As substâncias químicas cancerígenas são encontradas distribuídas na natureza, compreendendo desde alimentos naturais até compostos altamente modificados pelo homem. Os carcinógenos químicos são divididos em duas categorias: carcinógenos diretos e indiretos. Os diretos são agentes alquilantes que já possuem atividade eletrofílica intrínseca, e devido a essa propriedade podem provocar câncer diretamente. A maioria das substâncias químicas são carcinógenos indiretos, precisam primeiro sofrer modificações químicas no organismo para então se tornarem eletrofílicas e ativas (BOGLIOLO, 1998). O metabolismo dos carcinógenos é feito por grande variedade de enzimas solúveis ou associadas com membranas, entre as quais as do citocromo P-450 são as mais importantes. A atividade desses sistemas enzimáticos sofrem influências de vários fatores endógenos e exógenos. Há variações qualitativas e quantitativas dessas enzimas em diferentes tecidos, em diferentes indivíduos e diferentes espécies, podendo influenciar a região e o tipo de tumor (ROSSIT, 2001).
Os carcinógenos químicos se ligam ao DNA e causam mutações. O principal mecanismo de ação dos carcinógenos químicos é a formação de compostos covalentes com o DNA, que aumentam a probabilidade de ocorrerem erros durante a replicação. Nem sempre uma mutação resulta na formação de tumores, pois o organismo dispõe de sistemas eficazes de reparação de DNA. Existe grande variação entre os indivíduos e entre os diferentes tecidos na eficiência de reparação do DNA. Alguns carcinógenos químicos além de sua ação mutagênica inibem a atividade das enzimas reparadoras. Dessa forma, as substâncias químicas provocam tumores na dependência de vários fatores do indivíduo e do ambiente (ROSSIT, 2001).
Os principais carcinógenos químicos conhecidos podem ser agrupados conforme descreve Bogliolo (1998) em:
- Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
- Aminas Aromáticas
- Azocompostos
- Alquilantes
- Nitrosaminas
- Aflatoxinas
- Asbesto
- Cloreto de Vinil
- Carcinógenos Inorgânicos
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são os carcinógenos químicos mais potentes e os mais bem estudados. Derivam da combustão incompleta (alcatrões) do carvão mineral, petróleo, tabaco, e outros. Todos são cancerígenos indiretos e dependem da ativação prévia pelos sistemas enzimáticos, provocando variados tumores conforme o local de introdução e as células presentes. Esses compostos derivam do antraceno e do fenantreno. O antraceno está presente em produtos de petróleo, foi encontrado em efluentes industriais, atingindo o ambiente aquático. O composto antraceno sozinho não é considerado cancerígeno humano, mas, foram observados em uma pesquisa em Drosophilas (melanogaster), com a primeira e segunda geração dos progenitores expostos à essa substância, resultando em larvas com boas concentrações de antraceno, apresentavam um aumento significante na formação de tumores benignos. Foi concluído que o antraceno solubilizado com detergentes poderiam induzir a tumores melanóticos autossômicos dominantes (ANTHRACENE, 1997). O fenantreno é importante fonte de petróleo e é encontrado em quantias mais altas em produtos com óleos refinados. É considerado carcinogênico, e uma típica mistura complexa de compostos aromáticos em águas, sedimentos e tecidos internos do organismo, podem adquirir uma característica ainda mais carcinogênica (ODUM, 1988).
Dependendo do tipo e local das modificações químicas das células, a potência do produto resultante é diferente. Como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos se formam pela combustão de diversos compostos que contém carbono, são múltiplas as fontes de produção dessas substâncias: carvão, petróleo e seus derivados, produtos alimentícios, principalmente os defumados, tabaco e outros. Encontram-se muito difundidos no ambiente e sua importância como causadores de câncer é grande, por isso atualmente não representam apenas um risco profissional (BOGLIOLO, 1998).
As aminas aromáticas são derivadas da anilina, que para se transformarem em cancerígenas devem sofrer ação pelos hepatócitos. Alguns dos principais compostos são a b-naftilamina e o 2-acetil aminofluoreno. A primeira é hidroxilada no fígado e por ação de uma glicuronidase urinária libera-se o composto b-hidroxilase, cancerígeno para o epitélio vesical. Já o 2-acetil aminofluoreno apresenta derivados hidroxilados que são cancerígenos provocando câncer principalmente no fígado. Já os azocompostos são derivados do azobenzeno, sendo que são cancerígenos indiretos. Pertencem a essa categoria os corantes utilizados na industrialização de produtos alimentares, como o amarelo-manteiga (BOGLIOLO, 1998).
