acelga, nabo, couve manteiga, couve-flor, couve-de-Bruxelas e wasabi (raiz forte).

Hortaliças brássicas são ricas em sulforafano, substância que ajuda a prevenir doenças como câncer

A presença de sulforafano é apontada como um dos maiores benefícios das hortaliças brássicas. Afinal, a substância possui propriedades anticancerígenas, fazendo com que os vegetais pertencentes a essa família ajudem a prevenir o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como esôfago, cólon, mama, próstata e pulmão.

Grupo de vegetais também é rico em antioxidantes, minerais e vitaminas

As hortaliças brássicas também contam com minerais que ajudam a prevenir outras doenças além do câncer - a exemplo da anemia e da osteoporose -, como o cálcio, o ferro e o potássio. Elas também são ricas em vitaminas A, B e C - essenciais para o bom funcionamento do organismo - e possuem antioxidantes que ajudam a retardar o envelhecimento das células.

Hortaliças brássicas também contam com uma boa quantidade de fibras

O grupo de vegetais também é fonte de fibras alimentares, nutriente essencial para uma alimentação equilibrada. Elas ajudam a diminuir os níveis de açúcar no sangue, a normalizar o colesterol e a regular o sistema digestivo, além de darem a sensação de saciedade, fazendo com que quem consuma se alimente apenas da quantidade necessária para o organismo ficar bem.

Atenção: consumo excessivo de hortaliças brássicas pode desencadear em problemas na tireoide

Mesmo com todos os benefícios proporcionados pelos vegetais, as hortaliças brássicas devem ser consumidas com moderação. Isso porque elas também possuem o isotiocianato em sua composição, um composto químico capaz de inibir a função da tireoide e gerar problemas endocrinológicos como o bócio (inchaço da glândula da garganta).

Cientistas dizem ter descoberto por que algumas verduras e legumes - incluindo repolho, brócolis e couve - podem reduzir o risco de câncer no intestino.

Que os chamados vegetais crucíferos são bons para o intestino, nunca houve dúvida, mas a explicação sempre foi evasiva.

Uma equipe do Francis Crick Institute, centro de pesquisa biomédica, em Londres, descobriu que substâncias químicas anticancerígenas são produzidas quando legumes e verduras desta categoria são digeridos.

A pesquisa se concentrou em investigar como verduras e legumes alteram o revestimento intestinal, a partir da análise de camundongos e intestinos em miniatura criados em laboratório.

Assim como a pele, a superfície do intestino é constantemente regenerada, em um processo que leva de quatro a cinco dias.

Mas essa renovação permanente precisa ser rigidamente controlada, caso contrário, pode levar ao câncer ou inflamação intestinal.

E o estudo, publicado na revista científica Immunity, mostra que substâncias químicas presentes em vegetais crucíferos são vitais nesse processo.

Os pesquisadores investigaram uma substância chamada Indol-3-Carbinol (I3C), produzida a partir da mastigação desses alimentos.

"Certifique-se de que eles não cozinhem demais, nada de brócolis empapado", recomenda a pesquisadora Gitta Stockinger.

A substância é modificada pelo ácido gástrico à medida que continua sua jornada pelo sistema digestivo.

Na parte inferior do intestino, ela pode alterar o comportamento das células-tronco, que regeneram o revestimento intestinal, e das células imunes que controlam as inflamações.

O estudo mostrou que dietas ricas em Indol-3-Carbinol protegiam os ratos do câncer, mesmo aqueles cujos genes indicavam um risco muito alto de desenvolver a doença.

Sem a alimentação protetora, as células do intestino se dividiam descontroladamente.

"Mesmo quando os camundongos começaram a desenvolver tumores, quando trocamos a dieta deles, para uma apropriada, isso impediu a progressão do tumor", acrescenta Stockinger.

Os sintomas de câncer de intestino incluem sinais persistentes de:

  • sangue nas fezes
  • alterações nos hábitos intestinais, como ir ao banheiro com mais frequência
  • dor na barriga, inchaço ou desconforto
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A pesquisadora diz que as descobertas são "motivo de otimismo".

