terça-feira, 1 de junho de 2021

Exposição ao glifosato durante a gravidez e o nascimento prematuro (mais pesquisas são necessárias)

 

Exposição ao glifosato durante a gravidez e o nascimento prematuro (mais pesquisas são necessárias)

Nesta edição de Perspectivas de Saúde Ambiental (EHP),Silver et al. (2021) relatam associação de exposição pré-natal ao glifosato e seu degradado ambiental [ácido aminometilfosfônico (AMPA)] por volta da 28ª semana de gestação, com um risco 30-70% aumentado de nascimento pré-termo. As exposições no início da gravidez não estavam associadas ao aumento do risco de nascimento prematuro. As concentrações de urina glifosato foram ligeiramente menores nesta população em comparação com as de outros estudos populacionais gerais. Este foi um pequeno estudo caso-controle aninhado dentro do local de teste de Porto Rico para explorar ameaças de contaminação coorte de mães grávidas, que avaliou exposições usando biomarcadores na urina. A EHP e muitos outros periódicos tendem a publicar estudos maiores que teriam mais precisão. Acontece, porém, que este estudo de cerca de 250 mães é o maior disponível entre estudos que utilizam biomarcadores para exposição ao glifosato que avaliam um grande desfecho de saúde (neste caso, nascimento prematuro).

Os pontos fortes do estudo incluem seu desenho (um estudo aninhado caso-controle dentro de uma coorte populacional geral) e avaliação de exposição com base na medição do glifosato e AMPA na urina. Sua principal limitação era o tamanho. O estudo é importante, e os achados indicam potenciais efeitos na saúde reprodutiva de exposições de glifosato de baixo nível na população geral que são relevantes globalmente. No entanto, certamente está longe de ser conclusivo. Talvez a mensagem mais importante deste estudo seja que, para o herbicida mais utilizado globalmente, o estudo epidemiológico mais conclusivo sobre um grande desfecho de saúde é baseado em uma população de 250 pessoas.

A controvérsia após a designação pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer de Glifosato como um provável cancerígeno humano (IARC 2015) foi orquestrada principalmente (embora não apenas) porinteresses corporativos ( Neslen 2016McHenry 2018). A controvérsia também foi gerada pela falta de evidências extensas de grandes estudos prospectivos sobre exposições de agrotóxicos tanto em agricultores quanto em aplicadores profissionais ou no público em geral. Ao avaliar grandes coortes com extensa avaliação de exposição, inevitavelmente nos referimos a uma única coorte dos EUA, o Estudo de Saúde Agrícola (https://aghealth.nih.gov/). O Estudo de Saúde Agrícola é um estudo único, mas examina ambientes de trabalho específicos em um único país: os Estados Unidos. Há necessidade de estudos adicionais de coorte epidemiológica grande e diversificada.

A contínua falta de evidências mais ricas e diversas sobre os potenciais efeitos na saúde dos pesticidas é problemática. As agências de financiamento em todo o mundo e as indústrias primárias produtoras dos herbicidas devem promover o desenvolvimento de coortes de grande renda válidas, particularmente em países de média renda com infraestrutura para desenvolver esses estudos e onde as exposições provavelmente serão maiores do que as dos países de alta renda (IARC 2015Jørs et al. 2018).

Mesmo que tais grandes iniciativas de pesquisa sejam eventualmente lançadas, elas cobririam apenas parte do problema em relação aos efeitos dos pesticidas. O uso extensivo de pesticidas em todo o mundo constitui uma parte significativa das mudanças globais resultantes da poluição química e da degradação dos ecossistemas (Landrigan et al. 2018). No caso do glifosato, o uso generalizado resultou na presença de resíduos em poeira da casa, solo, água e alimentos (EPA 2018 dos EUA; veja também Silver et al. 2021 para referências adicionais). Além dos estudos epidemiológicos de coorte clássica, agora também precisamos de pesquisas transdisciplinar e ações que apliquem abordagens de saúde planetária para capturar e, eventualmente, prevenir os efeitos mais amplos na saúde dos pesticidas(Halonen et al. 2021).

