como a espiritualidade interfere na ocorrência ou na prevenção do câncer?
SHEKELLE e colaboradores, em trabalho publicado na revista “Psychosomatic Medicine” de abril de 1981 afirma que DEPRESSÃO e SENTIMENTO de DESESPERANÇA estão fortemente relacionados com o aparecimento de CÂNCER, por interferirem no sistema imunitário.
James PAGET, que descreveu uma das formas mais comuns do câncer da mama, já afirmava a mesma coisa em 1870.
E SHEKELLE ainda demonstra que pesquisas feitas com animais submetidos a sucessivos e inevitáveis choques elétricos, produziam neles o aparecimento de tumores, em decorrência do stress provocado pelos estímulos dolorosos.
Levando em conta o que ERICH FROMM dizia: “A mente é a benção e a maldição do Ser Humano”, podemos deduzir que nele, mais dos que em animais-cobaias, a possibilidade do aparecimento de tumores em conseqüência de stress se torna muito mais provável. Afinal, só o Ser Humano questiona “POR QUE SOFRO?” e isso amplia significativamente os efeitos do stress.
EVERSON, na mesma publicação, porém já em 1996, confirmou as pesquisas de SHEKELLE afirmando que a DESESPERANÇA é mais forte do que a DEPRESSÃO, na ocorrência de suicídio.
Ora, o câncer pode ser considerado, em diversos casos, como uma forma de suicídio. Uma forma a que demos o nome de SUICÍDIO ENDÓGENO uma vez que a pessoa, incapaz por qualquer razão, física, moral ou psicológica, de se matar diretamente cria, a nível de consciente profundo, bloqueios de seus mecanismos de defesa, ou estabelece situações onde doenças ou acidente possam lhe acontecer, tirando a sua vida.
STEPHANIE SIMONTON, esposa e colaboradora de Carl SIMONTON afirma, no livro “Com a a vida de novo” que “cada um de nós tem a sua participação na saúde e na doença, a todo momento, através de nossas convicções, nossos sentimentos e nossas atitudes em relação à nossa vida.”
Segundo suas observações o câncer costuma surgir como uma indicação de problemas e stress, que aconteceram de 6 a 18 meses antes do aparecimento da doença. Reagindo a eles com desesperança e desistência, o a pessoa abriu suas defesas, permitindo a proliferação das células cancerosas em seu organismo.(1)
As implicações da espiritualidade na saúde vêm sendo estudadas cientificamente e documentadas em centenas de artigos. Há relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, sendo que pessoas vivenciam melhor saúde mental e se adaptam com mais sucesso ao estresse se são religiosas. Pessoas religiosas são fisicamente mais saudáveis, têm estilos de vida mais salutares e requerem menos assistência de saúde. Existe uma associação entre espiritualidade e saúde que provavelmente é válida, e possivelmente causal. É plenamente reconhecido que a saúde de indivíduos é determinada pela interação de fatores físicos, mentais, sociais e espirituais. Os profissionais da saúde
já contam com indicações científicas do benefício da exploração da espiritualidade na programação terapêutica de virtualmente qualquer doença. (2)
1 - http://www.redenacionaldetanatologia.psc.br/Artigos/artigo_12.htm
2 - SAAD, Marcelo, MASIERO, Danilo, BATTISTELLA, Linamara Rizzo. ESPIRITUALIDADE BASEADA EM EVIDÊNCIAS. http://www.actafisiatrica.org.br/v1%5Ccontrole/secure/Arquivos/AnexosArtigos/A3C65C2974270FD093EE8A9BF8AE7D0B/vl_08_n_03_107_112.pdf