Ela reduziu a quantidade de carne que consome e come agora muito mais legumes e verduras.

"Recebemos um monte de recomendações de dieta que mudam periodicamente. É muito confuso e não fica claro quais são as causas e consequências", avalia.

"Me dizer apenas que é bom para a saúde, sem explicar a razão, não vai me fazer comer determinados alimentos."

"Com esse estudo, vimos como os mecanismos moleculares desse sistema funcionam", completa.

"Esse estudo em camundongos sugere que não é apenas a fibra presente em legumes e verduras, como brócolis e repolho, que ajuda a reduzir o risco de câncer de intestino, mas também as moléculas encontradas nesses vegetais", diz o pesquisador Tim Key, do Cancer Research UK.

"Estudos mais aprofundados ajudarão a descobrir se as moléculas desses alimentos têm o mesmo efeito nas pessoas. Mas, enquanto isso, já existem muitos bons motivos para se comer mais verduras e legumes", acrescenta.



Fonte da Imagem: 

Conheça as hortaliças brássicas e saiba por que acrescentá-las no cardápio

(conquistesuavida.com.br)

Fontes do Texto:

Conheça as hortaliças brássicas e saiba por que acrescentá-las no cardápio (conquistesuavida.com.br)

Como repolho, couve e brócolis ajudam a impedir o surgimento de câncer - BBC News Brasil

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Enzima Fosfolipase Cg1 (PLCg1)

O Daily Telegraph informou que, “os cientistas descobriram como o câncer se espalha pelo corpo, aumentando a possibilidade de ser interrompido.” Ele disse que os pesquisadores descobriram uma enzima necessária para as células do câncer de mama se espalharem pelo corpo e ao bloqueá-lo. o câncer não pode se espalhar. O jornal disse que, embora o trabalho esteja em seus estágios iniciais, os pesquisadores o descrevem como "empolgante" e que, ao impedir que se espalhe, "você impede o câncer de matar pessoas".

Esta pesquisa está em um estágio inicial, mas oferece uma nova via potencial para a pesquisa de desenvolvimento de medicamentos.

Este estudo de laboratório teve como objetivo investigar as metástases do câncer e as enzimas que determinam como elas se espalham. As metástases são os tumores secundários que se formam em partes distantes do corpo quando um tumor primário ou câncer se espalha. Existem várias etapas para esse processo: as células primeiro invadem os tecidos locais, depois se movem para a corrente sanguínea, depois se movem pelo corpo antes de se estabelecerem e se estabelecerem com novos suprimentos sanguíneos em locais distantes.

Pesquisas anteriores indicaram que o movimento, ou migração, de células de câncer de mama é uma das atividades consideradas controladas pela enzima fosfolipase Cg1 (PLCg1). As enzimas são moléculas de proteína que controlam reações biológicas ou químicas. Para investigar a disseminação de metástases de câncer, os pesquisadores realizaram vários testes de laboratório em camundongos e tecidos de câncer de mama humano.

Os pesquisadores afirmam que eles desenvolveram um método pelo qual eles podem fazer com que as células humanas de câncer de mama cultivadas em laboratório reduzam a quantidade de PLCg1 que produzem (chamada PLCg1 de regulação negativa). Parte do estudo envolveu eles testando o efeito que o PLCg1 não regulador teve sobre as células humanas de câncer de mama em laboratório.

A parte seguinte do experimento ocorreu em camundongos de sete semanas de idade que foram geneticamente modificados para ter um sistema imunológico deficiente que permite que o câncer cresça. Os camundongos foram injetados com células de câncer de mama humano com níveis normais ou regulados de PLCg1 em condições que permitiam que o câncer se movesse para os pulmões. Os pulmões dos camundongos foram examinados quanto a metástases após cinco semanas.

