sexta-feira, 15 de julho de 2011

Formol pode causar câncer nas vias respiratórias

Agência norte-americana alerta para sério risco da exposição ao produto usado nas escovas progressivas

POR PÂMELA OLIVEIRA
Rio - A busca por cabelos lisos pode acabar de forma trágica e dolorosa. O formol — usado ilegalmente no Brasil como alisante em escovas progressivas e outros tratamentos capilares — é cancerígeno. Ou seja, é capaz de alterar as células e levar à formação de tumores, principalmente nas vias respiratórias (áreas da garganta e nariz). O alerta foi feito ontem pelo FDA, órgão americano que regulamenta remédios e alimentos (http://www.fda.gov/).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), clientes e cabeleireiros que usam formol correm risco de desenvolver a doença. “O câncer precisa de um agente indutor e o formol é comprovadamente cancerígeno. A principal via de absorção é através da respiração”, explica Ubirani Otero, chefe da área de câncer ocupacional do Inca.
De acordo com ela, alguém que se submete ao alisamento com formol uma vez pode desenvolver este tipo de câncer até 20 anos depois. “Depende de diversos fatores, como a frequência de exposição, a intensidade e a suscetibilidade de cada um”, diz, acrescentando que há evidências de câncer de nasofaringe por uso de formol, além de estudos que relacionam a substância a tumores de pulmão e leucemias.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso do formol é permitido em cosméticos como conservante, na concentração de 0,2% — cerca de 4 gotas em cada 100 ml de cosmético. “Mas cabeleireiros adicionam formol em produtos prontos. E ninguém, nem eles, têm controle da quantidade colocada. Certamente é muito maior do que a permitida, que não é capaz de alisar”, diz Érica França, especialista em cosméticos da Anvisa. A informação é confirmada por cabeler eiros. “Eu colocava uma tampinha (de álcool) de formol em cada 100 ml. Menos que isso não alisa o cabelo”, afirma uma profissional.
Profissionais de salões são os que correm mais perigo
Os clientes que se submetem ao alisamento com formol não são os únicos que correm risco de desenvolver câncer devido ao produto. Profissionais de salões de beleza são ainda mais expostos ao risco, de acordo com a médica Ubirani Otero, do Inca.
“Os profissionais, que aplicam o produto em diversos clientes, aspiram o vapor com mais frequência. Esse é um problema de saúde pública importante, principalmente no Brasil, que está adotando a cultura do cabelo liso. Clientes e profissionais correm risco”, alerta Ubirani, acrescentando que geralmente os locais sã o fechados e o cheiro do produto fica impregnado.
A médica faz um alerta às mães para que não submetam seus filhos ao risco. “Muita levam crianças e dizem que elas aguentam o cheiro. É um crime. Essa criança corre risco de ter câncer ainda mais cedo do que os demais, já que a exposição foi mais cedo”.
A adição de formol em produtos é crime sujeito a punição de 15 anos de prisão.
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/6/formol_pode_causar_cancer_nas_vias_respiratorias_171070.html
Departamento de Saúde dos EUA classifica o formol como cancerígeno
Rio - O governo dos EUA emitiu um alerta classificando oito produtos químicos como cancerígenos. O composto que gerou a maior preocupação foi o formaldeído, - base do formol, encontrado em produtos para cabelos, esmalmentes, tintas, espuma de isolamento, entre outros produtos. Estudos em humanos demonstraram que a exposição ao formol pode causar câncer, incluindo câncer de garganta e leucemia mielóide.
Outro composto que inclui a lista de cancerígenos é o Estireno, conhecido como benzina de vinil, encontrado no isopor e utlizado no processo de fabricação de copos de plástico e papel. As informações são da rede americana ABC News.
Também figuram na lista de cancerígenos, os ácido Aristolóquico, encontrado e alguns t ipos de ervas; o Captafol, tipo de fungicida utilizado per agricultores; Carboneto de tungstênio-cobalto (em pó e em metal duro), utilizado na fabricação de metal duro; Orto-nitrotolueno, usado em tintas sintéticas, tais como magenta e vários corantes de enxofre para tecidos e o Riddelliine, encontrado em algumas plantas não são utilizados para a alimentação.
O relatório que atestou os compostos como cancerígenos é feito a cada dois anos pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/6/departamento_de_saude_dos_eua_classifica_o_formol_como_

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Falando sobre o celular

A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".
Folha - Quais os riscos para a saúde de quem usa celular? Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.