O estudo de Silver et al. (2021) estima associações altamente sugestivas de exposições precoces à vida precoce a pesticidas e efeitos. É valioso ter essa evidência. Precisamos de mais.



Fonte: Glyphosate Exposure during Pregnancy and Preterm Birth (More Research Is Needed) | Environmental Health Perspectives | Vol. 129, No. 5 (nih.gov)

Fonte da Imagem: Google.

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Sobre a nova droga contra câncer: Berzosertib

 Mais da metade dos 40 pacientes com berzosertib teve o crescimento de seus tumores interrompido.

Berzosertib foi ainda mais eficaz quando dado ao lado da quimioterapia, o estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR) e pelo Royal Marsden NHS Trust sugeriu.

O teste foi projetado para testar a segurança da droga.

A droga é a primeira a ser testada de uma nova família de tratamentos, que bloqueiam uma proteína envolvida na reparação de DNA.

Bloquear essa proteína evita que os cânceres remendem danos às suas células.

Faz parte de um ramo de tratamento conhecido como "medicina de precisão", que tem como alvo genes específicos ou alterações genéticas.

O estudo envolveu pacientes com tumores muito avançados, para os quais nenhum outro tratamento havia funcionado.

Isso é o que é conhecido como um teste de "fase um", que só foi projetado para testar a segurança de um tratamento.

Mas o ICR disse que os pesquisadores encontraram algumas indicações iniciais de que a berzosertib poderia parar o crescimento de tumores.

'Muito promissor'

Um dos autores do estudo, o Prof Chris Lord, professor de genômica do câncer no ICR, disse que esses primeiros sinais eram "muito promissores", acrescentando que era incomum na fase um ensaios ver uma resposta clínica.

Mais testes serão necessários para demonstrar a eficácia da droga, no entanto.

"Este estudo envolveu apenas um pequeno número de pacientes... Portanto, é muito cedo para considerar a berzosertib um divisor de águas no tratamento do câncer", disse o Dr. Darius Widera, da Universidade de Reading.

"No entanto, os efeitos extraordinariamente fortes da berzosertib, especialmente em combinação com a quimioterapia convencional, dão razões para serem otimistas quanto aos resultados dos estudos de acompanhamento."

Philip Malling, de 62 anos, diagnosticado com câncer de intestino em 2012, foi inscrito no julgamento após dois anos de quimioterapia mal sucedida.

"Me disseram 'não há mais nada que possamos fazer por você'", disse ele. "Em abril de 2014, me disseram 'você provavelmente estará morto até o Natal'".

Ele está recebendo tratamento berzosertib há seis anos, seus tumores encolheram e sua condição é estável.

"Significa tudo", disse Malling à BBC.







Fonte do Texto: Cancer drug: New treatment halts tumour growth - BBC News


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sábado, 10 de abril de 2021

UM lapso de esperança: sobre a vacina contra o câncer

O mês de abril mal começou e já trouxe um importante avanço para o ramo da medicina, sobretudo no combate ao câncer. Isso porque na última quinta-feira (1), um estudo de Harvard mostrou que vacinas projetadas para combater o melanoma (a forma mais letal de câncer de pele) mantêm seus efeitos no sistema imunológico anos após a injeção. 

Para chegar a essa conclusão, os cientistas examinaram oito indivíduos que tiveram seu melanoma removido cirurgicamente, mas ainda enfrentavam alto risco de recorrência. Todos os participantes receberam a vacina experimental chamada NeoVax, e os resultados foram promissores: os pesquisadores descobriram uma resposta imune induzida pela vacina em todos os pacientes que pode “persistir por anos”.

A vacina faz com que o sistema imunológico crie células T antitumorais que são específicas de acordo com cada tumor e paciente. As células T são um tipo importante de glóbulo branco que ajuda o sistema imunológico a desenvolver imunidades duradouras contra doenças inflamatórias e autoimunes.