Os alquilantes representam um grupo heterogêneo de substâncias que tem como propriedade comum a doação de um grupo alquílico (metílico ou etílico) a um substrato. São carcinógenos diretos, mas de baixa potência. Sua ligação ao O6 da guanina altera a ligação com o hidrogênio, leva a um erro de leitura pela DNA polimerase resultando em transição G:A. São substâncias radiomiméticas, interagem com o DNA. Outro grupo abrange as Nitrosaminas, formadas no organismo á partir de nitritos e aminas ou amidas ingeridos com os alimentos. Sua importância maior é a sua relação com o câncer gástrico. Compostos N-nitroso causam desaminação de ácidos nucléicos e mutações variadas. Já as aflatoxinas são produzidas por Aspergillus flavus, um fungo que contamina alimentos, principalmente cereais. Elas sofrem ativação no fígado onde são potentes cancerígenos. São importantes, principalmente na África, como causadoras do hepatocarcinoma. Elas também parecem agir sinergicamente com o vírus da hepatite B induzindo a formação desse tumor. O Asbesto é importante causa do mesotelioma e câncer broncopulmonar. A principal forma de contato com essa substância ocorre em trabalhadores na indústria de amianto. O Cloreto de Vinil relaciona-se com um raro tumor do fígado, e dentre os Carcinógenos Inorgânicos encontra-se o arsênico, como causador de câncer de pele, o cromo, encontrado no cimento e outros produtos industriais, responsável por vários tipos de câncer, assim como também o níquel e o ferro (BOGLIOLO, 1998).
BOGLIOLO, L. Patologia Geral. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1998.
ROSSIT, A.; FROES, N. C. Suscetibilidade genética, biometabolismo e câncer. Revista da Sociedade Brasileira de Cancerologia. n 10. p. 26-31. ago 2001.
Anthracene. In: MOUWERIK, M. V.; STEVENS, L.; SEESE, M. D.; BASHAM, W. Environmental contaminants encyclopedia. Colorado State University, 1997.
ODUM, Eugene P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1988.
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha-ES. 2003.
Pesquisas sobre o câncer e textos de minha autoria ou de outros que possam auxiliar quem está passando pela doença.
terça-feira, 15 de abril de 2008
terça-feira, 25 de março de 2008
Sobre o Câncer de mama
É o câncer mais comum nas mulheres, sendo também considerado o tumor feminino mais freqüente em todo o mundo. Porém é de baixa freqüência na população masculina, a incidência na maior parte dos países está abaixo de um caso em cada 100.000 pessoas por ano. No Espírito Santo, no ano 2000 foi registrado apenas um caso. Do ponto de vista anátomo-patológico o câncer de mama constitui-se a mesma entidade em homens e mulheres, porém devido aos hormônios femininos há maior facilidade em desenvolver câncer de mama feminino. Nos homens é mais freqüente em portadores de síndrome de klinefelter (anomalia cromossômica com um padrão XXY).
homem que teve cãncer de mama.
As taxas de incidência variam muito entre países, sendo mais altas na América do Norte e na Europa e especialmente baixas no oriente. Os países com maior incidência são Inglaterra, Dinamarca e Escócia, sendo raros na Ásia, apresentando taxas mais baixas na China, Coréia e Tailândia. Dentro dos países europeus existe um padrão norte-sul, com maior freqüência de surgimento de casos nos países da região norte e taxas mais baixas nos países mediterrâneos (APONTE, 2002).
A mama possui entre 15 a 20 secções chamadas lóbulos, conectadas por tubos finos denominados ductos. O desenvolvimento da mama é dependente do estrogênio e são compostas por ductos lobulares, revestidos por epitélio secretor de leite. Os ductos menores convergem para ductos maiores, que por sua vez convergem para o mamilo. Essas estruturas glandulares ficam embebidas em tecido adiposo (COSTANZO, 1999). A progesterona colabora com o estrogênio, ao estimular a atividade secretora dos ductos mamários. Dentre os sintomas de câncer de mama estão dores locais e temperatura mais alta na região específica. Em 90 % dos tumores se desenvolvem o epitélio ductal e o restante corresponde a tumores do epitélio lobular. O câncer lobular é encontrado com mais freqüência em ambas as mamas, comparando-se com os outros tipos de câncer de mama (OLIVEIRA, 1999).
