terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Gene PK-M

Cientistas norte-americanos anunciaram a descoberta de uma molécula que "obriga" células cancerígenas a se comportar como células saudáveis, causando sua própria morte quando apresentam problemas. A novidade foi divulgada hoje (31) na revista científica “Open Biology”, da Sociedade Real de Londres. A descoberta poderia servir de base para um novo tipo de terapia.
O estudo, que analisou um tumor cerebral, descobriu que células cancerígenas provocam a mutação do gene PK-M, que passa a produzir uma proteína que estimula seu crescimento a uma velocidade muito maior das células saudáveis.
De acordo com o geneticista Adrian Krainer, do laboratório Cold Spring Harbor, que liderou a investigação, para que um tumor se prolifere e sobreviva é necessária uma grande quantidade desta proteína, presente apenas nas células doentes.
Agora, sabe-se que a molécula descoberta no estudo é capaz de paralisar a produção dessa proteína em um glioblastoma, forma mais comum de tumor maligno no cérebro, e fazer com que as células malignas voltassem a ter padrões de uma célula saudável.
Isso significa também que as células do tumor voltaram a realizar a apoptose (morte celular programada), processo pelo qual as células problemáticas causam a sua própria morte.
O cientista espera que esta molécula sirva de base para novos tratamentos contra vários tipos de câncer, mas reconhece que a pesquisa ainda está em estágio inicial, sendo necessária avaliar sua eficácia em camundongos e analisar seus possíveis efeitos secundários.

O gene humano é PKM 32315 kb de comprimento e é composto por 12 exões e intrões 11.
Transcrição Piruvato-quinase isoenzima tipo M1 e M2 tipo são produtos de splicing diferentes do gene PKM (exon 9 para M1-PK e exon 10 de M2-PK). Ambos os mRNAs são 1593 pares de bases de comprimento e diferente de outro dentro de 160 resíduos de nucleótidos 1143-1303. O gene PKM é induzida por hormônios, as vias mitogênicos e nutrientes

Fontes:

http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index.php?id=778

 http://atlasgeneticsoncology.org/Genes/PKM2ID41728ch15q22.html

sábado, 22 de dezembro de 2012

Dezembro, Feliz Natal

Durante esse todo esse ano, muitas descobertas aconteceram e novas esperanças em outras formas de tratamento vão surgindo, a quimioterapia já não é mais a única opção, futuramente o tratamento para combater o cãncer tende a ser menos sofrido, pois as quimioterapias judiam bastante.

No decorrer desse ano ouvimos falar sobre a terapia fotodinâmica (janeiro), o metabolismo dos tumores sobre descobertas de Otto walburg (fevereiro), alimentos mais estudados que combatem ao cancer (março), Pariparoba da mata atlântica aos laboratorios (abril), vimos sobre o limão (maio), os perigos dos alimentos transgênicos (junho), tipos de vacinas contra o cancer (julho), a proteina p53 e os prions (agosto), a aspirina (setembro), um exame de sangue inovador (outubro) e a proteina gama H2AX (novembro). Todas essasnformações nos levam a acreditar em um futuro melhor onde novos caminhos serão abertos para tratar o cancer.

É com esperança renovada que desejo a todos um feliz natal, em que se comemora o nascimento de Jesus, que veio trazer luz ao mundo e veio para nos salvar.

Feliz Natal e feliz Ano Novo! Que 2013 venha trazendo curas!










 

sábado, 10 de novembro de 2012

A proteíma gama H2AX

 Um grupo de cientistas britânicos identificou uma proteína presente em
vários tipos de câncer e que pode servir para unificar os exames. Além
disso, como ela é produzida em um estágio inicial do câncer, ela poderia
ajudar no diagnóstico antes mesmo de o tumor ser clinicamente
identificável.

A descoberta veio de um grupo do Instituto Gray de
Oncologia e Biologia da Radiação, e foi relatada ao Instituto Nacional
de Pesquisa de Câncer. Após encontrada a proteína, um câncer de mama em
um rato de laboratório foi identificado semanas antes de o caroço ser
visível, informa a BBC. A proteína, chamada gamma-H2AX, também está em tumores na pele, bexiga, rins e pulmão.

