sábado, 6 de junho de 2015

SOBRE VACINAS CONTRA O CÂNCER

Uma nova vacina melhora a resposta imunológica ao câncer a partir do uso de proteínas alteradas do tumor do paciente, uma fórmula que poderia dar bons resultados para o melanoma e os cânceres de pulmão, bexiga e cólon, segundo um estudo que publica nesta quinta-feira (2) na revista "Science".
"As vacinas contra o câncer costumam ser generalizadas. Esta é uma das primeiras personalizadas. As generalizadas usam proteínas normais sem alteração, por isso a resposta imune não é muito forte", explicou à Agência EFE a principal pesquisadora do estudo, a venezuelana Beatriz Carreño.
"Em nossa vacina usamos proteínas alteradas do paciente com tumor e foi comprovado que provocam uma maior reação nas células T, ao multiplicar em número e frequência sua capacidade de reconhecer substâncias isoladas dos tumores", acrescentou a pesquisadora.
As células T são um tipo de célula imunológica cuja função é reconhecer substâncias estranhas na superfície de outras células e matá-las. Para isso, produzem substâncias solúveis que têm efeitos sobre tumores e células infectadas com vírus.
Para elaborar a vacina descrita na "Science", foram usadas células dendríticas junto a proteínas alteradas do tumor do paciente.
Visto que as células dendríticas "não são muito abundantes", os pesquisadores isolaram precursores e as geraram no laboratório.
"O uso de proteínas alteradas demonstrou ter uma maior capacidade para ativar o sistema imune. Porque quando as proteínas são normais, não são realmente substâncias estranhas e, portanto, a resposta imune não é muito forte", explicou Carreño.
Pulmão, bexiga, cólon e melanoma
Os pesquisadores consideram que uma vacina deste tipo funcionaria bem para pacientes com cânceres que têm um alto componente imunológico e de mutações, como os de pulmão, bexiga, cólon e o melanoma.
"Quanto maior o número de mutações, encontramos mais proteínas alteradas que podemos usar para ativar o sistema imune", disse a pesquisadora da Washington University School of Medicine, em Saint Louis, no estado do Missouri.
A vacina deste estudo foi testada em três pacientes por enquanto.
"Estamos falando de uma nova maneira de atacar o câncer, com a informação genômica dos tumores. Usamos as alterações no tumor para acelerar o sistema imune", assinalou Carreño.
Os pesquisadores defendem portanto que a descoberta pode representar um grande impulso no avanço da imunoterapia do câncer, ou seja, as estratégias voltadas a ativar os sistemas imunológicos dos pacientes contra seus tumores.
Além disso, eles sustentam que com esta vacina se dá mais um passo rumo a uma imunoterapia do câncer mais personalizada.
HOSPITAL SIRIO LIBANES
​​​​​​Em razão da notícia que está circulando na Internet, a respeito de uma vacina para tratamento de pacientes com câncer, o Hospital Sírio-Libanês apresenta os seguintes esclarecimentos:
Nunca houve qualquer relacionamento comercial entre o HSL, ou qualquer médico do Centro de Oncologia, e a empresa que está comercializando esta vacina.
O HSL, seguindo sua vocação para o desenvolvimento de novas terapias, participou da pesquisa da vacina, contando inclusive com patrocínio oficial da FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo). Os estudos foram acompanhados pelo Comitê de Ética e conduzidos de acordo com o código de boas práticas médicas. Os resultados da pesquisa mostram um grau de atividade limitado, beneficiando temporariamente apenas um pequeno número de pacientes. Até o presente momento não há qualquer evidência de cura que possa ser atribuída a estas vacinas.
Baseados nos resultados, o grupo de oncologia do HSL considera que estudos adicionais são de interesse, mas que não há, ainda, dados suficientes para se prescrever esta modalidade de tratamento de forma geral. Portanto, ele não está sendo prescrito ou aplicado no Centro de Oncologia do HSL. Para evitar descontinuidade, pacientes em tratamento com a vacina deverão discutir suas opções com seu oncologista.