Para ver o que aconteceria se eles permitissem que os tumores de pulmão crescessem antes da PLCg1 com regulação negativa, os pesquisadores repetiram esse experimento usando células cancerígenas que foram geneticamente modificadas para que apenas PLCg1 com regulação negativa quando tratadas com o antibiótico tetraciclina. Os pesquisadores injetaram camundongos nessas células cancerígenas e os deixaram por 14 dias, quando as metástases teriam chance de se formar. Depois disso, metade dos camundongos foi tratada com tetraciclina para regular negativamente o PLCg1 e metade foi deixada sem tratamento. Após 46 dias, os pesquisadores analisaram quantos ratos dos grupos tratados e não tratados tinham metástases pulmonares.

Outros camundongos foram injetados com tumores diretamente sob a pele e o crescimento desses tumores foi medido duas vezes por dia durante 35 dias, com ou sem PLCg1 com regulação negativa. Finalmente, os pesquisadores analisaram os níveis da enzima PLCg1 em amostras de câncer de mama primário humano e em metástases linfonodais desses cânceres de mama.

Quais foram os resultados do estudo?

Os pesquisadores afirmam que demonstraram que a enzima PLCg1 é uma enzima importante no desenvolvimento e manutenção das metástases do câncer. Eles descobriram que a redução da quantidade da enzima PLCg1 nas células humanas de câncer de mama reduziu sua capacidade de se mover e "invadir" material semelhante a tecido em laboratório.

Isso também foi demonstrado pela descoberta de que todos os camundongos injetados em células de câncer de mama humano com níveis normais de PLCg1 desenvolveram metástases em seus pulmões, em comparação com apenas 20% dos camundongos injetados com células de câncer de mama com regulação negativa de PLCg1. Se os pesquisadores desregularam o PLCg1 após o tempo de formação das metástases pulmonares, isso pareceu causar remissão das metástases pulmonares, uma vez que não eram visíveis em cinco dos seis camundongos tratados dessa maneira, enquanto quatro em cada cinco camundongos controle tinham pulmão. metástases.

Os pesquisadores observaram que a regulação negativa da PLCg1 teve pouco efeito no crescimento do tumor primário. Finalmente, eles descobriram que havia menos enzima PLCg1 no tumor primário de câncer de mama humano do que nas metástases linfonodais desses cânceres de mama.




Fonte do Texto: 🏥 Nova descoberta de câncer 2022 (medic-life.com)

Fonte da Imagem: Bing.


sábado, 2 de julho de 2022

Benzeno em Protetores Solares?

Benzeno é um conhecido cancerígeno humano,1 assim, os consumidores não devem esperar encontrá-lo em produtos de cuidados pessoais.2 No entanto, entre abril de 2021 e abril de 2022, as empresas emitiram 11 recalls para desinfetantes manuais, protetores solares, desodorantes e produtos para cuidados com cabelos e pés contaminados com o produto químico.3 Em um estudo recente em Perspectivas de Saúde Ambiental, cientistas de Valisure, um laboratório independente, avaliaram os níveis de benzeno em produtos protetores solares e pós-sol.4

O benzeno pode aparecer em produtos de cuidados pessoais como subproduto de fabricação, por exemplo, de petroquímicos usados em propulsores de aerossóis, agentes de gelagem ou ingredientes de fragrâncias, explicam os autores.4 A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA proíbe as empresas de adicionar intencionalmente benzeno a produtos regulamentados, com uma exceção estreita: Quando o uso de benzeno é inevitável para a fabricação de um produto que seja um "avanço terapêutico significativo", ele pode estar presente em concentrações até 2 ppm(5).

Os cientistas descobriram pela primeira vez o benzeno em produtos protetores solares durante testes de rotina dos produtos que vendiam. Eles acompanharam os testes de 293 produtos de cuidados solares comprados entre setembro de 2020 e maio de 2021 — muitos dos quais também continham benzeno.4 Em 24 de maio de 2021, a empresa apresentou uma petição cidadã7 com a FDA solicitando, entre outras coisas, um recall dos lotes contaminados pelo benzeno, apoio a programas de teste independentes e colaboração entre a FDA e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA para abordar a contaminação do benzeno de produtos de consumo. Em 21 de novembro de 2021, a FDA respondeu que precisava de mais tempo para abordar a petição "porque levanta questões complexas que exigem ampla revisão e análise por parte dos funcionários da Agência".8

Para o novo artigo, os autores coletaram mais 368 amostras enviadas por consumidores americanos e canadenses. Os autores aceitaram os produtos crowdsourced — às vezes parcialmente utilizados — em seus recipientes originais. Ao todo, testaram 661 amostras representando 108 marcas e mais de 400 UPCs exclusivos. Os produtos incluíam produtos de aerossol e spray de bomba, loções, cremes, géis e palitos.

