sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Novos Estudos com Imunoterapia - um outro caminho

No começo de fevereiro, uma equipe de pesquisadores da Universidade Stanford anunciou uma nova terapia contra o câncer que eliminou tumores (e metástases) em vários órgãos de ratinhos de laboratório com 96% de eficiência. Linfoma, melanoma, câncer de mama e câncer colorretal reagiram igualmente bem ao método – relembre na matéria da SUPER. As notícias da época terminaram com a nota esperançosa de sempre: “agora, é só esperar os testes com seres humanos começarem”.
Bem, esse dia chegou. Segundo o San Francisco Chronicle, Ronald Levy, o oncologista responsável pelo artigo científico, já está convocando voluntários com linfoma nos estágios iniciais para participar do primeiro round de experimentos. Até o final do ano, na previsão mais otimista, os 35 pacientes que passarem pela seleção serão submetidos a duas baterias de testes.
Normalmente, as agências reguladoras e comitês de ética demoram bem mais de dois meses para aprovar a aplicação, em seres humanos, de um método que só foi testado em outros animais. Nesse caso, porém, Levy usou um truque para acelerar o processo: baseou o tratamento em uma mistura inusitada de dois remédios que já estão no mercado. “As drogas que vamos injetar já são fabricadas por empresas diferentes e já são consideradas seguras”, afirmou o médico. “É a combinação que estamos testando.”
O método de Levy é classificado como uma imunoterapia: um conjunto de tratamentos contra o câncer que estimulam as células de defesa do paciente a atacar o tumor – diferente de abordagens mais conhecidas como a quimioterapia e a radioterapia, que vão direto no alvo.

“As drogas que vamos injetar já são fabricadas por empresas diferentes e já são consideradas seguras”, afirmou o Levy. “É a combinação que estamos testando.” Com isso, a aprovação de aplicação do processo em seres humanos por agências reguladoras e comitês de ética foi acelerada.
O método de Levy se difere de abordagens mais conhecidas como a quimioterapia e a radioterapia, já que é classificado como uma imunoterapia: um conjunto de tratamentos contra o câncer que estimulam as células de defesa do paciente a atacar o tumor, ou seja,  nosso sistema imunológico é capaz de detectar as proteínas estranhas produzidas pelas células cancerígenas, mas não consegue reagir porque o tumor tem uma cartola de truques bioquímicos para desarmar os leucócitos. Eles ficam inativos.
Uma das maneiras de contornar o problema é extrair os leucócitos (também conhecidos como glóbulos brancos) do paciente, usar engenharia genética para editá-los em laboratório e depois injetá-los de volta no corpo. Outra envolve ativar o sistema imunológico inteiro,  o que pode gerar efeitos colaterais graves.
Eu não descobri quais são os remédios que Levy injeta misturados, mas acredito que passando a fase de testes finais até o fim de 2018, ele vai divulgar a sua forma de tratamento. É tudo por uma boa causa, tem que fazer testes para saber como isso reage nos humanos.

Fontes: 

https://super.abril.com.br/saude/tratamento-que-cura-cancer-em-96-dos-ratos-sera-testado-em-humanos/

https://raislife.com/blog/tratamento-que-cura-cancer-em-96-dos-ratos-sera-testado-em-humanos/

Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...