Enfim, tudo ainda está em fase de testes, vamos aguardar para saber se as vacinas vão ser tão boas no combate ao câncer.


FONTE: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/04/descoberta-vacina-que-melhora-a-resposta-imunologica-ao-cancer.html
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/notas/Paginas/default.aspx

sábado, 10 de janeiro de 2015

Imunoterapia

Abaixo segue uma matéria do INCA sobre a Imunoterapia, achei importante divulgar, pois é uma nova técnica que está sendo utilizada nos EUA, e outros países provavelmente:

Imunoterapia
O tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica, é denominado imunoterapia.As reações imunológicas podem ser resultado da interação antígeno-anticorpo ou dos mecanismos envolvidos na imunidade mediada por células.
A produção de anticorpos está relacionada com os linfócitos B, enquanto que a imunidade mediada por células se relaciona com os linfócitos T. Os monócitos e os macrófagos também são células efetoras de imunidade e facilitam a atividade dos linfócitos T e de modificadores da resposta biológica, como a interleucina. Mais de setenta atividades biológicas diferentes são mediadas por produtos de linfócitos, monócitos e macrófagos. Esses mediadores podem ser classificados como fatores auxiliares, supressores, reguladores do crescimento e citotóxicos.
Há muito tempo se reconhece a relação entre competência imunológica e evolução favorável da doença maligna. Especificamente, a redução da atividade das células supressoras tem sido demonstrada em pacientes com câncer de ovário, neuroblastoma e carcinoma hepatocelular. Esta observação está mais relacionada à presença de doença avançada do que ao tipo histológico do tumor e também oferece as bases para a imunoterapia de pacientes com câncer, sob a hipótese de que a restauração da função imunológica pode levar a um melhor prognóstico do caso.


Tipos de imunoterapia
A imunoterapia é classificada em ativa e passiva, de acordo com as substâncias utilizadas e os seus mecanismos de ação.

Na imunoterapia ativa, substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. A imunoterapia específica pode ser autóloga ou heteróloga.
Na imunoterapia passiva ou adotiva, anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate a doença.
TipoInunomoduladores
Ativa inespecíficaBCG e derivados
Levamisole
Isoprinosina
Corynebacterium parvum
Ativa específicaVacinas e soros produzidos a partir de culturas de células tumorais coletadas do próprio paciente (imunoterapia autóloga) ou de outro paciente com neoplasia semelhante (imunoterapia heteróloga)
PassivaFator de transferência
Interferon
Interleucina-2
ARN-imune


Indicações da imunoterapia 
A imunoterapia ainda é um método experimental, devendo se aguardar resultados mais conclusivos sobre sua eficácia e aplicabilidade clínica. O quadro mostra alguns imunomediadores utilizados em estudos clínicos experimentais e os tumores em que são mais indicados.
InunomoduladoresTumores
BCG*Melanoma maligno
Câncer superficial de bexiga
InterferonLeucemia de células cabeludas
Mieloma múltiplo, melanoma maligno
Linfomas malignos e outras leucemias
Interleucina-2Melanoma maligno, sarcomas, carcinoma de cólons e reto, sarcoma de Kaposi do portador de Aids e adenocarcinoma de pulmão
Fator de necrose tumoralMelanoma maligno
Anticorpos monoclonaisMelanoma maligno, neuroblastoma
LevamisoleMelanoma maligno e carcinoma intestinal
Corynebacterium parvum*Câncer de pulmão, melanoma maligno
* Já testados, com eficácia terapêutica questionável, exceto no câncer superficial da bexiga.

http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=104

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Exercícios físicos e o Câncer de mama

Os pesquisadores descobriram que a atividade física regular reduz as chances de câncer de mama em
mulheres na pós-menopausa, mas que a proteção desaparece quando as mulheres param de se exercitar.