Os resultados mostraram que 29% das amostras deram positivo para benzeno, com níveis acima 2 ppm em 11% dos produtos testados. "Uma marca pode ter níveis muito altos de benzeno em um lote, e a mesma marca pode não ter benzeno detectável em outro lote", diz o diretor científico da Valisure, Kaury Kucera, coautor do estudo. "Isso destaca a imensa complexidade da cadeia de suprimentos e a necessidade de que a garantia de qualidade independente em nível de lote seja adicionada ao sistema de fabricação existente."

"É perturbador ver um conhecido cancerígeno detectado em produtos que as pessoas estão usando para se proteger de cânceres de pele", diz Julia Brody, diretora executiva e cientista sênior do Silent Spring Institute. Ela ressalta que as pessoas são aconselhadas a reaplicar protetor solar de hora em hora durante todo o dia, começando em uma idade jovem e continuando ao longo de suas vidas. "Este estudo mostra novamente o quão pouco sabemos sobre a presença de produtos químicos causadores de câncer em produtos cotidianos", diz Brody, que não participou do estudo. "Essas exposições podem potencialmente somar quando você considera os múltiplos produtos que as pessoas usam regularmente."

"Eu achei que o aspecto de crowdsourcing era inteligente porque fornece o perfil químico do que as pessoas estão realmente usando", diz Nicole Deziel, professora associada de epidemiologia da Yale School of Public Health, que também não participou do estudo. Deziel diz que o número de produtos crowdsourced enviados para testes — quase 400 produtos durante um verão — fala do interesse público na segurança dos produtos. "Seria útil como próximo passo calcular a exposição estimada e o excesso de risco desse uso e contextualizar isso", diz ela.

Deziel acrescenta que testes adequados de carcinogenicidade foram realizados em apenas uma pequena lasca das dezenas de milhares de produtos químicos (ou possivelmente mais) a que as pessoas podem ser expostas. "Poderíamos pelo menos garantir", diz ela, "que o pequeno número de cancerígenos humanos conhecidos como o benzeno não estão contaminando produtos que as pessoas aplicam regularmente para se protegerem de ter câncer de pele".

Geralmente, desinfetantes para as mãos em forma de gel dependem de um agente espessante chamado carbômero. Esse é apenas um dos ingredientes que a FDA sinalizou que pode estar causando a contaminação com benzeno.

A agência federal norte-americana também disse que um conservante antifúngico chamado benzoato de sódio pode formar benzeno sob certas circunstâncias. Muitos sabonetes líquidos para as mãos ou corpo listam o benzoato de sódio como ingrediente.

Recentemente, os recalls relacionados ao benzeno se estenderam para produtos em aerossol. Foi o caso, por exemplo, de alguns protetores solares Neutrogena (Johnson & Johnson), de antitranspirantes Old Spice e Secret (Procter & Gamble Co.) e de sprays para pés Lotrimin e Tinactin (Bayer AG).

Segundo a reportagem da Bloomberg, apenas a P&G se pronunciou sobre o ocorrido, informando que os propelentes usados por um parceiro de fabricação, que ela se recusou a nomear, eram os culpados pela contaminação.

Já a J&J, a Beiersdorf AG e a Bayer se recusaram a comentar sobre a causa de seus recalls ou o que estão fazendo para garantir que o benzeno não contamine seus produtos novamente.