Todos são considerados genéticos, mas nem todos são hereditários. Acredita-se que 90 a 95 % sejam esporádicos e decorram de mutações somáticas que se verificam durante a vida. Considera-se que 5 a 10 % são hereditários devido á herança de uma mutação germinativa ao nascimento, ocorrendo em idades precoces e bilateralmente. Alguns genes defeituosos são mais comuns em determinados grupos étnicos. O câncer de mama hereditário encontra-se freqüentemente relacionado com outros tumores, como ovário, cólon, tireóide e linfático. Estão relacionados a mutações em vários genes, dentre eles, 40% correspondem ao gene BRCA-1 e 35% ao BRCA-2, sendo o restante relacionado ao BRCA-3 e outros genes.
Hortobagyi (1998) apresenta uma revisão do tratamento de câncer de mama, e o autor aponta os seguintes pontos sobre nosso conhecimento atual da biologia dessa doença:
1) A recente identificação e a clonagem dos genes [BRCA1] e [BRCA2] ampliou o conhecimento de câncer de mama familiar. Mutações nesses 2 genes estão associadas com 50 a 85 % de risco vitalício de câncer de mama, ovário ou ambos.
2) Todos os cânceres de mama têm anormalidades genéticas somáticas. Em câncer de mama não-familiar (esporádico) foram identificadas anormalidades em vários genes (por exemplo, [p53]), e em alguns casos, genes normais ou produtos de genes são anormalidades de funções celulares e potenciais patológicos. Porém, o número e tipos de mutações necessários para o desenvolvimento de câncer de mama não-familiar não é conhecido.
3) muitos fatores que estimulam ou inibem crescimento influenciam o crescimento e proliferação de células de câncer de mama, como hormônios esteróides, várias citocinas e linfócitos influenciam o comportamento e expressão de fenótipos das células da mama. O reconhecimento que esses fatores influenciam o crescimento e a disseminação de câncer de mama proporcionou novos objetivos para intervenção terapêutica e preventiva.
4) O câncer de mama também induz a neovascularização (angiogênese), que facilita o processo metastático. A expansão de metástases não é um fenômeno mecânico fortuito, mas requer interação sistêmica entre células da mama, estroma e tecido normal circunvizinho às ambas e da localização primária da metástase. Moléculas de Adesão, mediadores locais, hormônios e fatores de crescimento devem atuar no desenvolvimento das metástases. Com essa informação nova, o diagnóstico e o tratamento mudaram e emergiram novos conceitos biológicos.
Com relação aos fatores de risco, que são as situações que aumentam a chance de uma mulher vir a desenvolver câncer de mama, e são conhecidos vários deles, dos quais estão enumerados abaixo, sendo que alguns ainda estão em estudos (VITAL, 2002):
São considerados como fatores de risco para o surgimento do câncer de mama:
01 – Gravidez Tardia;
02 – Tempo de Amamentação;
Quanto menor o tempo de amamentação.
03 – Medicamento em Longo Prazo;
04 – Idade da Menopausa;
Período tardio da menopausa.
05 – Tratamento com Hormônios Sintéticos;
O período que uma mulher fica exposta ao estímulo estrogênico em fase precoce da vida aumenta o risco.
homem que teve cãncer de mama.
As taxas de incidência variam muito entre países, sendo mais altas na América do Norte e na Europa e especialmente baixas no oriente. Os países com maior incidência são Inglaterra, Dinamarca e Escócia, sendo raros na Ásia, apresentando taxas mais baixas na China, Coréia e Tailândia. Dentro dos países europeus existe um padrão norte-sul, com maior freqüência de surgimento de casos nos países da região norte e taxas mais baixas nos países mediterrâneos (APONTE, 2002).