Quais os riscos, exatamente?

O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.

Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.
Mas há estudo em humanos que dê provas categóricas?

Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar.

Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado.
 
Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas.




Qual a maior evidência disso?

A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram dividas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.

Crianças correm mais perigo?

O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro.

Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação.

Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes.

É possível comparar a radiação de celular à fumaça?

Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador.
 
Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular?


Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto.



Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir?

Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também.
Mas celular é um vício!

Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente.

Agora a ONU também se manifestou sobre essas pesquisas que estão sendo divulgadas sobre o uso do celular e o câncer de cérebro. É um alerta para nós não dependermos tanto dos celulares, procurar evitar o que for possível.

sábado, 7 de maio de 2011

Câncer: uma doença de tempos muito remotos

Durante as escavações de uma colina de sepultamento na região russa de Tuva, há aproximadamente dez anos, os arqueólogos literalmente encontraram ouro. Encurvados no chão de uma sala interna havia dois esqueletos, um homem e uma mulher, cercados por indumentárias reais de 27 séculos atrás: toucas e mantos adornados com imagens de ouro de cavalos, panteras e outros animais sagrados.


Mas para os paleopatologistas — estudiosos de doenças antigas –, o tesouro mais rico era a abundância de tumores em praticamente todos os ossos do corpo masculino. O diagnóstico: o caso de câncer na próstata mais antigo de que se tem notícia.

A próstata em si já havia se desintegrado há muito tempo. Porém, células malignas da glândula haviam migrado seguindo um padrão familiar, deixando cicatrizes identificáveis. Proteínas extraídas do osso testaram positivo para PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico).

"Não existem razões para achar que o câncer é uma doença nova", disse Robert A. Weinberg, um pesquisador de câncer do Instituto Whitehead de Pesquisa Biomédica, em Cambridge, Massachusetts, e autor do livro didático "A Biologia do Câncer". "Em tempos passados, a doença era menos comum porque as pessoas acabavam morrendo cedo, por outros motivos".


Outra consideração, segundo ele, é a revolução na tecnologia médica: "Hoje, nós diagnosticamos muitos cânceres, como de mama e de próstata, que, em épocas passadas, teriam passado despercebidos e sido levados ao túmulo quando a pessoa morresse de outras causas, não relacionadas".

Ao longo dos anos, centenas de múmias egípcias e sulamericanas geraram alguns outros casos. Um raro tumor, chamado rabdomiosarcoma, foi encontrado no rosto de uma criança chilena que viveu em algum ponto entre 300 e 600 d.C.

Zimmerman, co-autor da recente revisão, descobriu um carcinoma retal numa múmia do período entre 200 e 400 d.C., e ele confirmou o diagnóstico com uma análise microscópica do tecido _ a primeira, segundo ele, na paleopatologia egípcia.
Vou repetir aqui a minha primeira postaegm deste Blog quando coloquei uma parte de minha monografia de conclusão de curso que me rendeu o prêmio de segundo colocado acadêmico na Associação Brasileira de Recursos Humanos no meu Estado aqui no Brasil:

A mais antiga evidência de câncer remonta a 8.000 a.C. O tipo mais comum de neoplasia encontrada em fósseis, e ainda assim raramente, é o osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo. As primeiras descrições de tumores foram encontradas em papiros do Egito, e datam de 1.600 a.C. Existem também documentos na Índia, de 600 a.C., que descrevem lesões na cavidade bucal parecidas com câncer. O que fundamenta a teoria é que, por estudos arqueológicos, sabe-se que aquela população consumia sementes que são cancerígenas, mesmo assim ainda precisam de muitos estudos para serem comprovadas essas teorias (EGGERS, 2002).