O trabalho envolveu pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute, do Brigham and Women's Hospital e do Broad Institute of MIT e da Universidade de Harvard. Para a revista da universidade, The Harvard Gazette, um dos líderes do estudo, Patrick Ott, professor de medicina de Harvard e diretor clínico do Melanoma Disease Center do Dana-Farber, mencionou que a personalização permite chegar a novos antígenos para tumores específicos.

Isso é apenas um estudo que foi publicado. Mas ainda depende de muitas pesquisas e estudos de anos, para se chegar a um consenso geral. É apenas um lapso de esperança.



Fonte do texto: Vacina contra o câncer! Harvard anuncia resposta positiva e inédita em testes - Canaltech

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quinta-feira, 25 de março de 2021

Faça do alimento o seu remédio e não o seu remédio o seu alimento:

Faça do alimento o seu remédio e não o seu remédio o seu alimento:

Essa frase acima é de Hipócrates, o Pai da medicina, e hoje faz-se necessário cada vez mais voltarmos nossos olhos para nossa alimentação.

Os Radicais livres por exemplo, são moléculas produzidas naturalmente pelo organismo durante processos como respiração e produção de energia. Essas moléculas reagem com componentes do corpo, podendo causar diversos danos à saúde. Para evitar e neutralizar a ação dos radicais livres, o organismo produz moléculas chamadas antioxidantes. 

Se as defesas antioxidantes tornam-se insuficientes frente à excessiva produção de radicais livres, ocorre o chamado estresse oxidativo que tem sido relacionado a um grande número de doenças degenerativas, inflamatórias, neurológicas, pulmonares, oculares e ao envelhecimento precoce. O uso de medicamentos, o tabagismo, as condições nutricionais, o consumo de álcool, a poluição do ar e outros fatores podem diminuir os níveis de antioxidantes celulares.

Os alimentos são a melhor fonte de antioxidantes naturais, e uma alimentação rica em frutas, vegetais e grãos fornece para o corpo os antioxidantes necessários para prevenir doenças. Eles podem ser empregados nas indústrias de alimentos, cosméticos, bebidas e também na medicina.

Estudos indicam que a vitamina C encontrada em frutas cítricas, no pólen apícola, no melão, tomate, brócolis, aspargo e em folhas verdes, possui efeito protetor contra danos causados pela exposição a radiações, medicamentos e contra o desenvolvimento de tumores. No trato respiratório pode reagir rapidamente com poluentes do ar, como a fumaça de cigarro.

A recomendação de suplementação dessa vitamina deve ser avaliada especificamente para cada caso, pois existem muitos componentes nas células que podem modular a atividade da vitamina C, afetando sua ação antioxidante.

A vitamina E presente nos óleos vegetais, abacate, oleaginosas e semente de girassol, pode impedir danos causados por radicais livres associados a doenças como artrite, catarata e o envelhecimento. Em fumantes a vitamina E pode apresentar atividade pró-oxidante caso não haja concentrações equivalentes de outros antioxidantes.






Fonte da Imagem: Google.

sábado, 6 de março de 2021

Novas descobertas sobre o Glioblastoma (tipo de câncer cerebral)

Estudo publicado na Nature Communications, com a participação de pesquisadores do Centro de Química Medicinal (CQMED) da Unicamp, avança na busca de novas terapias para o tratamento de glioblastoma. O glioblastoma é um tipo de câncer cerebral altamente agressivo e afeta adultos e crianças. Apenas 10% dos pacientes sobrevivem mais de cinco anos. É um tumor raro e esporádico, mas é o mais comum entre os cânceres cerebrais. A dificuldade de se encontrar tratamentos é atribuída à presença de células-tronco tumorais que impulsiona o crescimento do glioblastoma e confere resistência aos tratamentos. Por esta razão, as células tronco tumorais são importantes alvos para o tratamento deste câncer.

