A ministra Dilma Rousseff mantém sua agenda de reuniões e viagens de trabalho. O vice-presidente da República, José Alencar, não deixa de trabalhar. São exemplos de pessoas que encaram as sessões de quimioterapia como mais uma etapa no tratamento de câncer, procurando manter sua rotina.
Segundo médicos, essa atitude é cada vez mais comum entre pacientes que precisam passar pelo tratamento, seja antes ou depois da cirurgia para retirada de um tumor ou quando não há necessidade de operar. A reação aos medicamentos varia de acordo com o organismo, com o tipo de tumor e o estágio no qual ele se encontra, o que, naturalmente, influencia as condições de saúde do paciente. No entanto, segundo Daniel Herchenhorn, chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tratamento vem passando por uma desmistificação.
"Não é que a quimioterapia tenha ficado mais branda. O que mudaram foram as pessoas", explica. "As drogas estão menos tóxicas, sim, e o tratamento, menos agressivo. Só que algumas pessoas ainda têm a ideia de que a quimioterapia é uma sala de tortura. Tudo depende do entendimento do paciente de que se trata de um processo transitório."
O médico acredita que os motivos para as mudanças de atitude no paciente estão relacionadas com o avanço dos medicamentos que aliviam os efeitos colaterais, como náusea, vômito e fadiga (ocorrido nos últimos dez anos), a maior difusão de informações sobre o câncer e a importância da quimioterapia, o acesso mais amplo aos serviços de saúde, o que propicia que o diagnóstico seja feito mais cedo, e, com isso, aumenta a possibilidade de cura. Até a melhoria da qualidade das perucas, hoje menos artificiais, contribui, já que a perda de cabelo decorrente do ataque ao bulbo capilar pelos quimioterápicos provoca forte abalo emocional, em especial nas mulheres.
O médico Auro Del Giglio, do Hospital Albert Einstein, lembra que a maior parte dos pacientes volta a trabalhar no dia seguinte a uma sessão (de duração variável, podendo ser de minutos a várias horas). "Até 15 anos atrás, as pessoas vomitavam muito. Melhorou bastante", disse o oncologista, que acompanha entre 160 e 200 pessoas no Einstein e em seu consultório, a maior parte com câncer de mama e linfoma.
Apesar das mudanças, a palavra "câncer" ainda é omitida por muitos doentes. Pesquisa do Inca feita em 2007 mostrou que, apesar de 78% das pessoas acreditarem que é possível se curar e de 73% terem consciência de que há formas de prevenção, 27% dos entrevistados associam a doença à morte.
No entanto, como lembra Herchenhorn, um câncer de intestino ou um linfoma em fase inicial, por exemplo, têm até 90% de chance de cura, enquanto males em tese bem menos assustadores, como diabete, lúpus, tuberculose ou mesmo artrite não têm índices assim.
Na enfermaria e no ambulatório do Inca, psicólogos buscam esclarecer que câncer não mata - necessariamente. "Toda pessoa que é diagnosticada entra em desespero. A gente mostra que a vida vai continuar", relata Maria da Conceição Moreira, chefe do setor de psicologia do hospital.
Pacientes são encaminhados quando médicos, enfermeiros ou assistentes sociais percebem traços de ansiedade, depressão ou resistência ao tratamento. As sessões duram 40 minutos e podem ser semanais ou quinzenais. Um bom sinal é quando elas vão rareando. "O medo de morrer é natural. Quando o atendimento faz efeito, as pessoas somem, o que é ótimo. Isso acontece porque elas passam a dar prioridade a outros aspectos da vida."
Pesquisas sobre o câncer e textos de minha autoria ou de outros que possam auxiliar quem está passando pela doença.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Novas formas de encarar a quimioterapia
sexta-feira, 12 de junho de 2009
O suco de uva
Você já deve estar cansado de ouvir falar que vinho em doses moderadas faz bem à saúde. O que ainda não havia sido dito é que os efeitos benéficos da bebida também são encontrados nos sucos de uva. Foi o que Caroline Dani comprovou na dissertação de Mestrado em Biotecnologia.
Os efeitos são produzidos pelos polifenóis, compostos encontrados na casca da uva, que inibem o envelhecimento precoce e a proliferação de células cancerosas. A descoberta foi feita após um ao e sete meses de pesquisa.
Durante o mestrado, Caroline mediu a quantidade de polifenóis, testando a capacidade antioxidante e antimutagênica de cada um dos sucos, por meio de testes in vitro. Ou seja, a pesquisadora desenvolveu modelos com a levedura Saccharomyces cerevisiae, que dá fidelidade ao estudo por ser muito semelhante às células humanas. “Isolamos a levedura em um meio no qual não cresceria e estimulamos a alteração genética por meio de um agente mutagênico. Com isso conseguimos provar que os nove sucos conseguem impedir a mutação”, explica.
Com isso, temos no suco de uva mais um alidado no combate ao câncer devido a sua ação antioxidante.
terça-feira, 14 de abril de 2009
AVELÓS OU "DEDINHO DE ANJO"
Cientistas e médicos brasileiros estão testando em humanos o potencial de uma planta africana para o tratamento do câncer. É possivelmente a primeira vez que o Brasil submete um medicamento dessa natureza, obtido em solo nacional, aos rigorosos testes médicos para a aprovação de uma nova droga.
A planta é a avelós (nome científico Euphorbia tirucalli), típica das regiões norte e nordeste do País. Sua ação medicinal já era mencionada na cultura popular, o que motivou a indústria farmacêutica a analisar sua ação em células em cultura e em animais.
Os resultados foram bastante promissores.
Ao que tudo indica, a substância age nas células do câncer induzindo a apoptose - uma espécie de suicídio celular. "É o que chamamos de morte celular programada", explicou ao G1 Auro Del Giglio, gerente do programa integrado de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos coordenadores do estudo. "Em células normais, é um procedimento que acontece para a renovação das células, com as antigas dando lugar às novas. Mas nas células do câncer isso quase nunca acontece, e a idéia é exacerbar essa tendência."
