quarta-feira, 15 de maio de 2019

O uso correto das plantas medicinais - porque não se deve utilizar o Confrei?

Professora fala sobre o uso correto das plantas medicinais

Ervas contêm substâncias químicas e podem causar efeitos colaterais se usadas indevidamente.

Entrevista com a Professora Maria das graças Brandão, concedida ao Globo repórter:
Infusão 

"Cientistas descobriram que o princípio ativo de grande parte das plantas utilizadas em chás hoje – como hortelã, capim-cidreira, camomila – é o óleo essencial, o cheiro que elas têm. Se você ferver, vai perder todo o princípio ativo. Se você cozinhar essas plantas durante muito tempo, o princípio ativo vai embora e você vai acabar extraindo substâncias que não são adequadas. As plantas com aroma devem ser abafadas ou feitas em infusão. Pegue a quantidade certa de planta, ferva a água separadamente, jogue em cima da planta, tampe e deixe esfriar. Depois, é só coar e beber. Essas plantas não podem ser cozidas."

Efeitos colaterais

"As pessoas têm que lembrar sempre que uma planta medicinal está cheia de substâncias químicas na casca, nas folhas, na raiz. Muitas vezes, as pessoas acham que plantas não têm substâncias químicas, só os remédios da farmácia. Mas as plantas também têm substâncias químicas. 


Quando fazemos um chá, tiramos aquela substância química da folha ou da raiz e tomamos. Se aquela substância for ruim ou não for adequada para o mal, vai ter efeito colateral. 

Um grande exemplo de planta medicinal que traz uma série de problemas é o confrei. O confrei é uma planta exótica, ou seja, não é nativa do Brasil. Na década de 70, foi muito usado porque as pessoas diziam que servia para curar tudo. Não existe planta que cure tudo. A planta deve ser como qualquer remédio que tem uma indicação terapêutica adequada. 

Então, na década de 70, as pessoas tomaram chá de confrei, comeram salada de confrei, acreditando que essa planta seria boa para várias doenças. E não foi. Pelo contrário, o confrei tem uma substância química que causa câncer no fígado. Então, é um grande exemplo de planta medicinal que não pode ser ingerida porque vai fazer mal. Além disso, tem a carambola, que se for usada indevidamente pode trazer problemas renais."

Pesquise antes de comprar 
"Existe uma demanda imensa. Temos uma grande quantidade de plantas maravilhosas usadas como medicamentos que são comercializadas por raizeiros. Muitas espécies foram destruídas e não são mais encontradas. Na Universidade Federal de Minas Gerais, temos uma linha de controle de qualidade de fitoterápicos. Costumamos comprar esse material de feirantes e vendedores de raiz do Brasil inteiro. Não é problema do raizeiro ou dos comerciantes, é realmente difícil encontrar muitas plantas. Eu recomendo que as pessoas busquem informações adequadas antes de comprar. Procurem saber como a planta é – a folha, a raiz, a casca – para não comprarem errado. Eu costumo dizer que comprar planta medicinal é como ir à feira. Nós sabemos exatamente como é um tomate. Planta, não. As pessoas vão comprar e não sabem o que é. Antes de tudo, pesquise bem como é o material que você quer adquirir e procure saber se o comerciante tem. Procure orientação de um especialista, que pode indicar onde conseguir esse material."

Fonte: http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1346572-16619,00-CHAT+PROFESSORA+FALA+SOBRE+O+USO+CORRETO+DAS+PLANTAS+MEDICINAIS.html


quarta-feira, 1 de maio de 2019

Explicando a Imunoterapia

Um tumor é feito de células mutantes, com código genético modificado. câncer, mas quando eles chegam lá, são paralisados e não conseguem reagir – o tumor tem truques bioquímicos na manga para se salvar.
Essas células produzem proteínas diferentes, que, como um alarme, chamam a atenção do nosso sistema imunológico. Glóbulos brancos, os policiais do nosso corpo, são enviados à cena do crime, guiados por essas proteínas. Sua função é destruir o tumor.
 A Radioterapia e quimioterapia são tratamentos valiosos. Mas seria muito mais fácil “acordar” os glóbulos brancos – e deixar eles cuidarem do tumor com as próprias mãos.
Esse truque está prestes a sair do papel. Pesquisadores da Universidade Stanford descobriram dois agentes que, quando injetados diretamente em um tumor, fazem as células de defesa do paciente que já estavam lá retomarem o combate. A técnica, que eliminou completamente o câncer em 87 dos 90 ratos de laboratório testados, tem a vantagem de combater também as metástases – “filiais” do tumor original que se formam em outras partes do corpo.
Tratamentos para o câncer que ativam o sistema imunológico são chamados imunoterapias, e várias delas já são aplicadas em hospitais. Uma das modalidades desenvolvidas recentemente envolve retirar glóbulos brancos do paciente, usar engenharia genética para editá-los em laboratório e então injetá-los de volta no corpo. Acordados. Outra envolve ativar o sistema imunológico inteiro, e não só as células da região em que está o tumor – o que pode causar efeitos colaterais. Nenhuma delas vai tão direto ao ponto quanto a nova solução.
Fonte:

Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...