No estudo, pesquisadores encontraram pequenas moléculas capazes de inibir tanto a proliferação de células-tronco tumorais de pacientes (cultivadas em laboratório) quanto do glioblastoma implantado em camundongos. Os resultados da pesquisa abrem novos caminhos para parcerias com hospitais e indústrias farmacêuticas para a execução das etapas clínicas e para ajudar a compreender cada vez mais o funcionamento desta doença tão letal.

Neste artigo, os cientistas realizaram uma varredura de moléculas em busca daquelas capazes de inibir o crescimento de células tronco tumorais em laboratório. Duas moléculas tiveram resultados mais promissores, a GSK591 e a LLY-283. Estas moléculas atuam na enzima previamente associada ao glioblastoma, a arginina metiltransferase 5 (PRMT5). A PRMT5 é responsável pela organização da produção de proteínas no interior da célula, em um evento chamado de splicing alternativo de RNA.


Fonte: Cientistas descobrem moléculas que desaceleram o desenvolvimento de câncer cerebral | Unicamp

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Anticorpos Monoclonais

 A biotecnologia através da melhor compreensão da biologia do câncer, possibilitou o desenvolvimento de novas e efetivas opções de biofármacos com ação em sítios específicos nas células tumorais, os mesmos, representam um grande avanço na terapêutica médica contra o câncer. 

Dentre esses novos medicamentos, destacam-se os anticorpos monoclonais que atualmente representam uma nova opção terapêutica utilizada no tratamento de tumores. O objetivo desta revisão remete-se a apresentação do uso clínico dos anticorpos monoclonais empregados no tratamento do câncer. 

Assim, buscou-se identificar os anticorpos monoclonais disponíveis no mercado e descrever seus aspectos farmacológicos. Atualmente existe uma série de anticorpos monoclonais aprovados para uso clínico, destes, foram identificados nove que vem sendo utilizados na terapêutica do câncer, são eles: Panitumumabe, Cetuximabe, Trastuzumabe, Bevacizumabe, Rituximabe, Gemtuzumabe ozogamicina, Nimotuzumabe, Alemtuzumabe, Ibritumomabe tiuxetano. 

A tecnologia de produção de anticorpos monoclonais recombinantes possibilitou a obtenção de anticorpos menos imunogênicos e mais específicos, diminuindo as reações adversas e aumentando sua eficácia.

Assim, combinações apropriadas de anticorpos com fármacos que combatem o câncer e as construções como os anticorpos completamente humanos representam um importante passo no tratamento bem sucedido de neoplasias.


Fonte do texto e imagem: 
ANTICORPOS MONOCLONAIS: IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS NO CÂNCER | REVISTA SAÚDE & CIÊNCIA ONLINE (ufcg.edu.br)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

É Natal

É Natal, aniversário de Jesus, aquele que veio na Terra através do sim de Maria. 

A Palavra se fez carne e habitou entre nós! A Palavra é Jesus, o nosso Salvador. 

Deus é o falante, a Palavra é Jesus e o sopro é o Espírito Santo. 

Deus quis seu Filho em meio aos homens.

Que neste Natal, possamos amar mais aquele que veio a Terra por nós!



quinta-feira, 8 de outubro de 2020

As Câmaras de Bronzeamento Artificial e o Câncer de Pele

 Após usar câmaras de bronzeamento com frequência desde os 14 anos, Smith desenvolveu um melanoma, tipo de câncer de pele, na orelha. Foi necessária uma amputação para evitar que o câncer se espalhasse por seu corpo.

"Me sinto muito culpada em relação ao meu marido e meus filhos, porque é uma coisa que eu fiz para mim mesma", disse ela à BBC. "Eu não conhecia os riscos."

Ponto vermelho

Smith notou pela primeira vez um ponto vermelho na orelha em 2010.