Fontes do Texto:

Skin Protection Dilemma: Testing Detects Benzene in Some Sun Care Products | Environmental Health Perspectives | Vol. 130, No. 5 (nih.gov)

Marcas de protetor e antitranspirante sofrem recall por conta de benzeno (olhardigital.com.br)

Fonte da Imagem: Google.


quarta-feira, 8 de junho de 2022

Caitité - Minas de Urânio - Casos de Câncer

Desde janeiro de 2000, a empresa estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) –controlada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – explora minas de urânio na região dos municípios baianos de Caetité e Lagoa Real. Este urânio é depois transportado em caminhões até o porto de Salvador, de onde segue até o Canadá e, em seguida, para a Holanda, Alemanha e Inglaterra, para diferentes etapas de beneficiamento, antes de retornar ao Estado do Rio de Janeiro. Em Resende, é transformado em combustível, que é finalmente utilizado pelas usinas nucleares de Angra I e II, localizadas em Angra dos Reis/RJ. Segundo o relatório “Ciclo do Perigo”, organizado pelo Greenpeace em 2008, foi verificada a contaminação de poços de água de consumo humano localizados a 20km da área de mineração em Caetité, o que indicaria um dos mais graves impactos da exploração de urânio na localidade.

De acordo com Zoraide Vilasboas para a Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), trata-se de uma tecnologia nuclear cara e perigosa, que produz resíduos contaminantes que perduram pelo menos por 50 mil anos, e para o qual nenhum país no mundo encontrou solução. Na [Unidade de Concentrado de Urânio] URA/Caetité, esses resíduos ficam provisoriamente em barris abertos, corroídos, expostos aos fortes aguaceiros da época das chuvas, o que aumenta o perigo de contaminação das águas superficiais e subterrâneas.

A autorização trouxe de volta à memória de quem vive nos municípios de Caetité e Lagoa Real problemas graves ligados à mineração do material radioativo. Autoridades denunciam casos de câncer na população local provocados pelo contato com a radiação e danos ainda pouco conhecidos ao meio ambiente.

Como a mineração de urânio implica riscos à saúde, era de se esperar que os municípios da região tivessem uma infraestrutura capaz de prevenir e tratar casos de câncer e outros problemas relacionados à radiação. Não é o que acontece em Caetité e Lagoa Real.

É comum que moradores percorram centenas de quilômetros em busca do tratamento de câncer. Muitos são forçados a viajar os mais de 600 km até Salvador. O anúncio da construção do centro especializado em oncologia, feito em setembro de 2019, só veio depois de muita insistência da população. Mas a maioria dos casos na população não recebe assistência da Empresa exploradora de urânio.


Fontes do Texto: 

BA - Exploração de Urânio no sudoeste da Bahia envolve licenciamentos obscuros, contaminação, riscos à saúde e falta de transparência na fiscalização da política e da produção nuclear brasileiras - Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil (fiocruz.br)

Mineração de urânio no sertão da Bahia traz à tona memória de contaminação - BBC News Brasil

Programa Diálogos: qual caminho seguir? Apresentado por Pe Mauro dia 19 de maio na TV Aparecida.


Fonte da Imagem:

Mineração de urânio em Caetité deve ser retomada pelo governo - Notícia - Municípios - Bahia Notícias (bahianoticias.com.br)

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Estudo de Comparação de Genes em Humanos e Primatas

Uma nova pesquisa feita pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA) e publicada na revista científica Cell Reports sugere que uma pequena mudança no DNA deixou o ser humano mais propenso ao desenvolvimento de câncer.

O estudo partiu da constatação de que a doença é relativamente rara em outros primatas. Autópsias feitas em 971 primatas não humanos que morreram no Zoológico da Filadélfia, na Pensilvânia, entre 1901 e 1932, descobriram que apenas oito tinham tumores.

O que, então, teria mudado para a incidência de câncer seja hoje tão frequente em humanos?

Comparação de genes

Para o estudo, os pesquisadores compararam centenas de genes entre humanos e 12 espécies de primatas não humanos.

Eles descobriram que evoluímos uma versão ligeiramente diferente de um gene chamado BRCA2, que é conhecido pela supressão de tumor porque está envolvido no reparo do DNA.