Com isso, a droga tem o potencial para, se não fazer regredir, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor. Não custa lembrar que o câncer é basicamente um agrupamento de células que se rebelaram contra o corpo, multiplicando-se enlouquecidamente e consumindo os recursos do organismo todo em prol de seu próprio crescimento. Simples de descrever, dificílimo de tratar.
O tratamento tem muita gente que faz, tomar uma gotinha de manhã em jejum junto com um pedacinho de pão, no segundo dia duas gotinhas, e até quinze dias seguidos tomar duas gotinhas. quem tem a doença recomenda-se tomar sem parar até ficar curado(a). A gotinha dá um tipo de queimação no estô mago, mas é normal, não se pode aumentara dose porque faz mal, todo exagero faz mal, são apenas duas gotinhas e bem pequeninas.
Minha publicação sobre o aveloz saiu na revista Laes e Haes:
http://www.laes-haes.com.br/index.php?edicao-205-a-utilizacao-de-aveloz-euphorbia-tirucalli-no-tratamento-de-cancer
Dados que foram me passados através da amiga Giovana Cunha:
*Protocolo, Manuseio e Uso do Avelós*
Para quem conseguiu a muda da planta Avelós - retirar 4 gotas do látex da planta e diluir em 250 ml de água potável, acondicionar em vidro âmbar (cor escura), devido o látex ser fotossensível e tomar a dosagem definida pelo teste de tolerância ao Avelós, sendo 5 ml - 3 vezes ao dia, e ou de 8 em 8 horas. Até uma série de 7 vidros, ou mais como prevenção. Manter na geladeira, sempre, em temperatura adequada, distante do congelador.
*Teste de Tolerância ao Avelós*
Ao tomar a sua 1ª dosagem de 5ml de solução Avelós, qual sensação teve?
Vejam as sensações que podem ocorrer em função de sua sensibilidade:
A – Frescor, efeito parecido ao de uma bala Hall's;
B – Cica, gosto adstringente idêntico a cica da fruta caqui;
C – Ardência, como um alimento temperado suavemente com pimenta;
D – Efeito estranho na língua, diferente dos anteriores, sem saber descrevê-lo corretamente;
E – Ausência de efeito, como se ingerisse água potável.
Recomenda-se manter o uso da dosagem mínima de 5ml às pessoas cujo as sensações foram descritas nos casos “A”, “B” e “C”.
O aumento da dosagem pode ser recomendado nos casos “D” e “E”: 10ml e 15ml respectivamente.
*Benéficas do Avelós no organismo humano*
1º - Interage com a glândula tireoide, e regula a produção de hormônios;
2º - Ativa os sistemas imunológicos humano;
3º - É marcador bioquímico, substância ingenol, que mata as células cancerígenas;
4º - É gerador de Apoptose, substância eufhol - ligada a enzima PKC, que inibe o crescimento das células cancerígenas e faz apoptose, é anti-inflamatória e tem efeito analgésico. (Produz morte celular das células doentes);
5º – Reduz, e ou para a mitose e faz a apoptose celular;
6º - Pode ser usado de forma preventiva;
7º - Tem função anti-inflamatória e tem efeito analgésico;
8º - O Avelós não interfere nos hábitos alimentares da pessoa;
9º - Atenua os efeitos danosos dos tratamentos oncológicos;
10º - trata toda doença cuja base seja: fungos, vírus e bactéria;
*Doenças que o Avelós trata*
- HIV, câncer, diabetes, doenças autoimunes, moluscos, esporotricose, esclerose múltipla, ulceras, gastrites, diverticulite, infecções e inflamações, Síndrome do túnel do carpo, verrugas, miomas, ovário policísticos, cistos, pênfio Foliáceo (fogo selvagem), doença de chagas, Dengue, Zika Vírus, Sídrome de Guillain-Barré, Mielite, Malária, Vitiligo, fibromialgia, Lúpus, entre outras mais.
*Uso tópico* (externo) Exemplo: herpes Zoster, verruga...
*Dúvidas*
Pergunte e iremos tentar ajudar.
*Doadores*
Temos lista de vários Estados e devemos contacta-lo pelo messenger.
*Quantidade de gotas para ml de água*
*AVELÓS*
250 ml de água são 4 gotas
*500 ml de água são 8 gotas
*750 ml de água são 12 gotas
*1 LITRO de água são 16 gotas
*1 LITRO e meio de água são 24 gotas
*2 LITROS de água são 32 gotas.
*Para colher o látex*
Quebrar a união galho e tronco e colher o látex em um copo com um pouco da água. Tem que cair na água para não talhar.
Esse galhinho que usou será uma nova muda.
Use como indicado acima 5 ml - 3x ao dia e faça o teste de tolerância.
Muitas são as pessoas que ficam curadas através do Avelós. Peço a gentileza que pessoas que ficam curadas deixem seus testemunhos neste blog, é um trabalho de divulgação que faço somente com o interesse de ajudar os que precisam. Obrigada.
terça-feira, 17 de março de 2009
ômega 3 presente nos peixes combatem o câncer
Óleo de peixe ômega-3 e câncer : diminuição da proliferação celular maligna, aumento da apoptose, indução da diferenciação celular e diminuição da neoangiogênese tumoral .
Os ácidos graxos polinsaturados possuem vários efeitos contra as células malignas e o seu emprego em seres humanos no combate ao câncer está muito perto, pois em modelos animais e em cultura de células eles diminuem a proliferação maligna, aumentam a apoptose, induzem a diferenciação celular, diminuem a neoangiogênese tumoral e diminuem o aparecimento de metástases. Existem evidências que quanto menor o conteúdo de ácidos graxos intratumoral maior é o grau de malignidade do tumor.
Em animais o consumo de ácidos graxos ômega-3 diminui a proliferação maligna de células cancerosas humanas neles implantadas, aumenta a eficácia da quimioterapia, reduz os efeitos colaterais da quimioterapia e reduz os efeitos mórbidos do câncer. Esses ácidos graxos são importantes em vários aspectos da saúde incluindo a cardiovascular (Hardman-1999-2000-2001-2002 , Barber-1999 , La Guardia-2005 , Moyad-2005).