Isso
acontece porque a proteína é criada pelo organismo como uma resposta ao
DNA danificado. Ela é um indício de que a célula está se tornando
cancerígena.

Para realizar o estudo, o grupo utilizou um
anticorpo definido como o "parceiro perfeito" da gamma-H2AX, capaz de
procurá-la no organismo, e aplicou pequenas doses de radiação. Onde
houve acúmulo de radiação, também houve acúmulo de anticorpos, o que
significa uma concentração da proteína. Assim, aquela região, está
propensa a desenvolver um tumor.


Os cientistas creem que, ao identificar a proteína, é possível o
diagnóstico precoce da doença, o que aumenta as chances de tratamento.

 γH2AX é um marcador sensível para quebras de DNA (DSBs). DSBs pode levar ao câncer, mas, paradoxalmente, também são usados para matar células cancerosas. Usando detecção de γH2AX para determinar a extensão da indução de ORL pode ajudar a detectar células pré-cancerosas, a cânceres de estágio, para monitorar a eficácia das terapias do câncer e desenvolver novas drogas anticâncer.


Fontes:











http://www.nature.com/nrc/journal/v8/n12/authors/nrc2523.html

http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/descoberta-permite-identificacao-de-cancer-antes-de-o-tumor-aparecer

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Um Exame de Sangue Inovador


A alta incidência docâncer de mama apavora muitas mulheres. Surgircâncer de mama antes do 35 anos de idade é relativamente raro, porém acima dessa faixa etária a cada ano o risco é maior.
Poucas campanhas de saúde no Brasil encontram tanta mobilização quanto a luta contra o câncer de mama, que aconselha todas as mulheres a partir dos 50 anos a fazer mamografias regulares. Já reportamos que os auto-exames de ama podem ser ineficazes mas o procedimento que consiste em tirar um raio-x das mamas usando um mamógrafo com o objetivo de procurar um nódulo, pode prejudicar mais do que auxiliar. É o que afirma o estudo de um instituto de saúde em Copenhague, na Dinamarca.
O médico dinamarquês Peter Gøtzsche apresenta números para sua tese. A cada 2 mil mulheres pesquisadas que se submeteram à mamografia, uma teve um câncer diagnosticado e foi salva, mas outras dez sofreram danos devido à triagem, principalmente porque elas levaram a testes e tratamentos com efeitos colaterais.
Praticamente não há diferença, segundo Gøtzsche, nas taxas de mortalidade por câncer de mama entre os países que fazem o teste e os que não fazem. Seu conselho, portanto, é que as mulheres procurem um médico apenas se elas mesmas perceberem algo errado.[Telegraph]

Detectar câncer de mama em seus estágios iniciais é um grande desafio. Isso porque a forma mais simples de se fazer isso é com mamografias regulares, que muitas vezes podem apontar erroneamente anormalidadesgerando alarmes falsos, e fazendo com que muitas mulheres se submetam a mais investigações ou procedimentos invasivos só para descobrir que não tem câncer.
Agora, uma pesquisa financiada pelo centro Pesquisa de Câncer do Reino Unido em colaboração com a Universidade de Leicester e o Imperial College London aponta que, no futuro, um simples exame de sangue pode ser a maneira mais precisa de detectar sinais iniciais de câncer de mama.
O mesmo teste de sangue também pode melhorar o tratamento do paciente, ao detectar quais suas probabilidades de relapso (o câncer voltar) e a que drogas o seu tipo específico de tumor melhor responde.
Os pesquisadores vão recolher amostras de sangue de mulheres da população geral e comparar seu DNA com o de mulheres diagnosticadas com câncer de mama e com o de mulheres que não tem câncer, a fim de descobrir quais marcadores de DNA são consistentes.
“Esta pesquisa significa que um dia as mulheres poderão fazer um exame de sangue anual, em vez de mamografias, com menos margem de erro, removendo qualquer preocupação e ansiedade para as mulheres que são chamadas para futuras investigações”, afirmou Dr. Jacqui Shaw, da Universidade de Leicester.
“Este tipo de ciência translacional é extremamente promissora e a comunidade científica internacional está colaborando no seu desenvolvimento. Se uma mulher tem câncer de mama, podemos saber isso através de seu DNA extraído do seu sangue. Mas o que estamos tentando descobrir em nosso estudo é quão cedo os sinais de câncer de mama aparecem em um exame de sangue”, explica Charles Coombes, especialista em câncer de mama do Pesquisa de Câncer no Reino Unido, e professor do Imperial College.
Será possível detectar células cancerosas através de um novo exame de sangue num futuro próximo. A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (3) pela Veridex, uma empresa da Johnson & Johnson de pesquisa em diagnósticos para o câncer. A nova geração de tecnologia de células tumorais circulantes (CTC) deve capturar, contar e caracterizar as células tumorais encontradas no sangue dos pacientes. As primeiras experiências in vitro já foram aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), do governo americano. O desenvolvimento e a comercialização do novo procedimento serão feitos em parceria com o Hospital Geral de Massachusetts.