Um especialista não ficou surpreso com os resultados.

"Como um cirurgião de mama, uma das minhas funções é discutir estratégias de prevenção para as mulheres", disse o Dr. Alison Estabrook, chefe da divisão de cirurgia de mama em hospitais Mount Sinai Roosevelt do Monte Sinai São Lucas e em Nova York.

"Exercício é certamente uma estratégia de prevenção de discutir, por muitas razões, e este estudo enfatiza a importância da atividade física e de sua continuação nos anos pós-menopausa", disse ela.

No estudo, uma equipe liderada por Agnes Fournier no Institut Gustave Roussy, em Villejuif, França, acompanharam mais de 59 mil mulheres na pós-menopausa, na França, que foram acompanhados por uma média de 8,5 anos.

Durante esse período, mais de 2.100 das mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama invasivo primário.

As mulheres que nos quatro anos anteriores tinham feito exercício regular equivalente a pelo menos quatro horas de caminhada ou andar de bicicleta por semana eram 10 por cento menos probabilidade de serem diagnosticados com câncer de mama do que aqueles que fizeram menos exercício.

O impacto do câncer de mama de redução de exercício regular foi independente do peso, gordura corporal, circunferência da cintura e os níveis de exercício de cinco a nove anos antes, de acordo com o estudo publicado em 11 de agosto na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention.

"A atividade física é pensado para diminuir o risco de uma mulher para o câncer de mama após a menopausa. No entanto, não ficou claro quão rapidamente esta associação é observada após a atividade física regular é iniciada ou por quanto tempo ele dura depois de paradas regulares de exercícios", Fournier disse em um Jornal comunicado à imprensa.

"Nosso estudo responde a estas perguntas. Descobrimos que a atividade física de lazer, mesmo de modesto intensidade, parecia ter um impacto rápido sobre o risco de câncer de mama", disse ela.

No entanto, porque o efeito diminuiu rapidamente após o exercício cessou, "as mulheres na pós-menopausa que se exercitam devem ser encorajados a continuar", Fournier acrescentou.

O estudo também "mostra que não é necessário para se envolver em atividades vigorosas ou muito freqüentes; mesmo a pé 30 minutos por dia é benéfico", observou Fournier.

Dr. Stephanie Bernik é chefe de oncologia cirúrgica no Lenox Hill Hospital, em Nova York. Ela disse que o estudo francês "nos dá mais provas de que, de fato, o exercício é uma maneira que as mulheres na pós-menopausa podem reduzir seu risco de câncer de mama invasivo."

O estudo não pode provar causa e efeito, e "a razão exata para a diminuição do risco não é conhecido - talvez essas mulheres viviam um estilo de vida saudável em geral", disse Bernik.

"De qualquer maneira, parece que acrescentar exercícios à sua rotina melhora a saúde e diminui o risco de câncer", concluiu.

Fonte: http://www.webmd.com/breast-cancer/news/20140811/exercise-cuts-breast-cancer-risk-in-older-women-study-finds?ecd=wnl_canD_090214_tempD&ctr=wnl-can-090214-tempD_ld-stry&mb=%2f2B%2fFe9CGJpno2Wkmwi5J2dEpmNqbUHLEbPfKZnetFk%3d

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A ciência Atual

Durante essa semana vi muitos estudos mudando a forma como víamos as coisas,

primeiro um estudo falando sobre o bom e mal colesterol, o bom colesterol pode

transformar-se em mal no nosso organismo.

E outra reviravolta, os antioxidantes não nos protegem contra o câncer,

uma grande reviravolta no que se entendia sobre antioxidantes.

Como o café por exemplo o que ele tinha de bom era isso, agora

nem isso tem mais, só sobrou a cafeína que é bom para ativar

nosso cérebro, mas cuidado, segundo especialistas somente

duas xícaras de café por dia, sem exagero por favor.