Estudos epidemiológicos indicam que populações que consomem grandes quantidades de ácidos graxos ômega-3 apresentam menor incidência de câncer de mama, de próstata e de colon quando comparadas com populações que consomem menores quantidades desses elementos (in Hardman-2002).
Em estudo que envolveu 50.000 homens Giovannucci em “follow up” de 10 anos observou que nos homens que consumiam peixe mais do que 3 vezes por semana, o câncer agressivo e metastático de próstata caiu para a metade. O consumo de peixe não diminuiu a incidência do câncer de próstata, mas, influenciou a agressividade e o potencial metastático do tumor (in-Aktas-2004).
Os ácidos graxos ômega-3 podem ser de origem vegetal ou animal. Os de origem vegetal se encontram no óleo de linhaça, canola e soja e nos vegetais verdes sendo consumidos como ácido alfa-linolenico (LNA). São os 18:3n-3, isto é, 18 carbonos com 3 insaturações a primeira delas a 3 carbonos do terminal metila. Os de origem animal se encontram nos peixes de água fria ou nos óleos de peixes de água fria e são de dois tipos: ácido eicosapentanoico (EPA) um 20:5n-3 (5 insaturações) e o ácido docosaexanoico (DHA) um 22:6n-3 (6 insaturações).
O ômega 3 é encontrado em peixes como sardinha e salmão, dentre outros.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Café, uma fruta saudável
O efeito protetor foi observado em quem bebia uma ou duas xícaras de café por dia e aumentava quando a dose era de três ou quatro xícaras.
Depois de estudos com animais terem sugerido uma associação entre o café e o câncer de fígado, a equipe de investigadores, chefiada por Monami Inoue, do Centro Nacional do Câncer de Tóquio, analisou um estudo de saúde pública feito durante dez anos para determinar o consumo de café em pacientes com câncer de fígado e pessoas sem câncer.
O motivo da redução de casos não é claro. Segundo os investigadores, o café contém grandes quantidades de antioxidantes -- e vários estudos feitos com animais indicam que esses compostos têm potencial para inibir o câncer do fígado.
Acredita-se que, além de acelerar a passagem dos alimentos pelo trato intestinal, reduzindo o tempo de exposição do cólon a substâncias que induzem o câncer (5), o café ajuda a reduzir a produção de ácidos biliares, que, como se sabe, desempenham um papel ativo na promoção do câncer do cólon (6).
O café também contém vários compostos com propriedades fortemente antioxidantes, como o ácido caféico e o ácido clorogênico (7,8), e outros, como o cafestol e o caveol, que têm propriedades anticarcinogênicas (9). Julga-se que o papel dos antioxidantes na proteção de nossas células e tecidos contra os danos da oxidação é significativo.
A maioria dos especialistas não julga que haja uma correlação entre o café e o câncer pancreático. Desde que o relatório da IARC foi publicado em 1991, os resultados de sete importantes estudos vieram a lume. Nenhuma conexão foi revelada num estudo de 17.633 homens nos EUA (10) nem num estudo norueguês (11). Três outros estudos norte-americanos – o estudo de 14.000 residentes aposentados (12), o acompanhamento descrito no Health Professionals Follow-up Study (13) e os casos do Nurses' Health Study (13) – confirmaram a inexistência de uma correlação entre tomar café e maior risco de câncer pancreático.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Porque também se fala de carne de porco?
A nova pesquisa, se baseou em testes feitos em três voluntários, todos membros da equipe de pesquisa. Eles beberam uma solução purificada de Neu5Gc, extraída de porcos.
Os testes provaram que, se o ácido estiver presente na dieta, uma pequena parte dele é absorvido por tecidos do corpo, como o que compõe os vasos sangüíneos, e o restante é eliminado.
Cerca de dois dias depois de ingerida, a concentração da substância havia aumentado até três vezes no corpo dos voluntários.
Entre quatro e oito dias depois, a concentração já havia caído para quase o mesmo nível presente originalmente.
A pesquisa concluiu que, como a molécula não é produzida pelo corpo, ela é vista como um invasor pelo sistema imunológico, que reage.
De acordo com o professor Ajit Varki, que liderou a pesquisa, o ácido certamente não é perigoso imediatamente após ser ingerido, e que é possível que os humanos tenham desenvolvido uma tolerância a ele após milênios comendo carnes vermelhas.
“Pode ser que (por isso) o dano só se faça sentir com a passagem dos anos”, disse. “Contudo, nós estamos agora vivendo mais tempo, e a questão que surge é se a acumulação gradual de Neu5Gc e a presença simultânea de anticorpos produzidos contra a substância poderiam estar relacionadas ao desenvolvimento de certas doenças mais tarde.”
A carne de porco só é um fator de risco por se tratar também de uma carne vermelha, e o seu consumo muito alto, é um fator de risco. Isso foi comprovado em países cuja população consumia muita carne vermelha, e apresentavam maiores índices de pessoas com determinados tipos de câncer comparando com países que tem baixo consumo de carne vermelha. Sempre é bom moderar.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Leite de soja e câncer
Com menos gorduras, sem colesterol e com mais proteínas que o leite de vaca, o leite de soja é uma opção para aqueles que não toleram a lactose ou querem enriquecer sua alimentação, evitar problemas de saúde e regular sua atividade hormonal.
De acordo com especialistas em nutrição, quanto mais leite de soja
Enriquecida com cálcio, a bebida ajuda a prevenir a desmineralização dos ossos, o que traz benefícios principalmente para as mulheres que sofrem de osteoporose. "O leite de soja é um dos melhores aliados da mulher entre os alimentos funcionais que aportam vitaminas, minerais e substâncias protetoras e benéficas", explica a nutricionista Marta Aranzadi.
Comparado com o leite de vaca, o de soja contém menos gordura e cálcio, não tem colesterol, tem pouco carboidrato e é uma ótima fonte protéica. Além disso, é menos calórico e não contém caseína nem lactose, duas substâncias lácteas que causam transtornos digestivos.