A mama possui entre 15 a 20 secções chamadas lóbulos, conectadas por tubos finos denominados ductos. O desenvolvimento da mama é dependente do estrogênio e são compostas por ductos lobulares, revestidos por epitélio secretor de leite. Os ductos menores convergem para ductos maiores, que por sua vez convergem para o mamilo. Essas estruturas glandulares ficam embebidas em tecido adiposo (COSTANZO, 1999). A progesterona colabora com o estrogênio, ao estimular a atividade secretora dos ductos mamários. Dentre os sintomas de câncer de mama estão dores locais e temperatura mais alta na região específica. Em 90 % dos tumores se desenvolvem o epitélio ductal e o restante corresponde a tumores do epitélio lobular. O câncer lobular é encontrado com mais freqüência em ambas as mamas, comparando-se com os outros tipos de câncer de mama (OLIVEIRA, 1999).
Todos são considerados genéticos, mas nem todos são hereditários. Acredita-se que 90 a 95 % sejam esporádicos e decorram de mutações somáticas que se verificam durante a vida. Considera-se que 5 a 10 % são hereditários devido á herança de uma mutação germinativa ao nascimento, ocorrendo em idades precoces e bilateralmente. Alguns genes defeituosos são mais comuns em determinados grupos étnicos. O câncer de mama hereditário encontra-se freqüentemente relacionado com outros tumores, como ovário, cólon, tireóide e linfático. Estão relacionados a mutações em vários genes, dentre eles, 40% correspondem ao gene BRCA-1 e 35% ao BRCA-2, sendo o restante relacionado ao BRCA-3 e outros genes.
Hortobagyi (1998) apresenta uma revisão do tratamento de câncer de mama, e o autor aponta os seguintes pontos sobre nosso conhecimento atual da biologia dessa doença:
1) A recente identificação e a clonagem dos genes [BRCA1] e [BRCA2] ampliou o conhecimento de câncer de mama familiar. Mutações nesses 2 genes estão associadas com 50 a 85 % de risco vitalício de câncer de mama, ovário ou ambos.
2) Todos os cânceres de mama têm anormalidades genéticas somáticas. Em câncer de mama não-familiar (esporádico) foram identificadas anormalidades em vários genes (por exemplo, [p53]), e em alguns casos, genes normais ou produtos de genes são anormalidades de funções celulares e potenciais patológicos. Porém, o número e tipos de mutações necessários para o desenvolvimento de câncer de mama não-familiar não é conhecido.
3) muitos fatores que estimulam ou inibem crescimento influenciam o crescimento e proliferação de células de câncer de mama, como hormônios esteróides, várias citocinas e linfócitos influenciam o comportamento e expressão de fenótipos das células da mama. O reconhecimento que esses fatores influenciam o crescimento e a disseminação de câncer de mama proporcionou novos objetivos para intervenção terapêutica e preventiva.
4) O câncer de mama também induz a neovascularização (angiogênese), que facilita o processo metastático. A expansão de metástases não é um fenômeno mecânico fortuito, mas requer interação sistêmica entre células da mama, estroma e tecido normal circunvizinho às ambas e da localização primária da metástase. Moléculas de Adesão, mediadores locais, hormônios e fatores de crescimento devem atuar no desenvolvimento das metástases. Com essa informação nova, o diagnóstico e o tratamento mudaram e emergiram novos conceitos biológicos.
Com relação aos fatores de risco, que são as situações que aumentam a chance de uma mulher vir a desenvolver câncer de mama, e são conhecidos vários deles, dos quais estão enumerados abaixo, sendo que alguns ainda estão em estudos (VITAL, 2002):
São considerados como fatores de risco para o surgimento do câncer de mama:
01 – Gravidez Tardia;
02 – Tempo de Amamentação;
Quanto menor o tempo de amamentação.
03 – Medicamento em Longo Prazo;
04 – Idade da Menopausa;
Período tardio da menopausa.
05 – Tratamento com Hormônios Sintéticos;
O período que uma mulher fica exposta ao estímulo estrogênico em fase precoce da vida aumenta o risco.
06 – Anticoncepcional;
Evitar o uso de pílulas anticoncepcionais em mulheres adolescentes, ou tanto quanto possível em qualquer faixa etária, pois o período de exposição ao estrogênio e progesterona sintéticos aumenta o risco de câncer de mama. Mal as meninas entram na menarca, já começam a tomar pílulas anticoncepcionais e um fator ainda mais agravante é que a idade da menarca tem diminuído consideravelmente por conta do estímulo ao sexo, através da mídia.