A CTC poderá ser usada tanto por oncologistas como uma ferramenta de diagnóstico, quanto por pesquisadores para acelerar e melhorar o processo de descoberta e desenvolvimento de medicamentos para a cura da doença.
"Esta nova tecnologia irá facilitar, com um exame de sangue não-invasivo, contar as células tumorais e caracterizar sua biologia", diz Robert McCormack, chefe de Tecnologia da Inovação e Estratégia da Veridex. "Ao aproveitar as informações contidas nestas células, será possível criar ferramentas que possam ajudar a selecionar o melhor tratamento e monitorar como os pacientes estão reagindo a ele", afirma. 

Em um outro estudo, pesquisadores da Kansas State University, nos EUA, desenvolveram um exame de sangue simples capaz de detectar com precisão certos cânceres em estágios iniciais.

Em menos de uma hora, o teste pode detectar câncer de mama e pulmão antes do aparecimento de sintomas como tosse e perda de peso.

"Vemos isso como o primeiro passo em uma nova área de investigação que pode levar a uma detecção precoce do câncer em humanos. Neste momento, as pessoas que mais poderiam se beneficiar são aqueles classificados como de risco para o câncer, como fumantes e aqueles com histórico familiar da doença", afirma o líder da pesquisa Deryl Troyer.

O teste desenvolvido por Troyer e Stefan Bossmann funciona através da detecção de atividades enzimáticas altas no corpo. Nanopartículas de ferro revestidas com aminoácidos e corante são introduzidas no sangue ou na urina de um paciente. Os aminoácidos e corantes interagem com enzimas na urina ou sangue do doente. Cada tipo de câncer produz um padrão de enzima específica, ou assinatura, que pode ser identificado pelos médicos.

Segundo os pesquisadores, estes padrões de enzima também podem ajudar a distinguir entre o câncer e uma infecção ou outras doenças que normalmente ocorrem no corpo humano.

Uma vez que o teste é administrado, os resultados globais, que incluem padrões de enzimas, são produzidos em cerca de 60 minutos.

Além de detecção precoce, os pesquisadores dizem que o teste pode ser ajustado para monitorar o câncer, por exemplo, para avaliar a eficácia de medicamentos. Da mesma forma, os médicos podem utilizar o corante no teste para determinar se um tumor foi removido totalmente com sucesso de um paciente após a cirurgia.

Os pesquisadores avaliaram a precisão do teste em 32 participantes em vários estágios de câncer de mama ou de pulmão. Os dados foram coletados de 20 pessoas com câncer de mama, na faixa etária de 36 a 81 anos de idade, e 12 pessoas com câncer de pulmão, na faixa etária de 27 a 63 anos.

Uma amostra de sangue de cada um dos participantes foi testada três vezes. A análise dos dados mostrou uma taxa de sucesso de 95% na detecção de câncer em participantes, incluindo aqueles com câncer de mama em estágios 0 e 1 e aqueles com câncer de pulmão em estágios 1 e 2.

Atualmente já estão nos laboratórios exames de sangue relacionados com os seguintes antígenos, para monitorar o tratamento e detectar recorrências: medida dos antígenos CA 15-3 e CA 27.29 no sangue.
Fontes:


domingo, 9 de setembro de 2012

A Aspirina


Washington - Tomar uma aspirina por dia pode ajudar a reduzir o risco de morrer de câncer, especialmente no caso dos relacionados com o aparelho digestivo, segundo um estudo publicado na revista do Instituto Nacional Contra o Câncer (NCI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Uma equipe de pesquisadores liderados pelo médico Eric J. Jacobs analisou os casos de mais de 100 mil idosos que tomavam aspirina, não sofriam de câncer no começo do estudo e foram monitorados durante mais de 11 anos.