Foi Hipócrates quem criou a palavra "câncer", e usou os termos "carcinos" e "carcinoma" para descrever certos tipos de tumores. Em grego, significa "caranguejo", pelo aspecto do tumor, pois, as projeções e vasos sanguíneos ao seu redor fazem lembrar as patas do crustáceo (EGGERS, 2002). A paleopatologista Sabine Eggers (2002) afirma que analisando pela teoria, o câncer, pelo que se sabe hoje, é resultado de mutação genética. Como, desde o início da vida houve mutação, é razoável imaginar que a doença sempre existiu.
EGGERS, S. A História do Câncer em Direção à Cura. Revista Hands. n. 10. jun/ jul, 2002.

ZAVARIZ, Andreia. Análise da distribuição epidemiológica do câncer de mama nos municípios de vitória e vila velha- ES. Universidade Federal do Espírito Santo. 2003.
 
http://institutohealtho.wordpress.com/2011/01/09/cancer-identificado-em-descobertas-pre-historicos-geram-debate-acirrado-sobre-a-doenca/

sábado, 16 de abril de 2011

Nanopartículas e nanotecnologia, uma realidade e um perigo

Quando começaram a fazer pequisas para utilizar as nanopartículas contra doenças como o câncer, conforme os pesquisadores da Rice University. Segundo eles, as nanobolhas estouram as células cancerosas e servirão, segundo os estudiosos para destruir as células doentes antes que a doença se espalhe pelo organismo. “Nanobubbles” destroem qualquer bloqueio de gordura existente em nossas artérias.
Um dos testes realizados com a bolha contou com anticorpos, que encontraram as células doentes e as destruíram, sem lesionar as saudáveis. Uma equipa de investigadores do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) publicou recentemente um artigo que descreve uma técnica capaz de reduzir substancialmente o tempo necessário ao desenvolvimento de nanopartículas terapêuticas.
Em outro estudo, segundo Ana Paula Pêgo, coordenadora do projecto, explicou ao «Ciência Hoje», o trabalho foi desenvolvido para terapia génica – procedimento médico que envolve a modificação genética de células como forma de tratar doenças –, em órgãos do sistema nervoso, “embora a técnica possa ser extrapolada para outras situações, como a entrega de drogas, em farmacologia, na medicina interna, nomeadamente no tratamento do cancro”.
“O grande objectivo da medicina actual é encontrar e utilizar tratamentos diferenciados de acordo com as doenças e os pacientes, ou seja, desenvolver substâncias capazes de atingir exclusivamente as células que se querem tratar e tentamos fazer isso mesmo – criar nanopartículas com entrega específica em células-alvo, de forma a tornar o processo de optimização mais rápido”, prosseguiu a investigadora do INEB.
 Ainda não tínhamos idéia do que estava para acontecer, segundo pesquisas mais atuais as nanopartículas podem ser perigosas para a saúde.