Evitar o uso de pílulas anticoncepcionais em mulheres adolescentes, ou tanto quanto possível em qualquer faixa etária, pois o período de exposição ao estrogênio e progesterona sintéticos aumenta o risco de câncer de mama. Mal as meninas entram na menarca, já começam a tomar pílulas anticoncepcionais e um fator ainda mais agravante é que a idade da menarca tem diminuído consideravelmente por conta do estímulo ao sexo, através da mídia.
07 – Fumo;
08 – Álcool;
vários trabalhos de pesquisa com números significativos e acompanhamentos por mais de 10 anos têm mostrado que a bebida alcoólica, independente do tipo, aumenta a incidência de câncer de mama nas mulheres pré e pós-menopausa.
09 – História Familiar de Câncer;
Mutações nos genes p53, BRCA-1 e BRCA-2 estão associados com predisposição genética de câncer de mama.
Mutações nos genes p53, BRCA-1 e BRCA-2 estão associados com predisposição genética de câncer de mama.
10 – Dieta Alimentar;
Acredita-se que o conteúdo de gordura saturada da alimentação esteja diretamente relacionada com o câncer de mama. A gordura de origem animal está carregada de contaminantes, mas só de pesticidas e agrotóxicas e hormônios que são em sua maioria substâncias lipossolúveis e portanto concentram-se no tecido adiposo do animal. Na realidade não é a gordura animal que aumenta o risco ´para essa doença é o que está na gordura. A alimentação deve ser rica em grãos, legumes, frutas frescas e vegetais folhosos.
11 – Obesidade;
Sabemos que a nossa gordura tem capacidade de produzir estrogênios a partir de outros hormônios. Quanto maior a quantidade de gordura, maior o risco. Além disso, a obesidade interfere muitas vezes a ovulação, fazendo com que a mama fique sem a proteção de progesterona. O tecido adiposo metaboliza mal os estrogênios, produzindo uma quantidade maior de 16 a OH estrona16a(OH estrona é um hormônio metabolozado pelo tecido adiposo que super-estimula as células dos ductos mamários contribuindo para maior incidência de câncer, somado a isto a maioria das mulheres obesas apresentam hiperinsulinismo, o que reforça o problema)
Sabemos que a nossa gordura tem capacidade de produzir estrogênios a partir de outros hormônios. Quanto maior a quantidade de gordura, maior o risco. Além disso, a obesidade interfere muitas vezes a ovulação, fazendo com que a mama fique sem a proteção de progesterona. O tecido adiposo metaboliza mal os estrogênios, produzindo uma quantidade maior de 16 a OH estrona16a(OH estrona é um hormônio metabolozado pelo tecido adiposo que super-estimula as células dos ductos mamários contribuindo para maior incidência de câncer, somado a isto a maioria das mulheres obesas apresentam hiperinsulinismo, o que reforça o problema)
12 – Fatores Emocionais;
13 – Exposição Ambiental:
13.1 – Agrotóxicos
13.2 – Radiação
A ligação entre radiação e câncer de mama é muito forte. Milhares que sobreviveram às bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, tiveram alta incidência de câncer de mama principalmente o grupo mais jovem. Outra evidência dessa ligação envolve o uso da radiação na medicina. No passado a radiação era usada não só para diagnóstico quanto tratamento de diversas doenças com resultados desastrosos, aumentando o risco de câncer, principalmente em fase precoce da vida como, a radiação do timo do recém-nascido e crianças submetidas a fluoroscopia. Radiação do couro cabeludo para tratamento de fungos radiação do tórax para tratamentos de Hodgkin.
13.3 – Produtos Químicos
13.4 – Poluição
Pessoas mais expostas a poluição do ar estão mais expostas a mutações genéticas, como demonstrado em um trabalho com animais de laboratório.
Cada um desses fatores de risco têm sido fontes de intensas pesquisas, com extensa literatura, sendo assim que procura-se elucidar o modo como cada um influencia a criação de um tumor, ou a interelação entre eles, tornando-se mais complexo o seu estudo. A etiologia do câncer de mama envolve uma interação de diversos fatores de risco, o que dificulta um estudo mais adequado, pela dificuldade em se isolar um único fator e calcular sua verdadeira contribuição.