Os especialistas descobriram que quem tomava uma aspirina diariamente tinham 16% menos risco de morrer de câncer.
Essa percentagem aumentava para 40% no caso dos cânceres associados ao aparelho digestivo e caía para 12% em outros tipos, segundo o estudo.
A redução é menor do que a descoberta em outro estudo prévio, que sustentava que quem tomava uma aspirina por dia durante cinco anos ou mais têm 37% menos risco de morrer por causa de um câncer.
"Embora as recentes evidências sobre o uso da aspirina e o câncer são animadoras, é ainda prematuro recomendar às pessoas que comece a tomar aspirina especificamente para prevenir o câncer", explicou o médico Jacobs em comunicado.
Inclusive uma dose baixa de aspirina "pode aumentar substancialmente o risco de uma hemorragia gastrointestinal séria", por isso que qualquer decisão sobre o consumo diário de aspirina "deveria ser tomada somente em consulta com um profissional da saúde", disse Jacobs.



O consumo diário de aspirina é capaz de diminuir o risco de desenvolver um tipo de câncer colorretal que ocorre por conta de pré-disposição genética, segundo pesquisa publicada na edição online da revista Lancet. Os cientistas alertam, no entanto, que ainda é necessário realizar mais estudos para saber a dosagem correta do medicamento.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Long-term effect of aspirin on cancer risk in carriers of hereditary colorectal cancer: an analysis from the CAPP2 randomised controlled trial

Onde foi divulgada: revista Lancet

Quem fez: Dezenas de médicos de 43 centros em 16 países

Instituição: Cancer Research UK, no Reino Unido

Dados de amostragem: 861 participantes foram escolhidos aleatoriamente para receber 600 miligramas de aspirina ou placebo

Resultado: Os resultados mostraram que entre os participantes do grupo que tomava aspirina regularmente houve 63% menos casos de câncer colorretal
Um outro estudo, que durou uma década, envolveu médicos de 43 centros em 16 países. No total, a pesquisa acompanhou 861 pessoas por cerca de dez anos. Os resultados mostraram que entre os participantes do grupo que tomava aspirina regularmente houve 63% menos casos de câncer colorretal, quando comparados com voluntários que não tomavam aspirina.
Os participantes do estudo tinham a síndrome de Lynch, uma anomalia genética que causa câncer por afetar os genes responsáveis por detectar e reparar os danos no DNA. A síndrome aumenta dez vezes o risco de desenvolver tumor de intestino e ocorre em uma a cada dez pessoas.
Um grupo de voluntários recebeu 600 miligramas de aspirina todos os dias — o que equivale a dois comprimidos diários. O outro grupo recebeu placebo. Aqueles que tomaram aspirina continuaram desenvolvendo o mesmo número de pólipos, que é um crescimento anormal que surge na mucosa do intestino grosso. Apesar disso, eles não desenvolveram câncer. O que sugere, segundo os pesquisadores, que a aspirina poderia provocar a destruição dessas células antes que elas se tornassem cancerosa.
"Os resultados deste estudo provam que o uso regular de aspirina durante períodos prolongados diminui o risco de desenvolver câncer hereditário", diz Patrick Morrinson, da Queen University, em Belfast, capital da Irlanda do Norte.

Aspirin -- Maybe, and with a Dose of Caution.

Should you take aspirin to prevent cancer? The jury’s still out, but at least some evidence points that way. A large study published in 2010 found that daily use of low-dose aspirin can cut the risk of death due to certain cancers (primarily lung, colorectal, and esophageal cancer) by as much as 21%.
But regular aspirin use can come with side effects, especially stomach bleeding and irritation. Most experts say it’s way too soon to recommend a cancer-fighting aspirin a day.
“We’d all like preventing cancer to be as easy as taking a little pill, but the fact is that you’ll reduce your cancer risk much more by maintaining a healthy weight, exercising, and eating fruits and vegetables than you will by taking aspirin,” Ruffin says.
Talk to your doctor before you start taking aspirin on a regular basis for any reason.
Fontes:



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A proteína p53 e os príons


Descoberta de brasileiros lança luz inovadora sobre origem do câncer

6/08/2012
Uma descoberta de cientistas brasileiros ajudará a compreender como o câncer surge, o misterioso processo molecular que faz com que uma célula normal sofra mutações que a fazem se dividir descontroladamente e gera um tumor. Eles descobriram que uma proteína mutante presente em até 60% dos cânceres apresenta um comportamento similar ao dos príons - responsáveis pela doença da vaca louca, dentre outras encefalopatias espongiformes. Como os príons, ela induz as proteínas normais ao seu redor a se alterarem, formando aglomerados. A descoberta, feita por uma equipe liderada pelo Acadêmico Jerson Lima Silva, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, pode mudar estratégias de combate ao câncer, ao oferecer novos alvos para drogas e tratamentos.

Os príons são agentes infecciosos muito particulares. Na verdade, são proteínas nas quais o complexo processo de dobradura molecular tridimensional (que as caracteriza) sofre alterações. Por razões ainda não totalmente compreendidas, essa natureza alterada dos príons é associada à sua capacidade de "sequestrar" seus contrapartes normais e induzí-los a adotar a conformação anormal.

O aumento contínuo do número de proteínas alteradas forma os agregados vistos também em doenças neurodegenerativas, como os males de Parkinson e Alzheimer. Uma vez modificada, uma proteína não consegue retomar suas funções originais na célula. Agora, o grupo da UFRJ conseguiu demonstrar que a proteína p53, responsável pela supressão da formação de tumores no organismo, exibe um comportamento similar ao do príon quando sofre mutações.

- A p53 em mutação se encontra em mais de 50% dos cânceres, é um mau prognóstico achá-la - explica Silva. - A proteína é um fator de supressão tumoral e, quando não funciona bem, a célula perde o controle da divisão celular, começa a se dividir demais. Mas o que observamos agora é um fenômeno que chamamos de dominância negativa: a proteína que sofreu a mutação interfere na atividade normal das outras. É como se ela sugasse a proteína normal, que se junta a ela, perdendo a função e formando agregados.

Já se sabe há algum tempo que a multiplicação anormal da p53 altera sua capacidade de prevenir o crescimento de tumores. Mas, no estudo publicado na "Journal of Biological Chemistry", o grupo de Silva conseguiu demonstrar que, no câncer de mama, nas linhagens de célula que apresentam a mutação mais comum da p53, a formação de agregados similar à que ocorre com os príons explicaria a perda da função protetora da proteína.

A partir desta constatação, o desenvolvimento de novas estratégias contra a doença poderá ser possível, com foco, por exemplo, em bloquear a alteração e a agregação das proteínas.

- Temos uma longa estrada pela frente, mas olhando para o futuro, é um alvo que vale a pena ser perseguido - avalia Silva. - Se conseguirmos fazer com que a proteína não se agregue, ou que ela recupere a atividade da proteína normal, então teríamos um novo tratamento para o câncer.
(Jornal O Globo, 03/08/2012)