Cientistas suíços se alarmam, mas seus resultados são colocados em dúvida por outros estudos. As autoridades suíças adiaram a publicação de uma estratégia para essa área.
Mais de dois milhões de toneladas de dióxido de titânio nomométrico (nano-TiO2) são produzidos no mundo, todo ano. Utilizado como pigmento e para opacificar, esse nanomaterial entra na composição de tintas, cosméticos, protetores solares, remédios, pasta dental, colorantes alimentares e numerosos outros produtos de uso corrente, segundo artigo da agência suíça ATS, dedicado a uma publicação de pesquisadores suíços.
Pesquisadores do Departamento de Bioquímica da Universidade de Lausanne (UNIL, oeste) , da Universidade de Orléans (França) e do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), estudaram as inflamações causadas pelo nano-TIO2. Eles o testaram em células humanas e em ratos de laboratório.
Segundo os resultados, as nanopartículas de TiO2 produzem efeitos similares aos de outros dois irritantes ambientais bem conhecidos, o amianto e o silício. Como eles, elas ativam o inflamasoma NLRP3 – um complexo multiproteico provocando uma reação inflamatória – e uma produção de derivados reativos de oxigênio, moléculas tóxicas capazes de atacar o ADN, as proteínas e as membranas celulares.
“Da mesma maneira que o amianto, você acumula partículas de titânio nanométrico nos pulmões”, explica Jürg Tschopp, responsável pela pesquisa e professor de química biológica na Universidade de Lausanne, questionado por swissinfo.ch. “Meu receio é que essas partículas se tornem o amianto do futuro”, acrescenta Tschopp, vencedor do Prêmio Louis-Jeantet 2008 de medicina. “Há 40 anos, estávamos no mesmo ponto com o amianto. Havia indícios do perigo de provocar câncer, mas os dados não eram significativos”, lembra o pesquisador.

“Atualmente, não podemos excluir que as nanopartículas também sejam perigosas como o amianto”. Mas Jürg Tschopp admite que ele mesmo não deixará de usar creme solar nem de escovar os dentes com um dentifrício.
Mas será preciso, de acordo come ele, que esse tema entre na agenda política, que seja elaborado um regulamento e que sejam reforçadas as precauções. “Para evitar a mesma catástrofe que a do amianto, será necessário questionar até onde podemos renunciar às nanopartículas.
" É simplesmente impossível comparar a nanotecnologia com o amianto. É uma aberração."
Peter Gehr, PNR "nanomateriais" Nem sempre "nano"

A seguradora de acidentes Suva acompanha a questão de perto. “As nanopartículas não devem se tornar o amianto de amanhã”, indica a seguradora. Hoje ainda, 100 pessoas por ano morrem em consequência de sua exposição ao amianto, material que foi proibido na Suíça em 1990.
Quanto aos consumidores, o novo estudo é visto com bons olhos. “É importante ressaltar que o estudo aborda a toxicidade das nanopartículas de dióxido de titânio”, explica Huma Khamis, da Federação de Consumidores da Suíça francesa (FRC). Ora, estas não são sempre utilizadas na forma nanométrica nos produtos de grande consumo.”
A FRC pondera que “os cremes solares constituem uma exceção, embora os perigos potenciais de uma exposição ao sol sem protetor são maiores. É um grande dilema” opina Huma Khamis.
Segundo o relatório 2010 sobre as nanotecnologias na Suíça, o governo federal teve um papel pioneiro na Suíça na ciência do infinitamente pequeno, descobrindo seu potencial muito cedo.
Um relatório federal estratégico foi publicado em 2008. Um segundo relatório é aguardado desde novembro. Em dezembro passado, o Programa Nacional de Pesquisa “oportunidades e riscos dos nanomateriais” foi lançado, com 18 pesquisas separadas.
Peter Gehr, presidente do comitê de direção do PNR é muito crítico do estudo publicado no PNAS. “É simplesmente impossível comparar a nanotecnologia com o amianto. É uma aberração”, denuncia.
“Partir de uma reação celular aguda e deduzir que isso pode provocar câncer é simplesmente uma loucura”, diz esse especialista em pulmões e professor de anatomia. Peter Gehr admite, no entanto, uma grande “distância” entre nossos conhecimentos acerca de uma exposição crônica às nanopartículas e os efeitos a longo prazo sobre os humanos e o meio ambiente.
“É verdade, muitas questões ainda não têm resposta”, diz Huma Khamis. “Por exemplo, como evoluem as nanopartículas nos produtos, será que elas formam moléculas maiores?”
Outro problema para os consumidores : hoje é impossível saber se um produto contém nanopartículas ou não. O relatório anunciado para novembro deveria esclarecer certos produtos e poderia exigir que alguns sejam retirados do mercado, estima Huma Khamis.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48453&op=all
http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2010/02/11/nanotecnologia-contra-o-cancer-%E2%80%93-descoberta-que-vale-ouro/