APONTE, Z. Epidemiologia Del Cancer de Mama. Supercourse. Universidad de Puerto Rico. Ciencias Medicas.
COSTANZO, L. S. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
OLIVEIRA, O. L. R.; CARNEIRO, P. C. A., SALES FILHO, R.; OLIVEIRA, D. P. Câncer de mama em mulheres jovens: aspectos epidemiológicos. Revista da Sociedade Brasileira de Cancerologia. n. 5. p. 41-44. set 1999
HORTOBAGYI, Gabriel N. Treatment of breast cancer. Cancer Center. The New Englande Journal of Medicine. V. 339, n. 14, p. 974-984, 1998.
VITAL, Odilza. Como prevenir o câncer de mama. 2003.
Cada um desses fatores de risco têm sido fontes de intensas pesquisas, com extensa literatura, sendo assim que procura-se elucidar o modo como cada um influencia a criação de um tumor, ou a interelação entre eles, tornando-se mais complexo o seu estudo. A etiologia do câncer de mama envolve uma interação de diversos fatores de risco, o que dificulta um estudo mais adequado, pela dificuldade em se isolar um único fator e calcular sua verdadeira contribuição.
APONTE, Z. Epidemiologia Del Cancer de Mama. Supercourse. Universidad de Puerto Rico. Ciencias Medicas.
COSTANZO, L. S. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
OLIVEIRA, O. L. R.; CARNEIRO, P. C. A., SALES FILHO, R.; OLIVEIRA, D. P. Câncer de mama em mulheres jovens: aspectos epidemiológicos. Revista da Sociedade Brasileira de Cancerologia. n. 5. p. 41-44. set 1999
HORTOBAGYI, Gabriel N. Treatment of breast cancer. Cancer Center. The New Englande Journal of Medicine. V. 339, n. 14, p. 974-984, 1998.
VITAL, Odilza. Como prevenir o câncer de mama. 2003.
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha - ES. Universidade Federal do Espírito Santo. 2003.
segunda-feira, 24 de março de 2008
como começou?
A mais antiga evidência de câncer remonta a 8.000 a.C. O tipo mais comum de neoplasia encontrada em fósseis, e ainda assim raramente, é o osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo. As primeiras descrições de tumores foram encontradas em papiros do Egito, e datam de 1.600 a.C. Existem também documentos na Índia, de 600 a.C., que descrevem lesões na cavidade bucal parecidas com câncer. O que fundamenta a teoria é que, por estudos arqueológicos, sabe-se que aquela população consumia sementes que são cancerígenas, mesmo assim ainda precisam de muitos estudos para serem comprovadas essas teorias (EGGERS, 2002).
Foi Hipócrates quem criou a palavra "câncer", e usou os termos "carcinos" e "carcinoma" para descrever certos tipos de tumores. Em grego, significa "caranguejo", pelo aspecto do tumor, pois, as projeções e vasos sanguíneos ao seu redor fazem lembrar as patas do crustáceo (EGGERS, 2002). A paleopatologista Sabine Eggers (2002) afirma que analisando pela teoria, o câncer, pelo que se sabe hoje, é resultado de mutação genética. Como, desde o início da vida houve mutação, é razoável imaginar que a doença sempre existiu.
EGGERS, S. A História do Câncer em Direção à Cura. Revista Hands. n. 10. jun/ jul, 2002.
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha- ES. Universidade Federal do Espírito Santo. 2003.
Foi Hipócrates quem criou a palavra "câncer", e usou os termos "carcinos" e "carcinoma" para descrever certos tipos de tumores. Em grego, significa "caranguejo", pelo aspecto do tumor, pois, as projeções e vasos sanguíneos ao seu redor fazem lembrar as patas do crustáceo (EGGERS, 2002). A paleopatologista Sabine Eggers (2002) afirma que analisando pela teoria, o câncer, pelo que se sabe hoje, é resultado de mutação genética. Como, desde o início da vida houve mutação, é razoável imaginar que a doença sempre existiu.
EGGERS, S. A História do Câncer em Direção à Cura. Revista Hands. n. 10. jun/ jul, 2002.
ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha- ES. Universidade Federal do Espírito Santo. 2003.
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