Por outro lado, contém ácidos poliinsaturados, que ajudam a reduzir a presença do mau colesterol (LDL) no sangue, e lecitina, que ajuda a evitar o acúmulo de gordura nas artérias.
A maioria das marcas de leite de soja é fortalecida com cálcio e muitas delas também são enriquecidas com as vitaminas D, B12 e B2. Há ainda variedades especialmente formuladas para bebês alérgicos ao leite de vaca.
Além de uma proteína completa, que contém os aminoácidos essenciais presentes nos ovos, na carne, no leite e no pescado, o leite de soja é rico em fitoestrógenos, que ajuda a regular a função endócrina, aliviar a tensão pré-menstrual e prevenir a osteoporose, os desarranjos da menopausa, o câncer de mama e as doenças cardiovasculares.
Salvo os casos de intolerância à lactose, nos quais o leite de vaca é substituído, os nutricionistas aconselham a utilização do leite de soja para enriquecer e dar variedade à alimentação, dada sua versatilidade e qualidades saudáveis, nutritivas e gastronômicas.
Uma dieta para reduzir o risco de câncer deve ter menos gordura, mais fibras e mais frutas e vegetais. Alimentos a base de soja ajudam a seguir estas regras pois possuem baixos níveis de gordura saturada e altos níveis de fibra, além de outros nutrientes importantes.
Mulheres que consomem regularmente produtos derivados de soja apresentam 54% menos chance de adquirirem câncer de útero. Por exemplo, as mulheres americanas, onde o consumo de produtos a base de soja é pequeno, tem quatro vezes mais chance de desenvolverem câncer de útero do que mulheres japonesas, onde o consumo de produtos de soja é alto. Estudos indicam que alimentos a base de soja ajudam a proteger contra vários tipos de câncer, incluindo câncer do pulmão, do colo do útero, do reto, do estômago e de próstata.
Homens que consomem mais de um copo de leite de soja por dia, tem os riscos de desenvolver câncer de próstata diminuidos em 70%.
É importante lembrar que a quantidade de cálcio que está presente no leite de soja é pouco para quem não toma leite de vaca, então é bom tomar cálcio, prevenindo problemas relacionados á falta de cálcio.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
"Administrando" o Câncer
Pesquisa mostra doença como gerenciável dentro de dez anos.
Dentro de dez a quinze anos, provavelmente ainda não haverá algo que possa ser chamado de uma cura para todos os tipos de câncer, mas esta será uma doença "administrável". É a opinião do oncologista Júri Gelovani, do Centro M.D. Anderson de pesquisa contra o câncer, da Universidade do Texas.
Gelovani, um dos cientistas que lideram hoje a pesquisa sobre imagens para diagnóstico da doença.
"Provavelmente, no futuro, nós converteremos o câncer em uma doença que poderemos detectar cedo e que possamos administrar, da mesma forma que administramos hipertensão, diabetes e epilepsia", disse Gelovani. "Deixaria de ser uma doença que chamarmos de 'grave' para se tornar gerenciável."
Gelovani pesquisa hoje formas de usar máquinas sofisticadas de imagem, como PET scan (tomografia por emissão de pósitrons) e ressonância magnética, para identificar formas mais precisas de detectar onde os tumores estão.
Para isso, seu grupo usa uma série de agentes -- biomarcadores, no jargão médico -- que reconhecem substâncias ou características específicas do tumor e se ligam a ele. Esses agentes incluem de moléculas nanoscópicas, proteínas que se ligam a proteínas específicas de tumores e anticorpos a vírus inofensivos modificados.
O objetivo do grupo é ir além da tecnologia de imagem e criar tratamentos que usam a habilidade dessas moléculas que reconhecem células específicas de tumores. "Ultimamente, muitos trabalhos tem sido publicados mostrando que essa abordagem é viável e pode ser transportada para a clínica", diz Gelovani.
sábado, 11 de outubro de 2008
Espiritualidade e câncer, o que diz a ciência sobre isso?
como a espiritualidade interfere na ocorrência ou na prevenção do câncer?
SHEKELLE e colaboradores, em trabalho publicado na revista “Psychosomatic Medicine” de abril de 1981 afirma que DEPRESSÃO e SENTIMENTO de DESESPERANÇA estão fortemente relacionados com o aparecimento de CÂNCER, por interferirem no sistema imunitário.
James PAGET, que descreveu uma das formas mais comuns do câncer da mama, já afirmava a mesma coisa em 1870.
E SHEKELLE ainda demonstra que pesquisas feitas com animais submetidos a sucessivos e inevitáveis choques elétricos, produziam neles o aparecimento de tumores, em decorrência do stress provocado pelos estímulos dolorosos.
Levando em conta o que ERICH FROMM dizia: “A mente é a benção e a maldição do Ser Humano”, podemos deduzir que nele, mais dos que em animais-cobaias, a possibilidade do aparecimento de tumores em conseqüência de stress se torna muito mais provável. Afinal, só o Ser Humano questiona “POR QUE SOFRO?” e isso amplia significativamente os efeitos do stress.
EVERSON, na mesma publicação, porém já em 1996, confirmou as pesquisas de SHEKELLE afirmando que a DESESPERANÇA é mais forte do que a DEPRESSÃO, na ocorrência de suicídio.
Ora, o câncer pode ser considerado, em diversos casos, como uma forma de suicídio. Uma forma a que demos o nome de SUICÍDIO ENDÓGENO uma vez que a pessoa, incapaz por qualquer razão, física, moral ou psicológica, de se matar diretamente cria, a nível de consciente profundo, bloqueios de seus mecanismos de defesa, ou estabelece situações onde doenças ou acidente possam lhe acontecer, tirando a sua vida.
STEPHANIE SIMONTON, esposa e colaboradora de Carl SIMONTON afirma, no livro “Com a a vida de novo” que “cada um de nós tem a sua participação na saúde e na doença, a todo momento, através de nossas convicções, nossos sentimentos e nossas atitudes em relação à nossa vida.”