Segundo ela conta, seu médico não deu muita atenção no problema até que finalmente, em 2015, uma biópsia revelou que ela tinha um melanoma em estágio 3.

Apesar dos exames mais recentes mostrarem que ela está livre da doença, ela ainda vive com medo de que essa forma agressiva de câncer de pele volte.

O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele e pode se espalhar por outros órgãos do corpo.

Ele se forma nas células que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele.

O sinal mais comum de melanoma é a aparição de uma pinta nova ou a mudança em uma pinta já existente.

Segundo a Clínica Mayo, organização internacional de pesquisas médicas, não se sabe exatamente por que os melanomas surgem, mas sabe-se que a exposição à radiação ultravioleta (UV) da luz solar ou das lâmpadas e câmaras de bronzeamento artificial aumenta o risco.

"Limitar a exposição à radiação UV pode ajudar a reduzir o risco de ter um melanoma."

O NHS, o serviço de saúde público do Reino Unido, também destaca os riscos do uso das câmaras de bronzeamento.

"As câmaras de bronzeamento emitem raios ultravioletas que aumentam o risco de desenvolver câncer de pele (tanto melanoma maligno como outros cânceres de pele que não são melanomas)", adverte o serviço.

Além disso, "muitas câmaras de bronzeamento emitem doses de raios UV mais fortes que as do sol tropical do meio-dia."

A UFES e o diagnóstico de câncer de pele:

O desenvolvimento de algoritmo para um software que superou propostas similares na precisão para detecção de câncer de pele num ambiente de imagens diversas resultou em prêmio para o doutorando de Informática da Ufes André Pacheco, orientado pelo professor Renato Krohling, na maior conferência mundial sobre visão computacional. O trabalho, que tem por base o algoritmo Gram-OOD*, recebeu o prêmio de melhor artigo na sessão da Skin Image Analysis Workshop (ISIC), da Conference on Computer Vision and Pattern Recognition (CVPR), no mês de junho, nos Estados Unidos.

“A CPVR é a maior conferência mundial nessa área. E a ISIC é uma organização que fomenta pesquisa na área de detecção de câncer de pele. Tem um workshop dentro da conferência, no qual são discutidas soluções nessa área”, explica o doutorando.

O problema para o qual o projeto apresentou solução de destaque diz respeito ao limite da inteligência artificial no entendimento de questões simples ao olhar humano, mas complexas para as máquinas. “O ser humano consegue diferenciar de maneira fácil entre uma foto de cachorro e de uma lesão de pele, o que é cada uma das imagens. Mas, para a inteligência artificial, isso é algo muito difícil de resolver, pois o software é muito eficiente quando está num universo de imagens apenas de lesões de pele, mas não em outras situações. Vários pesquisadores do mundo propõem soluções para isso, mas é um problema em aberto. O que a gente propôs foi um algoritmo que ataca especificamente esse problema e consegue, na maioria das vezes, ganhar dos demais algoritmos na detecção em amostras que a gente chama de ‘fora de distribuição’, ou seja, que não são apenas de lesões de pele”, afirmou o pesquisador.

Pré-diagnóstico

Para desenvolver o algoritmo Gram-OOD*, foi utilizado o banco de dados da ISIC, cujas imagens de lesões de câncer de pele e dados demográficos de pacientes são acessadas por pesquisadores em todo o mundo, para que todos trabalhem sobre uma base de dados única. Porém, os estudos iniciais de Pacheco começaram no Espírito Santo, em 2017, em parceria com o Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica (PAD) da Ufes, para onde o trabalho retorna agora. “Estamos desenvolvendo um software para, a partir de uma foto de celular, auxiliar os médicos generalistas e enfermeiros do interior, onde muitas vezes não tem dermatologistas, no pré-diagnóstico, para dizer se a lesão indica câncer ou não”.