No entanto, os pesquisadores descobriram que uma única mudança de letra de DNA no gene BRCA2 humano fez com que ele se tornasse 20% menos capaz na reparação do nosso material genético, quando comparado com outras versões primatas do gene. Isso explicaria as altas taxas de câncer entre humanos.

De acordo com os autores do estudo, não está claro por que o BRCA2  evoluiu para se tornar menos ativo em humanos do que em outros primatas.

Uma possibilidade, segundo a cientista Christine Iacobuzio-Donahue , envolvida no estudo, é que a atividade reduzida de BRCA2 tenha sido selecionada em humanos para aumentar a fertilidade, uma vez que pesquisas mostram que mulheres com variantes de BRCA2 ligadas ao câncer parecem engravidar mais facilmente.

BRCA1 (Gene BReast CAncer 1) e BRCA2 (gene BReast CAncer 2) são genes que produzem proteínas que ajudam a reparar DNA danificado. Todos têm duas cópias de cada um desses genes — uma cópia herdada de cada pai. BRCA1 e BRCA2 são às vezes chamados de genes supressores de tumores porque quando eles têm certas alterações, chamadas variantes prejudiciais (ou patogênicas) (ou mutações), o câncer pode se desenvolver.

Pessoas que herdam variantes prejudiciais em um desses genes têm aumentado os riscos de vários cânceres — mais notavelmente câncer de mama e ovário, mas também vários tipos adicionais de câncer. Pessoas que herdaram uma variante prejudicial no BRCA1 e BRCA2 também tendem a desenvolver câncer em idades mais jovens do que pessoas que não têm essa variante.

Quem deve considerar aconselhamento genético e testes para variantes BRCA1 e BRCA2?

Qualquer pessoa que esteja preocupada com a possibilidade de ter uma variante prejudicial no gene BRCA1 ou BRCA2 deve discutir suas preocupações com seu profissional de saúde ou um conselheiro genético.

Testes estão disponíveis para ver se alguém herdou uma variante prejudicial no BRCA1 e BRCA2. No entanto, os testes não são recomendados atualmente para o público em geral. Em vez disso, grupos de especialistas recomendam que os testes sejam focados naqueles que têm maior probabilidade de transportar uma variante BRCA1 ou BRCA2 prejudicial, como aqueles que têm histórico familiar de certos cânceres. Os testes podem ser apropriados tanto para pessoas sem câncer quanto para pessoas que foram diagnosticadas com câncer. Se alguém sabe que tem uma mutação em um desses genes, pode tomar medidas para reduzir seu risco ou detectar o câncer precocemente. E se eles têm câncer, as informações sobre sua mutação podem ser importantes para selecionar o tratamento.

A ideia dos pesquisadores é que desbravando mais sobre essa mutação ajuda que hajam futuras pesquisas que possam desenvolver novos tratamentos contra o câncer.

Por exemplo, em abril deste ano, uma equipe do Cambridge University Hospitals (Reino Unido) foi capaz de mapear o genoma dos tumores em cerca de 12 mil pessoas, permitindo a descoberta de outros padrões genéticos do câncer. 

O primeiro gene de predisposição ao câncer de mama mapeado foi o BRCA1 (1994) e está localizado no braço longo do cromossomo 17. No ano seguinte, o segundo gene de susceptibilidade, o BRCA2, foi mapeado no braço curto do cromossomo 13. Os genes BRCA1 e 2 atuam como genes de supressão tumoral suprimindo indiretamente o crescimento neoplásico, codificando proteínas que atuam no reparo e manutenção da integridade do genoma humano (DNA).

A literatura demonstra claramente que portadoras de mutações deletérias nesses genes apresentam maior incidência de câncer de mama-ovário quando comparadas à população em geral.
Estima-se que para portadoras da mutação BRCA1, o risco de desenvolver câncer de mama está em torno de 50-75% e para portadoras da mutação BRCA2, o risco é 33-54%. Para o câncer de ovário, o risco de desenvolver a doença é de 22-51% para portadoras da mutação BRCA1 e 4-21% para BRCA2.




