Zika vírus pode ser utilizado para combater o câncer: pesquisadores da UNICAMP utilizaram o zika vírus para matar células que possuíam um tumor cerebral maligno e agressivo. O zika vírus foi capaz de eliminar as células com câncer, sem afetar as células saudáveis. Muitos testes ainda serão realizados para que o tratamento seja implantando, mas a pesquisa já foi um grande passo na busca de novos tratamentos contra o câncer.
Estudo publicado na revista Cancer Research, da Associação Americana para o Pesquisa do Câncer, revela o lado terapêutico do vírus zika que, em 2015, deixou em alerta as autoridades mundiais de saúde pública, quando se estabeleceu a ligação entre a infecção pelo vírus durante a gestação e o nascimento de crianças com microcefalia. Agora, pesquisadores brasileiros do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco mostram, pela primeira vez em animais, o efeito deletério da injeção do vírus purificado, em baixa concentração, sobre tumores embrionários cerebrais, de células humanas, induzidos em camundongos de baixa imunidade. O artigo chama-se Zika virus selectively kills aggressive human embryonal CNS tumor cells in vitro and in vivo
Em 20 de 29 animais tratados com o vírus do zika no estudo, os tumores regrediram. Em sete deles (cinco com AT/RT e dois com meduloblastoma), a remissão foi completa: o tumor desapareceu. Em alguns casos, o vírus também foi efetivo contra metástases – ou eliminou o tumor secundário, ou inibiu seu desenvolvimento.
Mayana Zatz, coordenadora do centro e uma das autoras principais do estudo, não hesita em classificar os resultados de “espetaculares”. O próximo passo será tratar de encontrar parceiros para o que é chamado, no jargão das ciências biomédicas, de fase 1 dos testes, agora não mais em animais, mas em pessoas. No caso, com maior frequência, crianças pequenas. Essa é uma das causas do entusiasmo que transparece na experiente Mayana, e que ela procura refrear ao falar da pesquisa que fomentou. “A gente vai ter que segurar a ansiedade e não colocar a carroça na frente dos bois. É muito importante começar com dois ou três pacientes antes e, se der certo, fazer isso para um número maior”.
O ÚNICO PROBLEMA É QUE A IGREJA CATÓLICA É CONTRA O USO DE CÉLULAS EMBRIONÁRIAS PARA PESQUISAS, POIS ELES PODEM ESTAR UTILIZANDO CÉLULAS DO FETO. DEVIDO A ISSO, EU NÃO APONTO COMO UMA BOA NOVIDADE ESSE TRATAMENTO.
Mayana Zatz - cientista
Fontes:
https://www.biologiatotal.com.br/blog/10-descobertas-recentes-sobre-o-cancer.html
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/em-teste-com-camundongo-virus-zika-elimina-tumor-cerebral-comum-em-criancas/
Estudo publicado na revista Cancer Research, da Associação Americana para o Pesquisa do Câncer, revela o lado terapêutico do vírus zika que, em 2015, deixou em alerta as autoridades mundiais de saúde pública, quando se estabeleceu a ligação entre a infecção pelo vírus durante a gestação e o nascimento de crianças com microcefalia. Agora, pesquisadores brasileiros do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco mostram, pela primeira vez em animais, o efeito deletério da injeção do vírus purificado, em baixa concentração, sobre tumores embrionários cerebrais, de células humanas, induzidos em camundongos de baixa imunidade. O artigo chama-se Zika virus selectively kills aggressive human embryonal CNS tumor cells in vitro and in vivo
Em 20 de 29 animais tratados com o vírus do zika no estudo, os tumores regrediram. Em sete deles (cinco com AT/RT e dois com meduloblastoma), a remissão foi completa: o tumor desapareceu. Em alguns casos, o vírus também foi efetivo contra metástases – ou eliminou o tumor secundário, ou inibiu seu desenvolvimento.
Mayana Zatz, coordenadora do centro e uma das autoras principais do estudo, não hesita em classificar os resultados de “espetaculares”. O próximo passo será tratar de encontrar parceiros para o que é chamado, no jargão das ciências biomédicas, de fase 1 dos testes, agora não mais em animais, mas em pessoas. No caso, com maior frequência, crianças pequenas. Essa é uma das causas do entusiasmo que transparece na experiente Mayana, e que ela procura refrear ao falar da pesquisa que fomentou. “A gente vai ter que segurar a ansiedade e não colocar a carroça na frente dos bois. É muito importante começar com dois ou três pacientes antes e, se der certo, fazer isso para um número maior”.
O ÚNICO PROBLEMA É QUE A IGREJA CATÓLICA É CONTRA O USO DE CÉLULAS EMBRIONÁRIAS PARA PESQUISAS, POIS ELES PODEM ESTAR UTILIZANDO CÉLULAS DO FETO. DEVIDO A ISSO, EU NÃO APONTO COMO UMA BOA NOVIDADE ESSE TRATAMENTO.
Mayana Zatz - cientista
Fontes:
https://www.biologiatotal.com.br/blog/10-descobertas-recentes-sobre-o-cancer.html
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/em-teste-com-camundongo-virus-zika-elimina-tumor-cerebral-comum-em-criancas/
Nenhum comentário:
Postar um comentário