Fontes:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-51560020

https://www.ufes.br/conteudo/software-que-auxilia-na-deteccao-de-cancer-de-pele-recebe-premio-internacional


quinta-feira, 23 de julho de 2020

Um Novo Tempo

Quando se fala em doença, seja ela qual for, inicia-se um novo tempo na vida,
tempo de buscar dentro de si mesma a cura, um processo que inicia-se primeiramente com a oração, pedindo a Deus que cure a sua doença e que transforme o seus pensamentos de medo, ou outros pensamentos negativos, em pensamentos que nos elevam, que nos faz buscar em Deus respostas,
curas e ter eternamente um coração agradecido.

Deus escreve nas entrelinhas de nosso pensamento, fala-nos em nossas consciências,
e nos alegra com sua presença real. Deus não está distante, está ao nosso lado, mesmo quando não vemos, as vezes nem mesmo horizontes, mas Ele está aqui ao nosso lado.

Muito obrigada Meu Deus!


sexta-feira, 3 de julho de 2020

Orientação Nutricional no Tratamento Oncológico -As Vitaminas - O que dizem os especialistas?

Orientação nutricional no tratamento oncológico - As Vitaminas - O que dizem os especialistas?

Por Natália Mancini
A falta de vitaminas é um quadro comum em pacientes que estão em tratamento oncológico. Isso acontece, na maioria das vezes, porque a principal forma de obter essas substâncias é por meio dos alimentos. Mas comer, em meio aos diversos efeitos colaterais, pode ser complicado. 
O baixo nível de vitaminas deixa o paciente mais vulnerável e pode até prejudicar o tratamento.
As vitaminas são substâncias que, apesar de não serem fabricadas pelo corpo (com exceção da D e da K), são essenciais para o seu funcionamento. Elas, juntamente com algumas enzimas, controlam as atividades das células e algumas funções do organismo.
O câncer faz com que os pacientes apresentem um aumento na demanda metabólica, ou seja, é necessário ter mais energia para realizar as mesmas funções. Com isso, o gasto das vitaminas aumenta e a quantidade dessa substância presente no corpo pode não ser suficiente. Consequentemente, é possível que se desenvolvam alguns quadros, como a anemia, fadiga e fraqueza muscular. Dessa forma, a resposta ao tratamento pode ficar comprometida e, em alguns casos, pode até ser necessário adiar uma sessão de quimioterapia, por exemplo.
Como corrigir a falta de vitaminas
Com os exames em mãos, o oncologista e o nutricionista responsáveis pelo acompanhamento do paciente fazem uma avaliação clínica e antropométrica (dimensões do corpo). Dessa forma, eles estabelecem qual a necessidade calórica e proteica daquela pessoa e criam uma dieta.
“Uma dieta nutritiva é sempre vital para que o organismo funcione melhor. É muito importante a diversidade de legumes, verduras e frutas, para aumentar a ingestão de nutrientes”, explica a nutróloga do IBCC Oncologia, Drª. Giovana Castilho.
Caso a quantidade suficiente de vitaminas não consiga ser alcançada somente por meio da alimentação, são adicionados suplementos vitamínicos. Eles podem ser de uma vitamina específica, ou ainda um complexo vitamínico. 
Os suplementos também podem ser inseridos na dieta do paciente como forma de prevenção, se for observado que a alimentação não está adequada.
Entretanto, a nutróloga ressalta que o paciente não deve iniciar o uso desses suplementos por conta própria! É importante passar pela avaliação médica antes para saber exatamente qual a necessidade do corpo. Isso acontece porque vitaminas demais também podem ser prejudiciais. 
SOBRE A VITAMINA D
Recentemente, alguns estudos epidemiológicos observaram que existia uma relação inversa entre a exposição solar e a incidência de câncer. Em outras palavras, há maior incidência de câncer nas regiões do mundo com menor quantidade de luz solar/ano. Outros estudos correlacionaram baixas concentrações de vitamina D no sangue a maior risco de câncer.
Em estudo publicado em março na prestigiosa revista médica Jama, sortearam 2.303 mulheres saudáveis, com idade superior a 55 anos, a dois grupos. O primeiro recebeu suplementação diária de vitamina D associada a cálcio, enquanto as voluntárias do segundo grupo receberam doses aparentemente idênticas de placebo, substância sem efeito biológico.
Os cientistas confirmaram que os níveis sanguíneos da vitamina D nas pessoas que efetivamente receberam a vitamina foram 40% mais altos quando comparados ao grupo placebo. A incidência de complicações ligadas à suplementação de vitamina D e cálcio foi semelhante nos dois grupos; inclusive o aparecimento de cálculos renais foi praticamente igual.