Segundo suas observações o câncer costuma surgir como uma indicação de problemas e stress, que aconteceram de 6 a 18 meses antes do aparecimento da doença. Reagindo a eles com desesperança e desistência, o a pessoa abriu suas defesas, permitindo a proliferação das células cancerosas em seu organismo.(1)
As implicações da espiritualidade na saúde vêm sendo estudadas cientificamente e documentadas em centenas de artigos. Há relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, sendo que pessoas vivenciam melhor saúde mental e se adaptam com mais sucesso ao estresse se são religiosas. Pessoas religiosas são fisicamente mais saudáveis, têm estilos de vida mais salutares e requerem menos assistência de saúde. Existe uma associação entre espiritualidade e saúde que provavelmente é válida, e possivelmente causal. É plenamente reconhecido que a saúde de indivíduos é determinada pela interação de fatores físicos, mentais, sociais e espirituais. Os profissionais da saúde
já contam com indicações científicas do benefício da exploração da espiritualidade na programação terapêutica de virtualmente qualquer doença. (2)
1 - http://www.redenacionaldetanatologia.psc.br/Artigos/artigo_12.htm
2 - SAAD, Marcelo, MASIERO, Danilo, BATTISTELLA, Linamara Rizzo. ESPIRITUALIDADE BASEADA EM EVIDÊNCIAS. http://www.actafisiatrica.org.br/v1%5Ccontrole/secure/Arquivos/AnexosArtigos/A3C65C2974270FD093EE8A9BF8AE7D0B/vl_08_n_03_107_112.pdf
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Tabaco, quem usa e quem não usa sofre consequências:
O congresso mundial contra o câncer 2008 que começou dia 27 de agosto e terminou agora em 31 de agosto de 2008, em Genebra, Suiça, teve já na abertura a afirmativa: o tabaco é o maior fator de risco para o câncer.
Todo esforço concentrado nos perigos de pais fumando dentro de casa e de carros.
Genebra - É uma estatística surpreendente: 700 milhões de crianças - quase a metade dos jovens do mundo - respiram ar poluído pela fumaça de tabaco. As pessoas que fumam em espaços confinados, como dentro de casa ou no carro, submetem outras pessoas a uma mistura perigosa de toxinas, inclusive nicotina, monóxido de carbono e cianeto, mesmo quando as janelas estão abertas. O fumo passivo expõe crianças a riscos crônicos de saúde: - Aumenta o risco de um bebê morrer subitamente de causas inexplicáveis. - Contribui para o peso baixo de nascituros e prejudica o desenvolvimento dos pulmões. - Causa bronquite e pneumonia em adultos jovens. - Aumenta o risco de infecções auriculares, asma, tosse e respiração ofegante entre crianças em idade escolar.
Essas ameaças à saúde ressaltam a necessidade de os pais protegerem as crianças do fumo passivo. Na primeira campanha global deste gênero, a International Union Against Cancer (UICC) [União Internacional Contra o Câncer] e membros do mundo inteiro conduzirão uma iniciativa para promover às crianças ambientes livres de fumo. A campanha "I love my smoke-free childhood" (Adoro minha infância livre de fumo) será lançada no Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro, com estas mensagens para os pais: - Evite fumar em casa ou no carro. - Alerte as crianças para ficarem longe do fumo passivo ou de locais que permitem fumar. - Ensine às crianças que não existe um nível seguro de fumo passivo. - Não fume durante a gravidez ou perto de alguma mulher grávida. - Use uma creche livre de fumo. - Se você é fumante, pergunte ao médico como fazer para parar. - Seja um modelo de comportamento para seu filho - não fume.
Em apoio a essas mensagens, a UICC está publicando um relatório especializado de 40 páginas, "Protecting our children against secondhand smoke" [Protegendo nossos filhos contra o fumo passivo].
A campanha "I love my smoke-free childhood" é o primeiro foco dentro da Campanha Mundial Contra o Câncer, um esforço qüinqüenal de prevenção do câncer lançado no Dia Mundial do Câncer de 2007. A Campanha oferece aos pais medidas simples para serem ulteriormente compartilhadas com as crianças na prevenção do câncer. (www.worldcancercampaign.org).
"Quarenta por cento dos cânceres são evitáveis através de hábitos saudáveis. A primeira medida de prevenção é a educação, começando com pais e filhos. Cada história de sucesso significa menos vidas perdidas", diz Isabel Mortara, diretora executiva da UICC. "Os cânceres relacionados com o tabaco lideram a lista de mortes evitáveis, e centenas de milhares de pessoas que nunca fumaram morrem a cada ano de doenças causadas pelo fumo passivo. É por isto que esta iniciativa é tão importante".
Além de objetivar individualmente as pessoas, a UICC encoraja os formadores de opinião a colocar o câncer nas agendas públicas. Um número crescente de países já adotou leis 100% livres de fumo, proibindo fumar em todos os espaços públicos fechados, sem exceção. A Irlanda foi o primeiro país a fazê-lo em 2004, seguida pelo Reino Unido, Nova Zelândia, Uruguai, Bermudas, Butão e Irã. Porto Rico e vários estados e cidades dos EUA adotaram também tais proibições.
"Os países com leis 100% livres de fumo devem ser elogiados por seu legado em prol de famílias mais saudáveis. Nessas nações, a porcentagem de crianças expostas ao fumo passivo vem diminuindo com o tempo", diz o Dr. Franco Cavalli, presidente da UICC. "Embora tal tendência seja encorajadora, esta abordagem sozinha não protegerá as crianças do fumo passivo. É por isto que a educação dos pais é tão decisiva".