sábado, 7 de julho de 2012

Tipos de vacinas contra o câncer



Você consegue imaginar qual seria a expectativa de vida média se o câncer fosse erradicado assim como a poliomielite e a varíola? É interessante pensar até onde o avanço da medicina pode influenciar em nossa vida. Os cientistas fizeram transgressões significativas nas últimas décadas e, agora, estão testando várias vacinas que possivelmente poderiam levar à prevenção completa do câncer.
Provavelmente, a forma mais promissora de tratamento contra o câncer esteja na imunoterapia, em que os cientistas estão desenvolvendo várias vacinas experimentais contra o câncer que poderiam levar à erradicação da doença nesse século. Existem duas categorias principais onde se encaixam as vacinas contra o câncer:
  • vacina contra o câncer específico
  • vacina contra o câncer universal
Como o nome sugere, as vacinas contra o câncer específico são criadas para tratar tipos específicos de cânceres. Em outras palavras, uma vacina poderia ser desenvolvida para o câncer de pulmão, outra poderia ser usada para tratar o câncer de cólon, outra poderia tratar o câncer de pele, e assim por diante. Uma vacina contra o câncer mais interessante seria aquela que pudesse combater as células do câncer independentemente do tipo da doença. Esse tipo de vacina é chamada de vacina contra o câncer universal.
Nessas duas categorias, existem mais tipos específicos de vacinas contra o câncer. Cada tipo de vacina contra o câncer funciona sob o mesmo princípio básico: a vacina, que contém células do tumor ou antígenos, estimula o sistema imunológico do paciente, que produz células especiais que matam as células do câncer e previnem reincidências da doença. Ao contrário das vacinas contra outras doenças, que previnem sua ocorrência, não existe uma vacina em desenvolvimento que possa prevenir o aparecimento do câncer. As vacinas contra o câncer são usadas somente como um tratamento após o câncer ter sido encontrado em um paciente. Aqui vai uma lista dos cinco tipos de vacinas que estão sendo desenvolvidas:
  • vacinas de antígenos
  • vacinas antiidiotipos
  • vacinas de células dendríticas
  • vacinas de DNA
  • vacinas de células tumorais
As vacinas de antígenos utilizam antígenos específicos do tumor - proteínas descobertas em uma célula tumoral - para estimular o sistema imunológico. Ao injetar esses antígenos na área cancerosa do paciente, o sistema imunológico produzirá uma quantidade elevada de anticorpos ou de linfócitos T citotóxicos, também conhecidos como células T de defesa, para atacar as células do câncer que carregam esse antígeno específico. Vários antígenos podem ser usados nesse tipo de vacina para variar a resposta do sistema imunológico.
Em certos casos, alguns anticorpos - chamados de anticorpos idiotipo - agem como antígenos, estimulando uma resposta imunológica semelhante à descrita acima. Nesse caso, o sistema imunológico produzirá anticorposantiidiotipos para atacarem os idiotipos. Os cientistas descobriram uma maneira de produzir anticorpos antiidiotipos em massa para criar uma vacina que possa ser injetada para o tratamento do câncer.
As células dendríticas quebram os antígenos nas superfícies da célula do câncer em pedaços menores. As células dendríticas, então, agem como os mensageiros mais procurados pelo sistema imunológico, revelando tais pedaços de antígenos às células T de defesa. Para produzir uma vacina de célula dendrítica, os cientistas extraem algumas das células dendríticas do paciente e utilizam estimulantes da célula imunológica para reproduzir grandes quantidades de células dendríticas no laboratório. Essas células dendríticas são expostas aos antígenos das células do câncer do paciente. Essa combinação de células dendríticas e antígenos é injetada no paciente, e as células dendríticas funcionam para programar as células T.
Com a pesquisa recente sobre o DNA (ácido desoxirribonucléico), os cientistas estão descobrindo formas de usar o código genético das proteínas produzidas nas células para auxiliar os sistemas imunológicos no combate ao câncer. Partes do DNA das células do paciente são injetadas no paciente, que instrui as outras células a produzirem continuamente certos antígenos. Essa vacina de DNA aumenta a produção de antígenos, o que força o sistema imunológico a responder produzindo mais células T.
As vacinas de células do tumor podem ser produzidas usando-se as células cancerígenas do paciente ou de outra pessoa. Essas células são mortas e injetadas no paciente. Embora as células estejam mortas, os antígenos ainda são reconhecidos pelo sistema imunológico, que responde atacando as células mortas. O sistema imunológico também atacará as células vivas do câncer carregando o antígeno que foi descoberto nas células mortas.
Embora os cientistas tenham tido algum sucesso com cada uma dessas vacinas contra o câncer, ainda é muito cedo dizer quando uma vacina de verdade será desenvolvida. Entretanto, a ciência tem permitido cada vez mais que sejamos capazes de desenvolver um método que possa erradicar algumas formas de câncer de nossa vida, se não todas elas.
Esse texto foi extraído do link abaixo, onde tem uma série de informações sobre as vacinas, e não tem sido publicado algo em torno de vacinas no meio científico, somente me lembro agora da vacina contra câncer de pulmão, produzida em Cuba.
Tudo ainda é muito novo, não sabemos se realmente essas vacinas funcionam, mas os testes tem indicado algo produtivo, pode ser que futuramente tenhamos mais esperança através dessas vacinas.
Fonte:

Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...