Fontes do Texto:

G1 - Genes explicam por que homem tem mais câncer que macaco, diz estudo - notícias em Ciência e Saúde (globo.com)

Mutações genéticas BRCA: Risk cancer and Genetic Testing Fact Sheet - NCI

Mudança no DNA torna ser humano mais propenso ao câncer; entenda (olhardigital.com.br)

MUTAÇÕES DOS GENES BRCA1 e BRCA2 - Notícias - Laboratório Búrigo (laboratorioburigo.com.br)

Fonte da Imagem:

O gene BRCA e sua relação com o Câncer de Mama - Genera


sábado, 7 de maio de 2022

O Tabaco está envenenando o meio ambiente além de causar mal a saúde

"O tabaco está nos matando e nosso planeta – #TobaccoExposed" é o tema da campanha deste ano do Dia Mundial Sem Tabaco, em 31 de maio. Esta campanha destaca até que ponto a produção de tabaco contribui para a poluição ambiental, com um impacto prejudicial significativo na saúde das pessoas.

Cultivo de tabaco(link é externorequer quantidades consideráveis de água (aproximadamente 22 bilhões de toneladas métricas globalmente) e árvores aproximadamente 600 milhões de árvores são cortadas todos os anos(link é extern), bem como uma série de produtos químicos nocivos e mão-de-obra. O cultivo de tabaco também está esmagadoramente concentrado em países de baixa e média renda e muitas vezes substitui a agricultura significativa e sustentável que poderia responder a déficits alimentares em quatro dos dez maiores países produtores de tabaco.Cultivo de tabaco(link é externo) requer quantidades consideráveis de água (aproximadamente 22 bilhões de toneladas métricas globalmente) e árvores aproximadamente 600 milhões de árvores são cortadas todos os anos(link é externo)), bem como uma série de produtos químicos nocivos e mão-de-obra. O cultivo de tabaco também está esmagadoramente concentrado em países de baixa e média renda e muitas vezes substitui a agricultura significativa e sustentável que poderia responder a déficits alimentares em quatro dos dez maiores países produtores de tabaco.

Além disso, as bitucas de cigarro são feitas principalmente de plástico e a forma mais comum de resíduos plásticos, com cerca de 4,5 trilhões de bitucas individuais(link é externo) de seis trilhões de fumados sujando o meio ambiente.

Os cigarros eletrônicos – fortemente promovidos pela indústria do tabaco como alternativa ao tabagismo combustível – também contribuem para os danos ambientais. A fabricação de dispositivos vaping requer metais, plásticos, baterias e circuitos; e-líquidos contêm quantidades significativas de produtos químicos tóxicos(link é externo); e os resíduos de cigarros eletrônicos não são biodegradáveis e descartados cartuchos ou dispositivos descartáveis geralmente se dividem em microplásticos e produtos químicos que poluem ainda mais as vias navegáveis.

O Dia Mundial Sem Tabaco é uma iniciativa liderada pela OMS apoiada pela UICC para chamar a atenção para os danos causados pelo tabaco e promover estratégias de prevenção mais eficazes e regulação de produtos do tabaco. O uso de tabaco e a fumaça de segunda mão são cancerígenos bem conhecidos, estimados em conta globalmente para um trimestre(link é externo) das 10 milhões de mortes relacionadas ao câncer registradas em 2020.

O tabaco é uma planta (Nicotiana tabacum) cujas folhas são utilizadas na confecção de diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, que causa dependência (Brasil, 2016).  Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. A OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior (WHO, 2020).   

O tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traquéia, brônquios e pulmão (WHO, 2022).                                              

Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.                                             

O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa a maior parte de todos os cânceres de pulmão e contribui de forma significativa para acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais. Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão associados ou são fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para muitas patologias buco-dentais (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2020).   



Fontes do Texto:

Tobacco is poisoning the environment as well as public health | UICC

Tabagismo | INCA - Instituto Nacional de Câncer

Fonte da Imagem:  Google.

domingo, 1 de maio de 2022

Deus pode te curar. Se assim Ele aprouver.

Eu acredito sim, que Deus pode nos curar, 

pode sim, se assim Ele aprouver.