The International Union Against Cancer: Fundada em 1933, a UICC é o único consórcio verdadeiramente global de organizações de combate ao câncer do mundo, com 300 membros em 90 países englobando a África, as Américas, Ásia-Pacífico, Europa e o Oriente Médio. | www.uicc.org
Protecting our children against secondhand smoke: Este relatório especializado expõe as conseqüências na saúde da exposição das crianças à fumaça do tabaco, e faz recomendações detalhadas para proteger as crianças em lares, carros, creches, escolas e outros locais públicos. Entre os autores está o Dr. Jonathan Samet, editor científico sênior dos relatórios de 2004 e 2006 sobre o fumo e a saúde do U.S. Surgeon General (cargo nos EUA equivalente a ministro da saúde) (communication@uicc.org)
The World Cancer Congress 2008: O Congresso Mundial do Câncer oferece acesso aos líderes mundiais no controle do câncer. O próximo Congresso acontecerá em Genebra, de 27 a 31 de agosto. O encontro apresenta novas pesquisas sobre novos tópicos, e também soluções comprovadas e em andamento no controle do câncer. | www.uicc-congress.org | www.uicc.org | www.worldcancercampaign.org | Por: PR Newswire
NÃO FUME, FAÇA CAMPANHA CONTRA O FUMO, NÃO PRECISAMOS DISSO PARA VIVER.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
XENOESTROGÊNIOS E CÂNCER
Um estudo realizado em vários grupos étnicos e regiões geográficas, relacionam os fatores de risco com o câncer de mama, somando uma exposição vitalícia para o estrogênio (hormônio feminino responsável pelos caracteres sexuais femininos). A chave componente é o receptor de estrogênio para o qual é unido a transcrição de uma variedade de genes importantes, alguns dos quais controla a indução de tumores e o seu crescimento (DAVIS, 1997).
Essa pesquisa (DAVIS, 1997) enfatizou a importância de xenoestrogênios (substâncias sintéticas com atividades estrogênicas; o xenoestrogênio entra no organismo, ocupando os receptores do estrogênio, criando maiores possibilidades de desenvolvimento de câncer da mama ou do útero), agentes ambientais, que agem como estrogênios e podem afetar a taxa de metabolismo de estradiol (principal estrogênio produzido pelo ovário) e o tipo de metabólitos produzidos, alterando a ligação com o receptor de estrogênio, mudando a proliferação da célula que constitui parte da mama. Assim influencia o desenvolvimento de câncer de mama e outras doenças relacionadas a esses hormônios.
Alguns xenoestrogênios (por exemplo, em certos produtos de soja) são protetores, enquanto outros (por exemplo, em certos inseticidas) influenciam muito no aumento do risco de uma mulher vir a desenvolver o câncer de mama (DAVIS, 1997). A habilidade para ativar xenobióticos é o fenômeno chave em carcinogênese ambiental. Sistemas intracelulares de DNA são provavelmente responsáveis para o resultado de fim de transformação neoplásicas ou normalidade na presença de encontros de carcinogênicos (MORAN, 1996).
Os cientistas ambientais acreditam que o câncer, como câncer de mama, é um produto direto de substâncias químicas da era industrial (CARLIN, 2001). Em particular, muita atenção está enfocada agora em grupos de substâncias químicas que afetam o sistema hormonal do corpo (CARLIN, 2001). Em O Futuro Roubado, Theo Colburn (In Our Stolen Future) discute essas substâncias químicas sintéticas que imitam hormônios naturais e cânceres hormônio-relacionados, como câncer de mama (COLBORN, 1997). Muitos produtos químicos são similares ao estrógeno in vivo e in vitro, por esta razão Wolff e Weston (1997) acreditam que o câncer da mama possa também ser influenciado por agentes ambientais.
DAVIS, D. L. Environmental influences on breast cancer risk. Science and iMedicine, V. 4, n. 3. p. 56. May-Jun 1997,
MORAN, E. M. Environment, cancer, and molecular epidemiology: air pollution. Pubmed. v. 15. n. 2 - 4. p.97-104, 1996.
CARLIN, S. Community Breast Cancer Mapping. Huntington: Southampton College, Long Island University, 2001.
COLBORN, T.; DUMANOSKI, D.; MYERS, J. P. Our stolen future. New llYork: Plume Books, 1997.
WOLFF, M. S.; WESTON, A. Breast Cancer Risk and Environmental Exposures Environmental Health Perspectives. v. 105, n. 4, p. 891-896, 1997 .
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha-ES. 2003.
OBS: o Livro Our Stolen Future tem uma versão em português, O futuro Roubado de Theo Colburn.
sábado, 19 de julho de 2008
Uma célula renegada, sua história desde o século XIX
Até o século XIX, o câncer era relativamente raro, e isso é explicado pelo fato de que no passado, em muitos países europeus, a expectativa de vida era de apenas 35 anos. Muitas pessoas que poderiam ter contraído câncer mais tarde, eram vitimadas muito antes principalmente por doenças infecciosas. A medicina não contava com produtos farmacêuticos mais eficientes, vacinas, dentre outras tecnologias que foram surgindo no século XX. Essas doenças vitimavam um grande número de pessoas rapidamente, como por exemplo, a peste negra.
Nessa época, quando o câncer ocorria era considerado um acidente fortuito, e nas últimas décadas do século XVIII foram se evidenciando indícios de que o câncer estava relacionado com as experiências ou estilos de vida das pessoas. Essa nova postura iniciou-se quando alguns médicos documentaram tipos particulares de câncer que afetavam subpopulações muito distintas da humanidade. Foram documentados casos de homens portadores de câncer escrotal que haviam trabalhado como limpadores de chaminé na juventude, cânceres nasais em pessoas que costumavam cheirar rapé, mineiros de uranita adquiriam câncer de pulmão, pessoas que trabalhavam com raios-X apresentavam câncer de pele e leucemias, câncer de língua em mulheres que pintavam ponteiros de relógio com radioluminescentes (lambendo os pêlos do pincel), dentre tantas outras descobertas.
Uma análise populacional requer também um conhecimento histórico e cultural, suas origens e seus processos de transformação e abrange aspectos sócio-econômicos e dessa forma obter conhecimento da população com a qual se está trabalhando. Assim, os casos de câncer variam de país para país, apresentando diferentes tipos de câncer como maior ocorrência. O Câncer de fígado ocorre com mais freqüência em determinadas partes da África do que na Grã-Bretanha, o câncer de estômago atinge mais os japoneses do que os americanos, o câncer de cólon ocorre mais em determinadas regiões dos Estados Unidos do que na África.