Fontes:
Imagem: google.

sábado, 13 de junho de 2020

QUANDO SÓ NOS RESTA A ESPERANÇA


As vezes quando estamos doentes, 

só nos resta a esperança de voltarmos a ter saúde,

mas saiba, é Deus quem nos acende essa esperança.

E assim como crianças, nos entregamos nos braços de Deus,

Que é nosso Pai e sempre cuida de nós, mesmo que não vemos nada,

cegos, mas não sem esperanças.

Obrigada meu Deus!



                                 Fotografia da Campanha eu amo minha infância sem tabaco.


Fonte: texto de minha autoria.

Imagem: googgle.



segunda-feira, 1 de junho de 2020

As terapias que renovam a esperança

A cura do câncer mobiliza em todo o mundo pesquisadores que fazem disso sua missão de vida. Avanços recentes já tornaram tratamentos tradicionais, como quimioterapia e radioterapia, capazes de curar alguns tipos de tumores.
Em outros casos, novos recursos terapêuticos, como a imunoterapia, aumentam a esperança da redução da mortalidade.
Quando se fala de câncer, é preciso entender que o termo cura é precedido pela remissão, quando a doença se torna indetectável a partir de cinco anos após o fim da terapia. Passado esse período, a probabilidade de reaparecimento cai significativamente, o que é um indicativo de que a pessoa está curada.
Entretanto, a cura do câncer não é única, pois não existe um único tipo de câncer. O termo descreve um conjunto de centenas de doenças que podem afetar qualquer órgão ou tecido do nosso corpo ao longo de toda a vida.
O que caracteriza os mais diversos tipos de câncer são a reprodução descontrolada de células doentes e a chance de se reproduzirem em locais distantes do ponto inicial – a metástase. 
O aprofundamento no conhecimento sobre a biologia das células tumorais levou à criação de medicamentos capazes de ativar o sistema imunológico e combatê-las. Foi o estudo desse tema que rendeu aos pesquisadores James Patrick Allison, dos Estados Unidos, e Tasuku Honjo, do Japão, o Prêmio Nobel de Medicina em 2018.
A chamada imunoterapia, principal avanço no tratamento oncológico, fortalece o sistema de defesa do organismo do paciente. Juntamente com quimioterapia, cirurgia e radioterapia, forma o quarto pilar das terapias atuais no combate à doença.

Tenho esperança de que no futuro, essa doença possa ter o tratamento mais aliviado, sem tantos traumas, sem consequências dramáticas. Acredito que a busca por alternativas em novas doenças como o COVID-19 trazem novas alternativas para outras doenças como o câncer. 