Peça a Nossa Senhora a cura de seus males, 

que Ela apresentará a Jesus, seu Filho, 

que irá atender aos seus pedidos, se assim Ele aprouver.

Sabe, as vezes Deus nos está querendo outras coisas,

até mesmo buscando a salvação de alguém, através de sua doença.

Eu acredito que assim que você recorrer a Deus, com certeza Ele dá a resposta que precisa ouvir.

As vezes a resposta vem de imediato, ou demora dias...

Ou demora mais algum tempo. É que um dia para Deus são muitos dias para nós, 

o tempo para nós passa mais rápido.

Mas creia, em Deus você pode depositar toda as suas esperanças,

e não vai ser em vão.


Fonte do Texto: Escritos Meus.

Fonte da Imagem: Google.


segunda-feira, 18 de abril de 2022

Sobre o Câncer de Mama: O que você precisa saber

 Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais e sintomas. De qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba reconhecer alterações para poder alertar o médico.

A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as próprias mamas para procurar alterações é alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos inchadas. Para as mulheres que já passaram a menopausa, o autoexame pode ser feito em qualquer época do mês.

Qualquer alteração que você venha a observar deve ser comunicada imediatamente ao seu médico, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois da última mamografia que você realizou ou do exame clínico das mamas feito por um médico.

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa. Um nódulo sólido, indolor e com bordas irregulares é muito provável que seja um tumor maligno, mas os cânceres de mama podem ser sensíveis ao toque, macios ou redondos. Eles podem até ser dolorosos. Por esse motivo, é importante que qualquer nova massa, nódulo ou alteração na mama seja examinada por um médico.

O câncer de mama também pode apresentar vários sinais e sintomas, como:

  • Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).
  • Nódulo único endurecido.
  • Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.
  • Dor na mama ou mamilo.
  • Inversão do mamilo.
  • Eritema (vermelhidão) na pele.
  • Edema (inchaço) da pele.
  • Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.
  • Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
  • Linfonodos aumentados
  • Vale a pena lembrar que na grande maioria dos casos, vermelhidão, inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho dos gânglios axilares são provocados por processos inflamatórios ou infecção (mastite, por exemplo), especialmente se acompanhados de dor.

    Mas como existe uma forma rara de câncer de mama que se manifesta como inflamação, esses achados devem ser relatados ao médico imediatamente e a mulher deve realizar um exame clínico, obrigatoriamente.

    Apesar da importância do diagnóstico precoce para aumentar e melhorar as chances de cura e sobrevida para as mulheres com câncer de mama, muitos casos ainda são diagnosticados em estágios avançados, inclusive com metástases, que é quando o tumor já se espalhou para outros órgãos. Nesses casos, os sinais e sintomas, além dos descritos acima, podem variar de acordo com a área afetada pelo avanço do câncer. As metástases do câncer de mama em geral atingem os ossos, fígado, pulmões ou cérebro.

    Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 18/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.





Fonte da Imagem: Google.

domingo, 27 de março de 2022

Vencer o Câncer

Quando recebeu o diagnóstico de câncer de pele do tipo melanoma no dedo, a secretária executiva Sabrina Maria Lopes Estarquio de Oliveira, 36 anos, ouviu do médico que a doença não tinha cura. "Levantei a cabeça e fui procurar uma segunda opinião”, lembra ela.


A nova equipe deu outra versão: a de que o caso era grave, mas tratável. Sabrina precisou ter o dedão do pé esquerdo amputado, mas recobrou as esperanças e os sonhos. "Para quem está passando por isso, eu falo: ‘Não perca a esperança, não importa o que os médicos digam’”, orienta. (Leia mais em: [PERFIL] Não perca esperança, não importa o que os médicos digam - Instituto Oncoguia)


O tempo passa, e com isso novas descobertas são feitas. Por isso é preciso esperança, não perca a esperança, pois o próprio Deus cuida de nós e quer nos ver felizes. 

O Socorro sempre vem do Céu, é Jesus se aproximando de nós para nos ajudar em nossas necessidades.  





Fonte: 

Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...