http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Nanoparticulas_suscitam_temores_para_a_saude.html?cid=29434036

sábado, 5 de março de 2011

Licopeno e as frutas vermelhas

Na praça, na feira-livre e no laboratório de pesquisas. A melancia é uma fonte de vida fresca e doce. No corte afiado, mãos delicadas revelam mais um avanço científico. Em um laboratório da Universidade de Campinas (Unicamp), a engenheira de alimentos Kathleen Fullin acaba de descobrir novas fórmulas extraídas da generosa fruta, que brota nas quatro estações das terras brasileiras. Além de gostosa, o que ela tem? Madura, viva, cor de sangue. Sangue novo, capaz de proteger milhões de células!


"Esse vermelho é exatamente o licopeno!", conta Katlhleen.

Encontrado nos frutos vermelhos, o licopeno é cada vez mais admirado pela ciência. Pode ser na melancia, no tomate. O licopeno é mais do que uma dose de esperança. Por que será?

"Ele atua no combate aos radicais livres. É bem interessante para prevenção de câncer, especialmente o câncer de próstata", revela a pesquisadora. “Experimentei com iogurte natural, sorvete de morango, iogurte de frutas vermelhas. É possível aplicar licopeno não só em produtos com o gosto característico da melancia como também em papinha de bebê.”
"Todo paciente é um agente da sua própria cura", comenta a empresária Clarice Shein, enquanto saboreia sua sopinha de tomate.

Clarice provou e gostou. Ela, agora, testa o tomate como remédio no tratamento do câncer de mama.

"Eu precisava reforçar meu organismo porque sabia que passaria por uma cirurgia e, depois, por uma quimioterapia. Eu tive que fazer a retirada total da mama", conta a paciente. "Senti muitas mudanças. Meu cabelo cresceu muito rápido. Haviam me dito que levaria quatro meses depois da última quimioterapia para que ele começasse crescer, e eu já cortei duas vezes. Não tive enjôo, não tive nada", afirma.

Conforme pesquisei, tomate, goiaba, melancia: contêm licopeno, substância antioxidante responsável pela coloração vermelha desses alimentos. Estudos comprovam a ação do licopeno na prevenção do câncer de próstata.

Melancias são extremamente baixos em calorias, contendo água mais de 90%, mas o seu conteúdo em vitaminas e antioxidantes é nada menos que incrível!


Eles são excelentes fontes de vitamina C e A devido ao beta caroteno. Melancias vermelhas são altas fontes de licopeno (antioxidante) como o tomate.
No organismo humano o licopeno se deposita principalmente no fígado, próstata e tecido adiposo. Tendo um tropismo especial pela próstata e mama - rica em tecido gorduroso, com efeito comprovado, tanto na prevenção como auxiliar no tratamento do câncer de mama e próstata.
O licopeno é o antioxidante mais poderoso que existe, sendo de 20-30 vezes mais potente que qualquer outro até o momento conhecido. Ele protege as proteínas, ácidos graxos essenciais, colesterol LDL, DNA e todas as células do corpo contra a ação dos radicais livres.

O licopeno protege as artérias contra a formação de placas ateromatosas, em decorrência de sua ação no colesterol LDL, prevenindo por conseqüência a doença coronariana e a aterosclerose cerebral.

A melhor fonte de licopeno é o tomate, muito bem maduro, aquele normalmente usado para fazer molho. Quando aquecido o licopeno do tomate é melhor absorvido. Sua absorção melhora ainda mais quando combinado a uma pequena quantidade de gordura monoinsaturada, como a do azeite extra virgem.

Benefícios
• Excelente antioxidante;

• Auxilia na prevenção do câncer de mama;

• Auxilia na prevenção do câncer de próstata;

• Auxilia na prevenção do câncer de pulmão, em não fumantes;

• Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares;

• Auxilia na prevenção da aterosclerose cerebral;

Prevenir com o que temos em nossa própria mesa é uma questão de escolha de como se alimentar e evitar doenças como o câncer.
 