O mundo da ciência transformando todo o nosso conhecimento,

todas teorias tem reviravoltas, tudo vai e vem, somente Deus

é quem sabe tudo, pois foi Ele quem tudo criou.

Nós percebemos ao longo da vida o quanto somos pequeninos,

e que nada sabemos com o passar dos anos.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

GENE HOTAIR

Pesquisadores do Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo (USP) deRibeirão Preto (SP) identificaram um dos genes responsáveis pela ativação das células responsáveis pela metástase - processo em que o câncer se espalha pelo organismo através da corrente sanguínea. Conhecido como hotair, o gene desencadeia um mecanismo que transforma as células cancerígenas em mesenquimais - com a capacidade de sair do local de origem e se alojar em outros órgãos. Com a descoberta, recentemente publicada em revistas científicas como a americana Stem Cells, os pesquisadores acreditam na possibilidade de inibir, no futuro, a ação dos genes e manter o câncer localizado, o que FACILITARIA A CURA DA DOENÇA.
Segundo o professor de genética e pesquisador Wilson Araújo Silva Júnior, foram três anos de pesquisa para identificar quais genes poderiam estar envolvidos com a evolução de tumores. A relação do hotair com o câncer já era conhecida, mas sua função de expansão ficou evidente no estudo. "Conseguimos uma informação importante, que é mostrar que o hotair é um dos genes que está envolvido na ativação da metástase. Já é de conhecimento que a metástase é um estágio da evolução do tumor que torna mais difícil o controle do câncer. Já sabíamos que o hotair é um gene que está muito ativo em tecidos metastáticos. O que não sabíamos era que ele é um dos genes que estava ativando a metástase", explica.
Pesquisa identificou gene responsável por
metástase de tumores (Foto: Antonio Luiz/EPTV)
Silva Júnior afirma que o hotair, por ser um gene que produz proteína, tem a capacidade de regular a expressão de outros genes. Assim, sabe-se que outros genes regulados por ele também são responsáveis pela ativação do processo de metástase. "O hotair é um componente importante para ativar a metástase, pois é um gene de RNA. O que ele faz é regular a ativação de outros genes, estes sim envolvidos com a metástase", diz.
O próximo passo do estudo, de acordo com o pesquisador, é identificar quais seriam os genes controlados pelo hotair que também estão envolvidos na ativação da metástase. O objetivo é que no futuro seja possível encontrar uma maneira de inibir a ação desses genes, de forma que o câncer mantenha-se localizado em uma só área.
"Essa descoberta não é a cura para o câncer, mas é um elemento que, com outros, pode servir de ferramenta para que empresas farmacêuticas desenvolvam drogas para controlar o tumor. Controlando a ação desse gene, automaticamente controla-se a ação dos genes que ele regula. Aí você tem, em tese, o controle do espalhamento do tumor. Isso já é um grande avanço. Ao controlar a metástase, você mantém o tumor localizado", conclui.Foram três anos de pesquisa até a descoberta de um dos genes responsáveis pela ativação da metástase (Foto: Antonio Luiz/EPTV)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/gene/100124700

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Esperança

Quando se recebe o diagnóstico de câncer, de acordo com as possibilidades de cura hoje em dia,


é possível ver que a doença não é o fim, é preciso batalhar, lutar pela vida.

Vi muitas crianças enfrentando essa doença e a serenidade ao enfrentá-la,

as crianças não entendem sobre a doença, não entendem porque tem que ficar tomando tantos

medicamentos, mas com o amor dos pais e da família vão enfrentando tudo,

todos os dias tudo começa de novo, o eixo da vida vai rodando,

enquanto os dias vão passando, até que a cura total chegue.

É preciso ter sempre esperança e muita fé em Deus,

peça a intercessão de Maria e dos Santos, peça que Jesus cure você,

não desista, sempre peça, clame a Jesus,

para Ele sua vida é muito importante e Ele quer cuidar de você.

Nunca deixe de confiar em Deus como li em um livro sobre Nossa Senhora.



Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...