A alta incidência docâncer de mama apavora muitas mulheres. Surgircâncer de mama antes do 35 anos de idade é relativamente raro, porém acima dessa faixa etária a cada ano o risco é maior.
Poucas campanhas de saúde no Brasil encontram tanta mobilização quanto a luta contra o câncer de mama, que aconselha todas as mulheres a partir dos 50 anos a fazer mamografias regulares. Já reportamos que os auto-exames de ama podem ser ineficazes mas o procedimento que consiste em tirar um raio-x das mamas usando um mamógrafo com o objetivo de procurar um nódulo, pode prejudicar mais do que auxiliar. É o que afirma o estudo de um instituto de saúde em Copenhague, na Dinamarca.
O médico dinamarquês Peter Gøtzsche apresenta números para sua tese. A cada 2 mil mulheres pesquisadas que se submeteram à mamografia, uma teve um câncer diagnosticado e foi salva, mas outras dez sofreram danos devido à triagem, principalmente porque elas levaram a testes e tratamentos com efeitos colaterais.
Praticamente não há diferença, segundo Gøtzsche, nas taxas de mortalidade por câncer de mama entre os países que fazem o teste e os que não fazem. Seu conselho, portanto, é que as mulheres procurem um médico apenas se elas mesmas perceberem algo errado.[Telegraph]
Detectar câncer de mama em seus estágios iniciais é um grande desafio. Isso porque a forma mais simples de se fazer isso é com mamografias regulares, que muitas vezes podem apontar erroneamente anormalidades, gerando alarmes falsos, e fazendo com que muitas mulheres se submetam a mais investigações ou procedimentos invasivos só para descobrir que não tem câncer.
Agora, uma pesquisa financiada pelo centro Pesquisa de Câncer do Reino Unido em colaboração com a Universidade de Leicester e o Imperial College London aponta que, no futuro, um simples exame de sangue pode ser a maneira mais precisa de detectar sinais iniciais de câncer de mama.
O mesmo teste de sangue também pode melhorar o tratamento do paciente, ao detectar quais suas probabilidades de relapso (o câncer voltar) e a que drogas o seu tipo específico de tumor melhor responde.
Os pesquisadores vão recolher amostras de sangue de mulheres da população geral e comparar seu DNA com o de mulheres diagnosticadas com câncer de mama e com o de mulheres que não tem câncer, a fim de descobrir quais marcadores de DNA são consistentes.
“Esta pesquisa significa que um dia as mulheres poderão fazer um exame de sangue anual, em vez de mamografias, com menos margem de erro, removendo qualquer preocupação e ansiedade para as mulheres que são chamadas para futuras investigações”, afirmou Dr. Jacqui Shaw, da Universidade de Leicester.
“Este tipo de ciência translacional é extremamente promissora e a comunidade científica internacional está colaborando no seu desenvolvimento. Se uma mulher tem câncer de mama, podemos saber isso através de seu DNA extraído do seu sangue. Mas o que estamos tentando descobrir em nosso estudo é quão cedo os sinais de câncer de mama aparecem em um exame de sangue”, explica Charles Coombes, especialista em câncer de mama do Pesquisa de Câncer no Reino Unido, e professor do Imperial College.
Será possível detectar células cancerosas através de um novo exame de sangue num futuro próximo. A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (3) pela Veridex, uma empresa da Johnson & Johnson de pesquisa em diagnósticos para o câncer. A nova geração de tecnologia de células tumorais circulantes (CTC) deve capturar, contar e caracterizar as células tumorais encontradas no sangue dos pacientes. As primeiras experiências in vitro já foram aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), do governo americano. O desenvolvimento e a comercialização do novo procedimento serão feitos em parceria com o Hospital Geral de Massachusetts.
A CTC poderá ser usada tanto por oncologistas como uma ferramenta de diagnóstico, quanto por pesquisadores para acelerar e melhorar o processo de descoberta e desenvolvimento de medicamentos para a cura da doença.
A CTC poderá ser usada tanto por oncologistas como uma ferramenta de diagnóstico, quanto por pesquisadores para acelerar e melhorar o processo de descoberta e desenvolvimento de medicamentos para a cura da doença.
"Esta nova tecnologia irá facilitar, com um exame de sangue não-invasivo, contar as células tumorais e caracterizar sua biologia", diz Robert McCormack, chefe de Tecnologia da Inovação e Estratégia da Veridex. "Ao aproveitar as informações contidas nestas células, será possível criar ferramentas que possam ajudar a selecionar o melhor tratamento e monitorar como os pacientes estão reagindo a ele", afirma.