Uma teoria alternativa se impôs com mais força, fatores externos que afetam o organismo desempenham grandes influências para o surgimento do câncer. Essa mudança, que começou no início do século XX, coincidiu com outra revolução, relacionada á compreensão das doenças infecciosas. Nas últimas décadas do século XIX, Robert Koch e Louis Pasteur descobriram várias doenças letais que podiam ser atribuídas a agentes causais específicos, como bactérias e vírus. Assim, as doenças humanas passaram a ser descritas como conseqüências de causas específicas, passíveis de serem conhecidas, e não como atos aleatórios. Com esse avanço tornou-se possível redefinir e elucidar o câncer. O câncer podia estar relacionado a termos mais específicos, como o estilo de vida e o ambiente.
Durante o século XX, duas mudanças importantes ocorreram, a expectativa de vida aumentou, começamos a viver por 70 ou 80 anos. Nossa dieta também se modificou, passando de uma alimentação rica em grãos e vegetais a uma que enfatizou cada vez mais a carne e grande quantidade de gordura. Os efeitos da dieta são evidenciados pela epidemiologia, há regiões da África cujos habitantes seguem uma dieta baseada quase exclusivamente em vegetais e grãos. Essas pessoas estão expostas a um risco de câncer de cólon mais de dez vezes menor do que o observado no Ocidente. Muitos carcinógenos químicos são introduzidos no organismo através da nossa alimentação, Weinberg (2000) chega a afirmar que em sua grande maioria, os mutágenos ingeridos na alimentação tendem a ser componentes naturais de nossa alimentação e não contaminantes feitos pelo homem.
O organismo sadio é uma sociedade muito peculiar, onde a regra é o auto-sacrifício, mais do que a competição: todas as linhagens de células somáticas são comprometidas com a morte, não deixam progênie, mas dedicam sua existência para o suporte ás células germinativas que, por si, têm a chance de viver. Para o corpo a célula somática é um clone e o seu genoma é o mesmo das células germinativas e pelo seu auto-sacrifício em favor das células germinativas, as células somáticas ajudam a propagar cópias de seus próprios genes. Assim, diferentemente das células de vida livre, tal como uma bactéria que compete para sobreviver, as células de um organismo multicelular são comprometidas para a colaboração. Qualquer mutação origina o comportamento egoísta nos membros individuais dessa cooperativa (organismo), colocando em risco o futuro do empreendimento. Mutação, competição e seleção natural operando dentro de populações de células somáticas são os ingredientes básicos do câncer, é uma doença em que as células mutantes iniciam sua proliferação às custas das células vizinhas e no fim destrói toda a sociedade celular e morre.
A célula cancerígena é uma célula renegada, ao contrário das congêneres normais, as células cancerosas desprezam as necessidades da comunidade de células á sua volta. Estão interessadas em suas vantagens proliferativas, são “egoístas e muito insociáveis”, “aprenderam a crescer” sem nenhum estímulo vindo da comunidade de células á sua volta (WEINBERG, 2000).
WEINBERG, R. A. Uma célula renegada, como o câncer começa. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha-ES. 2003.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Poluição e Câncer de mama
Um estudo desenvolvido pelo hospital Princess Grace, de Londres, descobriu que as mulheres urbanas têm maiores chances de desenvolver o câncer de mama.
A pesquisa, realizada com 972 mulheres, concluiu que aquelas que vivem ou trabalham em grandes cidades apresentam o tecido mamário muito mais denso do que as outras -- e quanto maior a densidade maior o risco do surgimento da doença.
Os cientistas acreditam que a causa principal seja a poluição do ar, que contém partículas capazes de reproduzir os efeitos dos hormônios femininos, influenciando na formação do tecido mamário.
Este é mais um motivo para que as autoridades incentivem a redução das emissões de gases gerados pelos automóveis,indústrias siderúrgicas, dentre outras fontes poluentes.
Acredito que há uma ligação entre poluição e câncer de mama, pois através de um estudo epidemiológico pude averiguar que haviam mais casos de câncer de mama em locais onde haviam pais poluentes.
Não é um fator isolado, mais acumula-se com outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
É possível que haja determinantes substâncias presentes nos poluentes que proporcionem mutações favoráveis para a formação do câncer de mama, sendo que além disso determinados poluentes apresentam características cancerígenas.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
NOVAS PESQUISAS: Estudo liga infecção na gengiva a risco de câncer
Infecções na gengiva podem ser um sinal de um maior risco de câncer tanto em fumantes como em não-fumantes, segundo uma pesquisa realizada pelo Imperial College de Londres.
O estudo, publicado no jornal especializado Lancet Oncology, concluiu que aqueles com histórico de infecção na gengiva tem 14% mais chances de desenvolver câncer comparados com aqueles que não têm.
A equipe estudou os registros médicos de 50 mil homens americanos desde 1986 e concluiu que aqueles com problemas na gengiva tinham 30% mais chances de ter câncer no sangue, como leucemia, 36% mais chances de ter câncer no pulmão, quase 50% mais riscos de câncer no rim e um aumento semelhante no risco de câncer no pâncreas.
Pesquisas anteriores sugeriram que os riscos maiores eram entre fumantes, mas o estudo do Imperial College sugere que mesmo em não-fumantes a presença de infecção na gengiva pode representar um maior risco de câncer.
Os cientistas não constataram um aumento no risco de câncer no pulmão em não-fumantes com histórico de infecções na gengiva, mas verificaram um ligeiro aumento no risco geral de câncer neste grupo - e um aumento comparável ao de fumantes nos casos de câncer de sangue.
Explicação
Há várias teorias que tentam explicar as rezões da ligação entre infecção na gengiva a outras doenças.
Os pesquisadores sugeriram que o problema pode ser um sinal de uma fraqueza no sistema imunológico que poderia também permitir o desenvolvimento de câncer.
"Os resultados indicam uma associação na resposta do sistema imunológico à inflamação, o que pode levar a uma suscetibilidade tanto a doenças periodontais como a câncer no sangue", diz o estudo.
No entanto, os pesquisadores também dizem que infecções persistentes na gengiva podem levar a mudanças na resposta imunológica, facilitando o desenvolvimento de câncer, ou que a bactéria que causa a infecção na gengiva possa estar diretamente causando câncer nos tecidos da boca e da garganta quando engolida.
Mas os cientistas não chegaram a recomendar que aqueles que têm problemas na gengiva procurem o médico em vez do dentista.
"Nesse momento, nós acreditamos que qualquer recomendação para a prevenção de câncer com base nesses resultados pode ser prematura. Pacientes com doenças periodontais devem ir ao dentista independentemente do impacto no risco de câncer", concluíram.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/
terça-feira, 15 de abril de 2008
Carcinógenos Químicos
Os carcinógenos químicos se ligam ao DNA e causam mutações. O principal mecanismo de ação dos carcinógenos químicos é a formação de compostos covalentes com o DNA, que aumentam a probabilidade de ocorrerem erros durante a replicação. Nem sempre uma mutação resulta na formação de tumores, pois o organismo dispõe de sistemas eficazes de reparação de DNA. Existe grande variação entre os indivíduos e entre os diferentes tecidos na eficiência de reparação do DNA. Alguns carcinógenos químicos além de sua ação mutagênica inibem a atividade das enzimas reparadoras. Dessa forma, as substâncias químicas provocam tumores na dependência de vários fatores do indivíduo e do ambiente (ROSSIT, 2001).
Os principais carcinógenos químicos conhecidos podem ser agrupados conforme descreve Bogliolo (1998) em:
- Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
- Aminas Aromáticas
- Azocompostos
- Alquilantes
- Nitrosaminas
- Aflatoxinas
- Asbesto
- Cloreto de Vinil
- Carcinógenos Inorgânicos
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são os carcinógenos químicos mais potentes e os mais bem estudados. Derivam da combustão incompleta (alcatrões) do carvão mineral, petróleo, tabaco, e outros. Todos são cancerígenos indiretos e dependem da ativação prévia pelos sistemas enzimáticos, provocando variados tumores conforme o local de introdução e as células presentes. Esses compostos derivam do antraceno e do fenantreno. O antraceno está presente em produtos de petróleo, foi encontrado em efluentes industriais, atingindo o ambiente aquático. O composto antraceno sozinho não é considerado cancerígeno humano, mas, foram observados em uma pesquisa em Drosophilas (melanogaster), com a primeira e segunda geração dos progenitores expostos à essa substância, resultando em larvas com boas concentrações de antraceno, apresentavam um aumento significante na formação de tumores benignos. Foi concluído que o antraceno solubilizado com detergentes poderiam induzir a tumores melanóticos autossômicos dominantes (ANTHRACENE, 1997). O fenantreno é importante fonte de petróleo e é encontrado em quantias mais altas em produtos com óleos refinados. É considerado carcinogênico, e uma típica mistura complexa de compostos aromáticos em águas, sedimentos e tecidos internos do organismo, podem adquirir uma característica ainda mais carcinogênica (ODUM, 1988).
Dependendo do tipo e local das modificações químicas das células, a potência do produto resultante é diferente. Como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos se formam pela combustão de diversos compostos que contém carbono, são múltiplas as fontes de produção dessas substâncias: carvão, petróleo e seus derivados, produtos alimentícios, principalmente os defumados, tabaco e outros. Encontram-se muito difundidos no ambiente e sua importância como causadores de câncer é grande, por isso atualmente não representam apenas um risco profissional (BOGLIOLO, 1998).
As aminas aromáticas são derivadas da anilina, que para se transformarem em cancerígenas devem sofrer ação pelos hepatócitos. Alguns dos principais compostos são a b-naftilamina e o 2-acetil aminofluoreno. A primeira é hidroxilada no fígado e por ação de uma glicuronidase urinária libera-se o composto b-hidroxilase, cancerígeno para o epitélio vesical. Já o 2-acetil aminofluoreno apresenta derivados hidroxilados que são cancerígenos provocando câncer principalmente no fígado. Já os azocompostos são derivados do azobenzeno, sendo que são cancerígenos indiretos. Pertencem a essa categoria os corantes utilizados na industrialização de produtos alimentares, como o amarelo-manteiga (BOGLIOLO, 1998).
Os alquilantes representam um grupo heterogêneo de substâncias que tem como propriedade comum a doação de um grupo alquílico (metílico ou etílico) a um substrato. São carcinógenos diretos, mas de baixa potência. Sua ligação ao O6 da guanina altera a ligação com o hidrogênio, leva a um erro de leitura pela DNA polimerase resultando em transição G:A. São substâncias radiomiméticas, interagem com o DNA. Outro grupo abrange as Nitrosaminas, formadas no organismo á partir de nitritos e aminas ou amidas ingeridos com os alimentos. Sua importância maior é a sua relação com o câncer gástrico. Compostos N-nitroso causam desaminação de ácidos nucléicos e mutações variadas. Já as aflatoxinas são produzidas por Aspergillus flavus, um fungo que contamina alimentos, principalmente cereais. Elas sofrem ativação no fígado onde são potentes cancerígenos. São importantes, principalmente na África, como causadoras do hepatocarcinoma. Elas também parecem agir sinergicamente com o vírus da hepatite B induzindo a formação desse tumor. O Asbesto é importante causa do mesotelioma e câncer broncopulmonar. A principal forma de contato com essa substância ocorre em trabalhadores na indústria de amianto. O Cloreto de Vinil relaciona-se com um raro tumor do fígado, e dentre os Carcinógenos Inorgânicos encontra-se o arsênico, como causador de câncer de pele, o cromo, encontrado no cimento e outros produtos industriais, responsável por vários tipos de câncer, assim como também o níquel e o ferro (BOGLIOLO, 1998).
BOGLIOLO, L. Patologia Geral. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1998.
ROSSIT, A.; FROES, N. C. Suscetibilidade genética, biometabolismo e câncer. Revista da Sociedade Brasileira de Cancerologia. n 10. p. 26-31. ago 2001.
Anthracene. In: MOUWERIK, M. V.; STEVENS, L.; SEESE, M. D.; BASHAM, W. Environmental contaminants encyclopedia. Colorado State University, 1997.
ODUM, Eugene P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1988.
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha-ES. 2003.
Artigo sobre Chlorpirifós
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