Fontes:

http://mundoverde.com.br/blog/2010/04/08/dia-mundial-do-combate-ao-cancer/
 
http://grep.globo.com/TVGlobo/Jornalismo/Semanal/globoreporter/CDA/pops/tvg_cmp_globoreporter_imprimir/0,20212,4375-3-68576,00.html
 
http://www.artigonal.com/biologia-artigos/principios-e-fundamentos-do-licopeno-lycopersicon-esculentum-e-sua-acao-no-combate-aos-radicais-livres-e-o-cancer-de-prostata-3724335.html
 
http://www.suplementosaudeonline.com.br/Qualidade/licopeno.htm

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O fim dos cigarros até 2050: uma realidade que buscamos e queremos

O fumo é um produto que deve ser retirado do mercado pois não trás nenum benefício para o homem e apenas prejudica a quem está por perto, inclusive fica impregnado nas paredes de quem vai alugar um apartamento de um fumante por exemplo, um fumante passivo, ou seja que não fuma e sofre conseguências de outro de fuma sofre também as conseguências de quem tem esse vício, levando lentamente á formaçao de tumores no pulmão, e pos ser sem sintomas no início só aparece quando já está bem evoluído nos pulmões. Li essa notícia que fala sobre o futuro fim dos cigarros até 2050 e resolvi colocar aqui por que gostaria, espero e tenho a pretensão de informar a todos que acompanham e leem de vez em quando que vão ver pela primeira vez a necessidade de se exterminar de vez esse mal que o homem criou e na sua inconseguência pensando apenas no dinheiro não se preocupa com a saú de e qualidade de vida de seus semelhantes.

veja o artigo abaixo:

Hoje é difícil de imaginar, mas, segundo uma análise recente baseada em tendências de tabagismo e preços de cigarros nos últimos 50 anos, o uso generalizado do cigarro pode se extinguir até 2050.
Ambos os fatores culturais e econômicos conduzirão à extinção de cigarros. Muitos estudos médicos vêm revelando os impactos negativos do fumo e, posteriormente, muitos locais públicos estão proibindo o tabaco. Assim, a prevalência de fumantes diminuiu de forma constante nos últimos 50 anos.
Na Grã-Bretanha, por exemplo, mais de metade da população fumava em 1960. Em 2008, esse número caiu para cerca de 20%. Os EUA enfrentaram queda parecida: atualmente, apenas um em cada cinco americanos fuma, em comparação com quase um em cada quatro uma década atrás.
Em algum momento, os principais mercados de tabaco quase faliram. Por enquanto, o aumento do preço por pacote manteve o crescimento de lucro das empresas em meio ao forte declínio de fumantes, mas, eventualmente, pode haver muito poucos fumantes para que o mesmo truque salve o negócio. Na maioria dos países desenvolvidos, a venda de cigarros deve perder seu valor até 2050.
O relatório prevê três tipos de cenário nas quais as taxas de tabagismo vão diminuir ou se extinguir: no cenário A, a tendência de diminuição existente se estende até atingir zero. No cenário B, as pessoas gradualmente desistem de fumar, até nos aproximamos a uma espécie de “núcleo de fumantes”, aquele grupo rígido que pode se extinguir eventualmente. No cenário C, o fumo chega a um ponto de inflexão, se torna cada vez mais inaceitável e, portanto, fica mais fácil regular contra o tabaco, que pode chegar a ser totalmente proibido.



http://hypescience.com/o-cigarro-pode-ser-extinto-ate-2050/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

sábado, 8 de janeiro de 2011

Os Benefícios do Chá Verde no combate ao Câncer

Seu uso iniciou-se entre monges budistas e atualmente representa 20% de todo chá consumido no mundo. Os japoneses costumam servir chá verde na entrada da refeição, com o objetivo de preparar o estômago para a digestão.

As catequinas são os principais compostos fenólicos presentes no chá verde e exercem vários benefícios para a saúde, dentre os quais podemos destacar:

Preventivo contra o câncer:

A prefeitura da cidade de Shizuoka observou em um estudo controlado, que nas áreas dedicadas a produção do chá verde, verificava-se uma incidência menor de todos os tipos de câncer, quando comparado com as outras regiões, principalmente o câncer gastrointestinal.

De fato, vários estudos como o realizado pelo Instituto Nacional do Câncer de Tóquio, demonstraram que a administração de chá verde diminuiu significativamente a incidência de câncer duodenal em ratos. Estes estudos demonstram que esse chá também pode ser um fator de prevenção do câncer em seres humanos.
O efeito quimiopreventivo do chá verde está relacionado à prevenção de vários tipos de câncer: mama, esôfago, pulmão, estômago, coloretal, bexiga, rins, próstata, pele e lesões pré-cancerosas orais.

Nos últimos anos, dois estudos atestaram ser verdade aquilo que a sabedoria oriental e a medicina alternativa já apregoavam: o chá verde tem propriedades que podem auxiliar na prevenção do câncer e existe uma relação entre consumo de chá verde e redução na taxa de mortalidade por doenças do coração. Ambos os estudos foram publicados em revistas científicas prestigiosas (Cancer Research e Journal of the American Medical Association) e sinalizam o uso da erva na formulação de remédios.
 
David Servan-Schreiber, neurologista francês autor do best seller 'Anticâncer', defende a alimentação como uma forma de prevenção da doença e fala sobre as descobertas das últimas pesquisas sobre o assunto, ele dia que os três melhores alimentos anticâncer são: cúrcuma, cebola ou alho ou alho-poró e chá verde. Porque as evidências científicas sobre o benefício deles são massivas e porque são facilmente adicionados a qualquer tipo de dieta que você siga. Mas uma dica: a catequina, substância benéfica do chá verde, desaparece depois de uma hora do preparo. Por isso, não adianta tomar a versão industrializada. O ideal é tomar três copos por dia. No caso do alho e da cebola, a regra é seguir a lógica mediterrânea: adicione a tudo o que cozinhar, menos à sobremesa. Para a cúrcuma, a quantidade ideal é de uma colher de chá por dia.
 
No Brasil, ele ganhou fama de ser um aliado para quem quer emagrecer. Agora, um estudo publicado na revista Phytomedicine aponta que esse tipo de chá também tem um papel vital na proteção do organismo contra o câncer e pode ser eficaz no combate das principais causas do Mal de Alzheimer.
A pesquisa foi realizada na Universidade de Newcastle, no Reino Unido, e tinha como principal objetivo investigar se as propriedades do chá verde ainda estavam ativas depois de serem ingeridas e se elas realmente eram absorvidas pelo organismo.
De acordo com Ed Okello, um dos responsáveis pela pesquisa, as propriedades do chá verde são potencializadas durante o processo de digestão. "As substâncias químicas resultantes da digestão da bebida são realmente mais eficazes contra as principais causas do desenvolvimento de Alzheimer do que a forma não digerida do chá",diz.
Dois compostos são conhecidos por desempenhar um papel significativo no desenvolvimento da doença de Alzheimer – o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amilóide. Estudos realizados anteriormente demonstraram que compostos conhecidos como polifenóis, presentes no chá verde, possuem propriedades neuroprotetoras que impedem que as substâncias que causam a doença se fixem no cérebro.
"Além disso, descobrimos também que os compostos digeridos tinham propriedades anticancerígenas que diminuíram significativamente o crescimento das células tumorais usadas em nossos experimentos”, complementa o pesquisador.


Fontes:
http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=176
http://veja.abril.com.br/081106/p_138.html
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI73186-15257,00.html
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI200435-15257,00.html

Artigo sobre Chlorpirifós

Nos últimos anos, tenho me dedicado a pesquisa sobre os pesticidas, principalmente no cultivo de café, que é o principal cultivo na minha re...