sexta-feira, 15 de maio de 2020

Alto índice de agricultores gaúchos doentes põe agrotóxicos em xeque

O agricultor Atílio Marques da Rosa, de 76 anos, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4 mil habitantes no interior do Rio Grande do Sul.
"A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer", conta o filho Osmar Marques da Rosa, de 55 anos, que também é agricultor.
Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca.
Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.
"Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo", diz Osmar.
O noroeste gaúcho, onde seu Atílio mora, é campeão nacional no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do Laboratório de Geografia Agrária da USP, elaborado a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para especialistas que lidam com o problema localmente, não há dúvidas sobre a relação entre o veneno e a doença.
"Diversos estudos apontam a relação do uso de agrotóxicos com o câncer", diz o oncologista Fábio Franke, coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí, que atende 120 municípios da região.
O glifosato é o agrotóxico mais usado no país, e fabricado pela Monsanto, que rechaça a relação do uso do produto com a doença.
A empresa diz tratar-se de "um dos herbicidas mais usados no mundo, por mais de 40 anos e em mais de 160 países", e que "nenhuma associação do glifosato com essas doenças é apoiada por testes de toxicologia, experimentação ou observações".
Já o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), que representa os fabricantes de agrotóxicos, encaminhou o questionamento da BBC Brasil para a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que responde basicamente pelas mesmas empresas.
Em nota, a Andef afirma que "toda substância química, sintetizada em laboratório ou mesmo aquelas encontradas na natureza, pode ser considerada um agente tóxico" e que os riscos à saúde dependem "das condições de exposição, que incluem: a dose (quantidade de ingestão ou contato), o tempo, a frequência etc.".

Um dos principais problemas é que boa parte dos trabalhadores não segue as instruções técnicas para o manejo das substâncias. Sem falar nos agrotóxicos que vão parar nos lençõis freáticos, nos rios, a nossa volta, em nossa comida. 

Há várias fontes no Scielo que comprovam a característica cancerígena do Glifosato.

sábado, 2 de maio de 2020

O Nosso Sistema Imunológico sob Novas Perspectivas

Uma equipe de cientistas da Universidade de Cardiff, no País de Gales, desenvolveu um método em laboratório que destrói o câncer de próstata, mama, pulmão e outros tipos.
Os achados, divulgados na publicação científica Nature Immunology, ainda não foram testados em pacientes, mas têm um "enorme potencial", afirmam os pesquisadores.

O que eles descobriram?

Nosso sistema imunológico é a defesa natural do corpo contra infecções, mas ele também ataca células cancerosas.
Eles encontraram uma célula-T (ou linfócito T) com um novo tipo de "receptor" que identifica e ataca células cancerosas, ignorando as saudáveis.
A diferença nesta célula imunológica é que ela pode escanear o corpo em busca de ameaças que devem ser eliminadas e atacar uma ampla variedade de cânceres.
"Há uma possibilidade de que ele possa tratar todos os pacientes", afirmou o professor Andrew Sewell à BBC. "Antes ninguém acreditava que isso fosse possível."

Como ela funciona?

As células T têm "receptores" na superfície que permitem a elas "enxergar" em um nível químico.
Os pesquisadores da Universidade de Cardiff descobriram que a célula T e seu receptor podem encontrar e destruir uma gama de células cancerosas no pulmão, na pele, no sangue, no cólon, na mama, nos ossos, na próstata, no ovário, no rim e na coluna cervical.
E fazem isso deixando intocados os tecidos "normais".
Esse receptor da célula T em particular interage com uma molécula chamada MR1, presente na superfície de todas as células do corpo humano.
Acredita-se que a MR1 seja a responsável por sinalizar ao sistema imunológico o metabolismo disfuncional em curso dentro de uma célula cancerosa.
"Somos os primeiros a descrever a célula T que encontra o MR1 nas células cancerosas — isso não tinha sido feito antes, foi a primeira vez", disse à BBC o pesquisador Garry Dolton.

Por que essa descoberta é relevante?

Terapias com células T já existem e o desenvolvimento de imunoterapias contra o câncer tem sido um dos avanços mais empolgantes nesse campo.
O mais famoso exemplo é o chamado CAR-T, uma droga viva produzida por meio de engenharia genética em células T para procurarem e destruírem o câncer.
O CAR-T pode trazer resultados incríveis que levam alguns pacientes do estágio de doença terminal para a completa remissão.
Essa abordagem é, no entanto, extremamente específica e funciona com apenas um número limitado de cânceres onde há um alvo claro para treinar a "mira" das células T.


Em fevereiro eu postei uma pesquisa sobre as células cart T, que foi citado nesta postagem:

Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...