Em um outro estudo, pesquisadores da Kansas State University, nos EUA, desenvolveram um exame de sangue simples capaz de detectar com precisão certos cânceres em estágios iniciais.
Em menos de uma hora, o teste pode detectar câncer de mama e pulmão antes do aparecimento de sintomas como tosse e perda de peso.
"Vemos isso como o primeiro passo em uma nova área de investigação que pode levar a uma detecção precoce do câncer em humanos. Neste momento, as pessoas que mais poderiam se beneficiar são aqueles classificados como de risco para o câncer, como fumantes e aqueles com histórico familiar da doença", afirma o líder da pesquisa Deryl Troyer.
O teste desenvolvido por Troyer e Stefan Bossmann funciona através da detecção de atividades enzimáticas altas no corpo. Nanopartículas de ferro revestidas com aminoácidos e corante são introduzidas no sangue ou na urina de um paciente. Os aminoácidos e corantes interagem com enzimas na urina ou sangue do doente. Cada tipo de câncer produz um padrão de enzima específica, ou assinatura, que pode ser identificado pelos médicos.
Segundo os pesquisadores, estes padrões de enzima também podem ajudar a distinguir entre o câncer e uma infecção ou outras doenças que normalmente ocorrem no corpo humano.
Uma vez que o teste é administrado, os resultados globais, que incluem padrões de enzimas, são produzidos em cerca de 60 minutos.
Além de detecção precoce, os pesquisadores dizem que o teste pode ser ajustado para monitorar o câncer, por exemplo, para avaliar a eficácia de medicamentos. Da mesma forma, os médicos podem utilizar o corante no teste para determinar se um tumor foi removido totalmente com sucesso de um paciente após a cirurgia.
Os pesquisadores avaliaram a precisão do teste em 32 participantes em vários estágios de câncer de mama ou de pulmão. Os dados foram coletados de 20 pessoas com câncer de mama, na faixa etária de 36 a 81 anos de idade, e 12 pessoas com câncer de pulmão, na faixa etária de 27 a 63 anos.
Uma amostra de sangue de cada um dos participantes foi testada três vezes. A análise dos dados mostrou uma taxa de sucesso de 95% na detecção de câncer em participantes, incluindo aqueles com câncer de mama em estágios 0 e 1 e aqueles com câncer de pulmão em estágios 1 e 2.
Em menos de uma hora, o teste pode detectar câncer de mama e pulmão antes do aparecimento de sintomas como tosse e perda de peso.
"Vemos isso como o primeiro passo em uma nova área de investigação que pode levar a uma detecção precoce do câncer em humanos. Neste momento, as pessoas que mais poderiam se beneficiar são aqueles classificados como de risco para o câncer, como fumantes e aqueles com histórico familiar da doença", afirma o líder da pesquisa Deryl Troyer.
O teste desenvolvido por Troyer e Stefan Bossmann funciona através da detecção de atividades enzimáticas altas no corpo. Nanopartículas de ferro revestidas com aminoácidos e corante são introduzidas no sangue ou na urina de um paciente. Os aminoácidos e corantes interagem com enzimas na urina ou sangue do doente. Cada tipo de câncer produz um padrão de enzima específica, ou assinatura, que pode ser identificado pelos médicos.
Segundo os pesquisadores, estes padrões de enzima também podem ajudar a distinguir entre o câncer e uma infecção ou outras doenças que normalmente ocorrem no corpo humano.
Uma vez que o teste é administrado, os resultados globais, que incluem padrões de enzimas, são produzidos em cerca de 60 minutos.
Além de detecção precoce, os pesquisadores dizem que o teste pode ser ajustado para monitorar o câncer, por exemplo, para avaliar a eficácia de medicamentos. Da mesma forma, os médicos podem utilizar o corante no teste para determinar se um tumor foi removido totalmente com sucesso de um paciente após a cirurgia.
Os pesquisadores avaliaram a precisão do teste em 32 participantes em vários estágios de câncer de mama ou de pulmão. Os dados foram coletados de 20 pessoas com câncer de mama, na faixa etária de 36 a 81 anos de idade, e 12 pessoas com câncer de pulmão, na faixa etária de 27 a 63 anos.
Uma amostra de sangue de cada um dos participantes foi testada três vezes. A análise dos dados mostrou uma taxa de sucesso de 95% na detecção de câncer em participantes, incluindo aqueles com câncer de mama em estágios 0 e 1 e aqueles com câncer de pulmão em estágios 1 e 2.
Atualmente já estão nos laboratórios exames de sangue relacionados com os seguintes antígenos, para monitorar o tratamento e detectar recorrências: medida dos antígenos CA 15-3 e CA 27.29 no sangue.
Fontes: